Detalhe da Avaliação

Aproveito o espaço para me declarar o fã número um desta cervejaria americana, sério, é um absurdo o que a Flying Dog pode oferecer em termos de sensações, aromas e sabores. Este é o quinto rótulo da cervejaria a ser degustado por este que vos escreve, estava guardando-o com um carinho e uma ansiedade especiais, pois o estilo é o meu favorito, transformando-a na mais “esperada” dos últimos meses desde que a comprei em São Paulo. A cor é âmbar acobreada, linda, espuma bege com formação e duração dignas da cervejaria, formando aquele belo “belgian lace” por toda a extensão do copo. No aroma sobressaem lúpulos herbais e florais, podendo senti-los mesmo longe das narinas, um perfume maravilhoso digno de elogio. Já no sabor, embora o lúpulo tenha literalmente dominado o território, é possível perceber algum malte, fermento e/ou pão e um pouquinho de mel e malte tostado. Enfim, uma cerveja bastante complexa, como de praxe. Recuso-me a não elogiar cervejas com elevados níveis de IBU, ainda mais quando o assunto é Flying Dog, mestres no assunto. Ainda como fã declarado da cervejaria, tento aguçar meus sentidos para uma análise sempre imparcial e esta belezinha aqui, em minha humilde opinião, só merece elogios. Como dito antes, apesar do lúpulo ter sobressaído (que maravilha!), ela tem bom conjunto e agradável retrogosto médio, não satura nem demora a ser degustada, mesmo pedindo um gole atrás do outro. O final é longo, seco e bastante amargo, perfeito para o meu paladar, culminando em ótima drinkability. Não gosto muito de fazer comparações porque acho que cada cerveja tem sua peculiaridade e seu momento, a soma destes fatores pode ou não ser favorável e decisiva para certas pessoas, por isso ela mantém a descomunal vantagem em relação à concorrência. Segue fielmente o estilo e prima pelo bom gosto, proporcionando sensações únicas que certamente serão sempre lembradas.