De Bora Extreme

A Barley Wine (me parece que eles agora inclusive retiraram o IPA do rótulo) da de Bora é uma pancada. Penso ainda que poderia ser repensado o rótulo, que não dá uma boa apresentação às excelentes de Bora.
Vertida apresentou um líquido âmbar escuro, turvo, fechado, quase sem formar creme.
O aroma é o ponto alto: lúpulos herbais, notas claras de mel, toffee, notas licorosas (álcool presente), frutas cristalizadas. Complexo e pronunciado.
No sabor essa complexidade, para o meu paladar, mostra-se excessiva. Um forte adocicado de malte como base, melaço mesmo, acompanhado de notas picantes e muito álcool. Difícil persistir na degustação depois do primeiro gole. O lúpulo no final deixa o conjunto ainda mais agressivo, com um amargor apimentado. Aftertaste adocicado e alcoólico.
Corpo licoroso, carbonatação baixa e drinkability reduzida.
Uma pancada em todos os sentidos. Apenas para os amantes de cervejas extremas.

Esta cerveja esta longe ser uma IPA, ou uma Extreme IPA no caso. Porem, não deixa de ser uma cerveja muito boa, me lembrando muito uma Barley Wine. Potente e saborosa. Incrivelmente, em alguns momentos me lembrou algo de Thomas Hardys e Biertrupe No1.
Coloração avermelhada (quase vinho) com pouca formação de espuma. Aroma herbal, alcool, Porto, ameixa e uva passa. Sabor segue o aroma com uma sensação forte do alcool na boca. Picante. Esta fora do estilo, porem, valeu a pena prova-la. Gostei! O certo seria pontua-la de acordo com o estilo, porem a nota ficaria muito baixa para uma cerveja que ficou boa. Portanto vou pontua-la como sendo uma cerveja ´´sem estilo``.

Trata-se realmente de uma IPA. É saborosa, agradável. O creme não dura muito e o retrogosto não é tão acentuado.

Inusitada tentativa de criar uma cerveja extrema, baseada na escola americana que está se tornando cada vez mais popular mundialmente. Há alguns meses provei esta cerveja e me pareceu uma belíssima criação. Nesta, que acabei fazendo uma degustação mais formal, notei uma cerveja com boas intenções, porém um tanto desequilibrada.

Logo que despejada na taça, a cerveja se mostra de uma coloração cobre, com baixa formação de creme, que não dura praticamente nada.
O aroma é intenso, com um forte lupulado herbáceo, que dá até impressão de estar cheirando pellets de lúpulo. O álcool também é evidente e já dá uma prévia da pancada que será no paladar.
Dito e feito, o álcool é muito evidente, porém de uma maneira não tão agradável. Não é só o álcool que é exageradamente forte nesta cerveja. O lúpulo e o malte também são bem exagerados, o que deixa a cerveja ainda mais desbalanceada. Sente-se uma picância intensa e alta sensação de calor.

Tenho quase certeza que algo deu errado nesta leva do cervejeiro de Imbituva, Edigyl Pupo, e pretendo dar mais uma chance para esta cerveja, que me pareceu grandiosa, em outra ocasião