Cerveja que há muito queria beber. Padrão do estilo Tripel. A aparência é bem característica, com formação de creme muito alta, com bolhas médias, medianamente persistente, com baixa retenção. Amarelo palha, com uma leve opacidade e carbonatação aparentemente bem alta.
No aroma, uvas verdes, damasco, sumo de laranja, um toque de mel, floral, e já demonstra o álcool. Complexo.
Na boca, carbonataçao já dá as caras. Alta, crepita na língua. Corpo médio. E álcool evidente. Lembra champagne. Muito redonda na boca.
O conjunto é harmônico. Pra mim a escola belga conjunta vinho com cerveja. Muito complexa.
Merece a alcunha de ”rainha das tripel”. Cerveja espetacular.
Não vou me demorar muito na descrição, pois minha pouca experiência em degustação não permite uma ideal avaliação desta belíssima cerveja. A coloração dourada translúcida lembra uma inocente Pilsen, mas a semelhança se limita à cor, pois ao ser servida forma um belíssimo creme branco, alto e duradouro. O aroma que remete à especiarias e algo de frutas é perceptível antes mesmo de encostar o nariz no copo. O delicioso sabor é intenso sem ser agressivo e traz equilíbrio entre dulçor e amargor, sendo este último assertivamente destacado no aftertaste. O álcool se faz presente da melhor forma possível, esquentando sem ter destaque excessivo. Seguramente a melhor que já tomei. Não seja tolo de morrer sem tomar essa cerveja, você não será perdoado.
Cerveja deliciosa. Uma tripel diferente de outras que já havia tomado (como as Golden Carolus e La trappe), dendo muito aromática, lembrando especiarias.
Tomei também, com direito a repetição, a versão na pressão dessa breja no Festival Brasileiro da Cerveja, 2015.
Deliciosa, simplesmente deliciosa.