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Pão e Cerveja: Programa 205 – Cervejaria Bäcker

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Exemplo de expertise, dedicação e também humildade, o mestre cervejeiro Ricardo Canabrava comanda os tanques da segunda mais antiga cervejaria de Minas Gerais, a Bäcker. É com essa fera que a jornalista Fabiana Arreguy conversa no programa de hoje. Aproveite e relembre a visita que o BREJAS fez há quase quatro anos à cervejaria mineira assistindo o filme abaixo:

Eggenberg (República Tcheca), a cervejaria heroína

Ela foi fundada em 1560, sobreviveu a reis, rainhas, guerras e ao domínio soviético. Em Ceský Krumlov, na República Tcheca, eu entrevisto Anna Jerová, da Pivovar Eggenberg, a qual conta um pouco dessa belíssima história. Falo mais dessa cervejaria heroína em matéria a ser publicada na semana que vem aqui mesmo no Blog.

Eu e Anna Jerová: Entrevista num frio de -2ºC (por isso, não reparem nas roupas, sobretudo na minha touca mal-ajambrada...).

Eu e Anna Jerová: Entrevista num frio de -2ºC (por isso, não reparem nas roupas, sobretudo na minha touca mal-ajambrada…).

A coluna Pão & Cerveja vai ao ar todas as sextas-feiras às 11:45 da manhã pela rádio CBN de Belo Horizonte (106,1 FM). Ouça ao vivo o programa ou curta os programas anteriores gravados e disponibilizados aqui no blog pelo BREJAS.

Copa Sul-Americana de Cervejas: As partes e o todo

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José Felipe Carneiro "abocanhando" o prêmio de Cervejaria do Ano conferido à mineira Wäls

Foram anunciadas no último sábado, 25, as cervejas medalhistas da The Great South Beer Cup, campeonato sul-americano de cervejas acontecido em Blumenau (SC). O evento ocorreu paralelamente à quarta edição do Festival Brasileiro de Cerveja, festa que firmou-se definitivamente como o maior evento cervejeiro brasileiro. Fui jurado e palestrante dos eventos, e comento agora sobre o que vi e vivi nesses dias extraordinários.

Mais das outras

Os resultados da Copa surpreenderam muita gente do meio cervejeiro. Isso porque, ao lado das tradicionais cervejarias medalhistas, acabaram brilhando várias outras que até então viviam meio que apagadas no “bochicho” cervejeiro nacional. Foi o caso de empresas como Bierbaum, Bier Hoff, Mistura Clássica, Das Bier e Karavelle, as quais levaram medalhas ou menções em categorias importantes como Cervejas de Trigo, Red Ale, Pale Ale, Bock, Dunkel e outras.

Como sempre defendemos aqui no BREJAS, testes cegos de cervejas (como os feitos no julgamento da Copa) são destruidores de mitos e fazem justiça. Os resultados constatam a franca evolução técnica de cervejarias que até então não eram tão comentadas. Trata-se de um fato maravilhoso, apontando um caminho de amadurecimento do cenário cervejeiro artesanal nacional, cujo leque de opções se abre cada vez mais.

As medalhas dadas às cervejarias até agora menos faladas certamente causarão dois ótimos efeitos: estimularão as medalhistas a continuarem aperfeiçoando-se e também animarão outras cervejarias a concorrerem nas próximas edições. É assim que crescemos.

Cervejaria do Ano

Quando visitei pela primeira vez a Cervejaria Wäls, de Belo Horizonte (MG), encontrei pai e filhos — Miguel e os filhos José Felipe e Thiago, gestores da cervejaria — ainda aturdidos pela morte recente do cervejeiro Tácilo Coutinho, até então o gênio por trás das receitas. Naquela época, graças à ajuda de outros cervejeiros amigos (caso de Marco Falcone, da conterrânea Falke Bier), a empresa já vinha se aprumando do golpe. Na visita, nos idos de 2009, provei pela primeira vez, ainda do tanque, a maravilhosa Wäls Quadrupel, maturada com chips de madeira embebidos em cachaça mineira.

Alguns anos depois e muito estudo e dedicação, a micro mineira consegue sua justa consagração, sagrando-se a Cervejaria do Ano. Boa parte do título deve-se à bem-vinda parceria recente com os cervejeiros caseiros da paranaense DUM para elaborarem juntos a breja Imperial Stout Wäls Petroleum, medalhista de ouro na Copa e uma das cervejas mais comentadas dos últimos tempos. A cervejaria mineira ainda levou ouro em outra categoria-chave, eleita a campeã no estilo Pilsen a respeito da qual sempre defendi ser a melhor breja no estilo produzida no Brasil. Mestre Tácilo Coutinho, esteja onde estiver, nesse momento esfrega as mãos e brinda de alegria com o sucesso dos seus pupilos.

Chegando ao Olimpo cervejeiro

Ao lado de Eisenbahn, Baden Baden, Wäls, Colorado, Bamberg e Falke, antigas ganhadoras de prêmios aqui e lá fora, outras cervejarias começam a despontar como bichas-paponas de medalhas, caso de Bodebrown, Seasons, Way, Bierland, Klein e Backer. Dá pra sentir, degustando as produções dessas empresas, que trabalho e estudo obstinados estão sendo bem-feitos, com alguns rótulos beirando a perfeição em seus estilos. Com os prêmios ganhos, essas cervejarias entram de vez no panteão das melhores micros nacionais, com absoluta justiça.

