Cereais não-maltado, estabilizante = má qualidade?

Olá a todos, este é meu primeiro post no fórum.

Gostaria de me desculpar, visto que sou um iniciante na arte das cervejas e no colecionismo de copos e fotos das cervejas que eu degusto.

Tenho algumas dúvidas que não consegui sanar por mim mesmo.

Ao ler um pouco, percebi nas SAL nacionais que todas apresentam os famigerados cereais não-maltados, o que implica em barateamento dos custos, ausência de aromas e vários defeitos.
A Leffe, também tem esses cereais não-maltados em sua lista de ingredientes. Seriam eles também para baratear custos?

O Antioxidante INS 315 e o Estabilizante INS 405 são também utilizados nas lagers nacionais de baixa qualidade.
Porém também estão na lista de ingredientes da Therezópolis e da Baden Baden. Seriam essas cervejas de má-qualidade valendo-se mais do status de artesanais?
Além do fato de estarem presentes em todas da linha da Bohemia, seja Abadia, Weiss, etc.

Cervejas estrangeiras reconhecidamente boas também usam estes conservantes?

Outras dúvidas surgirão e conto com meus colegas para me ajudar!

Cereais não maltados podem ser utilizados para atenuar o sabore dando drinkability (facilidade em beber)

Mas tb podem ser utilizados para acrescentar algo, como no caso da aveia e alguns outros cereais.

Então não tenha preconceito se no rótulo aparecer cerais não maltados, tem boas cervejas que os contem. E tem muita cerveja puro malte que é péssima por outros motivos.

A parte química, muitas vezes é utilizada para a bebida durar mais, aguentar viagens e tempo de prateleira. Uma cerveja sem eles será mais natural mas tb sera mais suscetível a ação externa.
Geralmente eh usado em cervejas de massa, mas va vai achar em algumas outras tb.

Então não é divisor de água a utilização ou não desses ingredientes.

Essa é pratica, já já alguém aparece ai e explica a teoria, que não é o meu forte

Alexandre,
A Diferença entre um cereal maltado e não maltado numa cerveja é que os cereais maltados tem amido, que durante a brassagem são transformados em açúcar(maltose), enquanto nos cereais não maltados esse amido não é transformado. Na prática o cereal maltado dá mais álcool enquanto o cereal não maltado aumenta o sabor.
Sobre os conservantes, Todo produto industrializado tem.
Qualidade e falta de qualidade é um ponto de vista, geralmente pessoas que degustam cerveja consideram cervejas mais lupuladas e maltadas melhores, embora algumas exceções existam. Essas cervejas de "baixa qualidade" são de gosto popular, geralmente pouco lúpulo, aguada... bem refrescante... dá uma baden baden red ale pra alguém que gosta de cerveja refrescante. Ela vai dizer que é cerveja de má qualidade ou "muito forte".
Tem gosto pra tudo...
Abraço

A teoria Renato é que o levedo transforma a maltose em álcool e CO2, porem tem dificuldade com amido... esse amido sobra e dá sabor.

Na Bélgica é comum o uso de adjuntos como candy sugar e cereais não-maltados, para produzir álcool sem aumentar muito o corpo da cerveja. Se isso é influenciado também por questões de custo, não sei. Só sei que a Leffe e muitas outras belgas são ótimas, muito saborosas. Segredos dessa escola...

O que eu não acho legal é, por exemplo, algumas cervejas se dizerem "bock" ou "schwarzbier" levando os tais não maltados, e pior ainda, corante caramelo. Isso a meu ver é enganação e não representa a tradição da escola de origem, que por séculos foi regida pela "Lei de Pureza".

Quanto aos aditivos químicos, servem tanto para prolongar a validade do produto quanto para "corrigir" desvios no processo de produção.

Nesse tópico rolou uma boa discussão a respeito, dá uma conferida:

www.brejas.com.br/cervejas/forum/cerveja...rvejas-com-aditivos/

Opa, obrigado pelas respostas, já me ajudam a esclarecer um pouco.

Li a discussão e a parte técnica engradece bastante para a melhor tomada da minha decisão.