De Dolle Arabier

A De Dolle Brouwers ( ou "Cervejeiros Malucos") é uma respeitada cervejaria artesanal localizada no vilarejo de Esen, região de Flanders Ocidental na Bélgica. Apesar de seus atuais proprietários terem iniciado o negócio em 1980, é sabido que o local já funcionava como cervejaria/destilaria desde 1835.

Com a morte do fundador original em 1882, o empreendimento foi vendido para outra família. Esta então permaneceu no comando por três gerações até repassar o prédio para o pessoal da De Dolle.

Sua produção é relativamente pequena, chegando a cerca de 1000 Hectolitros/Ano. Uma vez por semana, a cervejaria abre as portas para a visitação pública, oferecendo as produções da casa em seu "tasting room".

ARABIER

'Belgian IPA' com refermentção na garrafa que utiliza cones de lúpulo 'Nugget' (incluindo 'dry -hopping) da cidade belga de Poperinge. Seu nome é um trocadilho que pode significar "árabe" ou "cerveja da arara".

Dourada e translúcida, forma exuberante camada de espuma branca, consistente, persistente, no melhor estilo "creme de barbear".

Seu aroma, muito expressivo, destaca o perfil de ésteres e fenóis. Notas de 'bubblegum', abacaxi, laranja cristalizada e damasco acompanham toques de cravo, pimenta branca, sutil 'funky' (lembrando suor), além de agradável floral. Espetáculo!

O sabor deixa claro o protagonismo do lúpulo, que parece reger os demais elementos. Reminscências de abacaxi, damasco seco, casca de laranja e romã surgem assim meio amargas, lembrando um pouco bebidas tipo "Campari". Nuances fenólicas, com ecos de cravo e pimenta branca, acrescentam suave picância. A fusão entre sabores amargos, frutados e condimentados produz um final agridoce bastante resinoso. Traços florais e certa adstringência do lúpulo permanecem no retrogosto.

Cerveja complexa, intrincada - para ser apreciada sem pressa em estado de contemplação. Uma experiência memorável!

Cor dourada com carbonatação aparente e uma incrível espuma densa de ótima duração e deixando vários traços fortes.
Bom aroma forte de abacaxi, banana, levedura belga “funky”, pinho e vinho branco.
Sabor bem agradável de lúpulos herbáceos e cítricos com notas de banana, especiarias, abacaxi passado do ponto, licor Cointreau, pêra, maçãs, champagne, flores, chiclete, terra e um pouco de ácido lático. Retrogosto seco com um longo amargor herbáceo e levemente azedo.
Corpo médio com carbonatação perfeita, um pouco efervescente. Álcool de 8,0% abv é praticamente inexistente.
Cerveja soberba, uma Belgian Strong Pale Ale difícil de vencer. Lupulada como uma Belgian IPA e incrivelmente frutada. Complexa e ainda assim fácil de beber. Cerveja perigosa.
Ap.4,25 Ar.4,25 Sab.4,5 Sens.4,5 Cj.4,5

Temperatura de degustação: Oito graus Celsius.
Cor: Alaranjada medianamente turva.
Creme: Excelente formação de creme branco, consistente, de bolhas grandes e extremamente persistente, que deixa muitas marcas na taça.
Aroma: Muito frutado cítrico que remete a casca de laranja e limão.
Sabor: O amargor predomina por todo o gole e cresce ao longo do mesmo até o seu final, permanecendo durante o retrogosto que mostra-se bastante seco e persistente, remetendo à casca de laranja e limão presentes no aroma. O amargor é tão marcante que marca inclusive os lábios com o seu gosto, mantendo-se persistente.

Coloração alaranjada turva e espuma branca de exímia formação e duração. O aroma trouxe fermento, pão, dereal, dulçor maltado, frutado, cravo, abacaxi e outras notas cítricas, ainda damasco seco e lúpulo herbal. Na boca a carbonatação é tanta que incomoda um pouco, o amargor aparece, além de álcool, lúpulo herbal e sensação adstringente. Final amargo persistente, muito seco e frutado.

Cerveja inusitada, degustada no Delirium, não me lembrou nenhuma outra que já tenha bebido, quem adorou mesmo foi meu namorado, eu achei amarga demais. Coloração dourada, turva. Boa formação de creme branco, de média persistência, que deixa camada perene. Aroma de lúpulo cítrico e um frutado de abacaxi. O sabor segue o aroma, com entrada adocicada e final amargo, bastante lupulado. Retrogosto amargo e seco. Corpo e carbonatação médios. Eu não compartilhei da sensação, mas meu namorado disse ter a impressão vívida de estar mordendo uma bela rodela de abacaxi ao beber essa cerveja, de tão marcante que lhe pareceu o paladar da fruta na breja. Para os amantes do lúpulo, chegados num bom amargor (defenitivamente não é meu caso), é com certeza uma bela pedida.