Alô, importadoras!!!

Após a premiação de sábado, jurados e competidores foram convidados a participar, nos bastidores do Festival, de uma espécie de recepção, na qual foram servidas as demais brejas sul-americanas medalhistas da South Beer Cup. A estupefação ante a excelência dessas cervejas era o comentário geral entre os presentes. Os brasileiros aprenderam que também se fazem ótimas cervejas do lado de lá de nossas fronteiras. Mais uma ótima lição que a Copa nos ofertou.

Mas, pergunta-se: Onde estão as brejas de cervejarias como Berlina, Otro Mundo, Davok, Antares, Die Eisenbrücke e outras? Já que por aqui nos chegam cervejas muito mais distantes da Europa e dos Estados Unidos, cadê as cervejas dos nossos vizinhos??? Mais uma vez canto o meu mantra: Alô importadoras!!!

As fotos

Confira a seguir algumas imagens que fiz no Festival. Mal posso esperar o ano que vem…

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Backer 3 Lobos: A cerveja por trás da polêmica

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3lobos

Foi no Festival da Cerveja de Blumenau (SC), em novembro de 2010, que a Cervejaria Backer, artesanal de Belo Horizonte (MG), mostrou ao público os rótulos da sua nova linha chamada 3 Lobos. Apresentadas como “Série American Extreme”, os desenhos dos rótulos das brejas causaram grande alvoroço no meio cervejeiro por, de acordo com muitos, serem um “plágio” dos rótulos das americanas Flying Dog. Chegou-se mesmo a culpar a pretensa semelhança pela suspensão das exportações das brejas gringas pra cá.

A cervejaria mineira logo respondeu à acusação no blog CervejaSó, alegando que, apesar dos rótulos guardarem certa semelhança em razão dos desenhos ocuparem toda a área da impressão, na verdade eram bem diferentes. A 3 Lobos teria usado material gráfico inspirado na boate country que a família controladora da cervejaria já teve em Belo Horizonte, por sua vez emulando cenários, figuras e situações típicas do velho-oeste americano. Ainda segundo a Backer, a diferença estaria no “astral” das figuras, alegres em seus rótulos, e “tétricos” no caso das americanas.

Mas… E a cerveja?

As brejas da linha Backer 3 Lobos estiveram presentes na festa do VI Encontro Nacional de Cervejas Artesanais em Florianópolis (SC). Três dos cinco rótulos me foram presenteados pelo consagrado mestre cervejeiro Paulo Schiaveto, autor das receitas — o que confere às brejas, logo de cara, um inegável pedigree. Outros dois estilos (Pilsen e Golden Ale) não estavam ainda disponíveis porque, segundo o cervejeiro, ainda passavam por ajustes nas receitas.

Com deliciosos aromas herbáceos, a american wheat Exterminador contém capim-limão na receita, toques frutados (limão siciliano, grapefruit e abacaxi) e drinkability matadora. A Pele Vermelha, apresentada como uma american IPA, tem aroma suave mas com evidente caráter frutado, a evidenciar as cascas de laranja contidas na formulação. Já a imperial porter Bravo, maturada em barril de madeira umburana, é assertiva em aromas fortemente amadeirados, além do chocolate amargo e café, embora possua um sabor alcoólico um tanto excessivamente destacado (clique nos nomes das brejas para acessar mais informações, além das avaliações completas, com suas notas).

De volta aos rótulos, a opinião do especialista

No Encontro em Florianópolis também se encontrava o americano Randy Mosher que, além de autor consagrado de vários livros sobre cerveja, também é um dos mais reconhecidos designers de rótulos do planeta — no Brasil, são deles os rótulos das brejas Colorado, de Ribeirão Preto (SP), e Amazon Beer, de Belém (PA). Aproveitei a oportunidade e perguntei-lhe sobre o que achava da semelhança entre os rótulos gringos e brazucas.

“Não acho que houve plágio”, cravou Mosher, de pronto. “Houve, no máximo, uma inspiração. Mas, entre nós, qual rótulo de cerveja não é inspirado em outro ou outros?”. Para exemplificar sua afirmação, Randy me convidou a lembrar dos rótulos das cervejas industriais brasileiras. De fato, todas elas guardam certa semelhança entre si, seja no formato, nos elementos ou mesmo no grafismo. “A regra é a mesma!”, sorri o mestre.

A questão semelhança, plágio ou inspiração dos rótulos da 3 Lobos e Flying Dog cabe à interpretação pessoal. Todavia, é certo que as brejas devem ser experimentadas sem a “contaminação” ideológica de opiniões eventualmente desfavoráveis. Esse é o exercício que foi proposto neste artigo. Cabe ao leitor, então, aguardar pelo lançamento das 3 Lobos — o que acontecerá, pelo visto, nos próximos dias — e formar suas conclusões.



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