Artigo exclusivo para o BREJAS, por James Thompson*
Na minha última viagem para Chicago, chamei Ray Daniels, diretor do Cicerone Certification Program e membro sênior da Siebel Institute of Technology. A Siebel é a escola mais antiga de cervejaria nos Estados Unidos, e Ray é professor de ciência da produção da cerveja. A última vez que eu o vi foi num dezembro escaldante no Estado do Rio de Janeiro, quando fomos para a Cervejaria Mistura Clássica, em Volta Redonda, e gastamos uma tarde toda degustando cervejas com o anfitrião e dono da cervejaria, Severino Batista.
Naquele dia, o tempo estava frio e ventava muito na beira do gélido Lago Michigan, quando Ray abriu a porta do passageiro de seu carro e disse “entra aí, James!”. Rodamos as ruas secudárias da cidade, abaixo das trilhas elevadas do famoso metrô de Chicago (O El,) e para um brewpub que se situava entre armazéns antigos, da época industrial. Enquanto conversávamos, o garçom perguntou sobre o livro de Ray, Designing Great Beers, do qual já foram vendidos 40 mil exemplares. Um freguês aproximou-se da nossa mesa para perguntar o que Ray achou de uma determinada cerveja feita com um ingrediente que eu jamais imaginaria mencionado na mesma frase com a palavra cerveja.
E isto me levou a perguntá-lo sobre a chamada Escola Americana, sobre a qual todo mundo fala. Trata-se de um movimento verdadeiro ou é meramente uma onda passageira com um nome maneiro?
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Na semana passada, este escriba foi o entrevistado para falar da nova escola cervejeira americana, cujas brejas agora aportam por aqui. Já neste programa, que foi ao ar no dia 15/2, a entrevista é com ninguém menos do que Charles Papazian, presidente da Brewers Association (associação americana de cervejas artesanais) e autor de vários livros sobre o nobre líquido.
Papazian, que veio ao Brasil no final de 2009, traçou um panorama bastante animador do que pôde ver sobre o renascimento das cervejas artesanais daqui, mas vaticinou: A cultura cervejeira no país só crescerá com a redução significativa dos impostos para as micro.
O dado interessante lançado pelo americano foi a constatação de que, por ter produtos mais elaborados, a microcervejarias gerariam muito mais empregos por litro de cerveja produzida em relação às macro. Tal aumento de mão-de-obra “neutralizaria” os efeitos da arrecadação a menor.
A coluna Pão & Cerveja vai ao ar todas as sextas-feiras às 11:45 da manhã pela rádio CBN de Belo Horizonte (106,1 FM). Ouça ao vivo o programa ou curta os programas anteriores gravados e disponibilizados aqui no blog pelo BREJAS. Para a experiência ficar completa, acompanhe também o Blog Pão & Cerveja.
Elnfim, elas chegaram!
Conforme anunciado neste post, as brejas da nova escola americana estão desembarcando com tudo nessas plagas. As primeironas a chegar, logo na semana passada, foram as da Anderson Valley.
Até esse momento, elas estão disponíveis apenas no bar paulistano FrangÓ e, a partir da próxima semana, na rede atacadista Sam´s Club. Porém, graças à simpatia da doce Carolina Oda (Tarantino Importadora), obtivemos um exemplar de cada rótulo.
O palco da degustação foi o Bar Brejas, onde colocamos as meninas à prova. Vamos às nossas impressões:
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