Wäls Unique

Ótima cerveja.
Bela aparência, forma uma espuma pequena, meio cremosa, muitas bolhas, branca e meio fugaz, deixa uma boa renda no copo e lágrimas de álcool moderadas ao girar o copo. Levemente nublada e calma. Coloração laranja clara.
Aroma bem agradável, rico e complexo, malte intenso, meio caramelo, cereais, toffee, leve tostado e nozes. Lúpulo leve, meio flores, pinho e ervas. Álcool entre leve e moderado. Ainda meio frutas cristalizadas, madeira, uva passa, leve canela, licor, traços de vinho do porto e baunilha.
Sabor bem agradável, complexo, rico, longa duração, doçura inicial moderada, amargor moderado, meio álcool, reflete muito bem toda a complexidade e riqueza do aroma com belas notas maltadas, alcoólicas e da madeira.
Corpo intenso, textura um tanto aguada, carbonatação leve, final duradouro, amargo e meio seco.

Destaque para a riqueza e complexidade de aromas e sabores com a bela presença da madeira e o álcool bem equilibrado.
Cheers!

Cor de laranja, co turbidez plena. Creme offwhite de pequena formação e curta duração. Aroma frutado de pera, com presença de mel, malte, vinho de colheita tardia (bem doce). No paladar a presença de 100 IBU toma conta das sensações, deixando em segundo plano outros fenóis presentes no aroma. O álcool é muito presente com seus largos 12% e potência. Pegada licorosa, com baixa carbonatação e média drinkability, com corpo médio/alto e final quente do álcool.

Ótima cerveja, possui cor opaca e âmbar, espuma branca de media durabilidade. No mais ela possui aroma e suave sabor que lembra álcool e coco, acho esta combinação incrível. Pra mim a melhor das Wäls. Quero enfatizar que os 12 % de álcool se faz e muito presente. Não se senti o lúpulo, talvez seja o único defeito. Encorpada e muito acima da média. Para mim tratasse de uma cerveja de muito bom nível. Pelo preço que paguei acho até bem em conta. Recomendadíssima.

Mais um rótulo da Wäls, de Belo Horizonte (MG) - cervejaria que desde 2015 integra o universo Ambev.

UNIQUE

*unidade degustada após nove meses de guarda.

Lançada como edição limitada em outubro de 2015, o rótulo marcou a transição para o novo posicionamento de marketing traduzido no slogan "cerveja arte". A ideia de associar uma cerveja "única" ao conceito autoral de arte rendeu até mesmo uma parceria com o artista plástico Enio Longo - o que resultou numa exposição da sua chamada "Nanoarte" na Pinacoteca de São Paulo. As obras, confeccionadas a nível molecular e depois ampliadas, chegaram a utilizar imagens microscópicas da própria cerveja.

Para tentar inovar, a receita propõe uma espécie de "White Barleywine" (ou seria uma 'Wheatwine'?) repousada durante meses em dornas de cerejeira. Os ingredientes incluem malte de cevada, malte de trigo, aveia, carboidrato e lúpulo - além de aditivos químicos. Amargor de 100 IBU.

O envase se dá em garrafas rolhadas seladas com cera branca. Na taça exibe líquido dourado translúcido, formando um dedo de espuma alva de boa retenção.

O aroma destaca notas adocicadas de malte, uvas brancas e maçã madura, chegando a lembrar um pouco vinhos claros tipo "colheita tardia". Nuances amadeiradas de coco, canela, álcool - e uma pitada bem curiosa de verniz - complementam o espectro e aumentam a noção de profundidade.

Na boca tem corpo médio, com doçura comedida de malte e carbonatação amena. As sugestões de maçã madura, vinho branco, canela, coco branco e madeira se confirmam. Há uma aresta evidente de álcoois superiores remetendo à cachaça que pode incomodar um pouco. Esse calor etílico, combinado a toques condimentados de lúpulo, confere certa sensação de solvente, mas não a ponto de arruinar tudo. Um amargor considerável ajuda a enxugar o final adocicado, picante e ligeiramente ácido. Drinkability baixíssima.

Após inúmeras avaliações negativas, confesso que esperava algo muito pior. Não é uma cerveja primorosa, contudo está longe de ser ruim. Quem sabe o tempo de armazenamento não tenha jogado a seu favor? Valeu a bicada!