Grimbergen Ambrée

A história das cervejas Grimbergen remonta ao tempo em que era produzida pela abadia de monges premonstratenses localizada em Grimbergen, na Bélgica. Fundada em 1128 por São Norberto de Xanten, a abadia foi consumida pelo fogo três vezes durante os séculos, razão pela qual escolheu-se a Fênix (que sempre renasce da cinzas) como símbolo.

Com o advento de uma invasão francesa ao final do século 18, a abadia fechou suas portas e nunca mais produziu cerveja. Em 1958, após estar já há algum tempo reaberta, concedeu à cervejaria Maes (futura Alken-Maes) os direitos de produzir uma linha com o nome "Grimbergen".

Por razões de acertos contratuais, a marca passa atualmente por uma fase curiosa, sendo simultaneamente produzida pelos grupos concorrentes Heineken e Carlsberg. Na Bélgica, ela é fabricada pela Alken-Maes, cervejaria adquirida em 2008 pela Heineken. Na França, ela é fabricada pela Kronenbourg, cervejaria que pertence ao grupo Carlsberg.

Nesse imbróglio todo, a Heineken tem direito de comercializar a marca somente em território belga, ao passo que a Carlsberg fica com o resto do mundo. Quer dizer - Isso com exceção do mercado holandês - o qual compra a cerveja fabricada na Bélgica, mas tem como distribuidor a cervejaria Grolsch. Que confusão!

GRIMBERGEN DOUBLE-AMBRÉE

'Belgian Dubbel' feita com malte de cevada, xarope de glucose, malte de trigo, especiarias, aromatizante caramelo e extrato de lúpulo.

*Exemplar produzido pela cervejaria Kronebourg em Obernai, França.

Líquido marrom avermelhado, permitindo pouca passagem de luz. Servido, forma um dedo de colarinho bege de longa duração.

Aroma caramelado, com nuances de ameixa seca, chocolate, sutil tosta e especiarias.

Na boca, notas de ameixa seca e laranja acompanham suave dulçor de malte caramelizado e ligeiro tostado. Uma pitada herbácea de lúpulo refresca o final equilibrado, levemente condimentado. De corpo médio e alta carbonatação, tem boa drinkability.

Interpretação descompromissada de 'Dubbel', que mantém um perfil de apelo comercial mais puxado para o refrescante, sem ser muito fiel ao estilo. Nos bares da França, ela é bastante vendida como opção de chope ao lado da "pilsens" comuns por praticamente o mesmo preço. Dentro dessa proposta, o resultado é bem agradável.

Temperatura de degustação: Nove graus Celsius.
Cor: Marrom com nuances avermelhadas medianamente translúcida.
Creme: Média formação de creme bege persistente e que deixa marcas na taça.
Aroma: Discreto, com leves notas de chocolate, frutas secas e caramelo.
Sabor: Acompanha o aroma mostrando-se levemente frutado com caramelo, de final com baixo amargor, pouco seco e medianamente persistente. Uma dubbel de baixa complexidade, mas que ainda assim não é ruim e apresenta boa drinkability.

Cor âmbar escuro. Espuma de pouca espessura e duração. No aroma malte tostado, café e caramelo. No sabor café, torrão de açúcar e caramelo. Corpo leve e baixa carbonatação. O teor alcoólico razoavelmente alto não é perceptível e a drinkability é excelente. Final curto. Difícil de encontrar no Brasil, não decepcionou.