A De Halve Maan é uma cervejaria independente localizada na cidade belga de Bruges. Segue breve história:
Desde 1564 há registros de uma cervejaria chamada "Die Maene" (ou "a lua") em Bruges. Mas foi somente em 1856 que Leon Maes (também conhecido como Henri I) comprou a propriedade onde funcionava tal cervejaria. Assim, com a ajuda de seu tio, implementou ali uma nova fábrica e a batizou de Brouwerij De Halve Maan ("cervejaria meia lua"). Ao longo dos anos a empresa passou de pai para filho até chegar aos dias de hoje, sob o comando da sexta geração.
STRAFFE HENDRIK WILD (2021)
Versão da Belgian Tripel da casa refermentada na garrafa leveduras "selvagens" do gênero Brettanomyces.
Antes de serem comercializadas, as unidades já engarrafadas maturam por cerca de três meses em uma câmara aquecida.
Líquido enevoado de coloração âmbar. Servido, apresentou "gushing" volumoso, já fazendo sujeira. Uma vez na taça, forma um dedo de espuma marfim de longa persistência.
No nariz, reminiscência de vinho branco, junto a intenso frutado, evoca compota de abacaxi, laranja cristalizada e damasco seco. Elementos "funky", maltados e fenólicos, a lembrar couro, mel e pimenta, acenam ao fundo.
O sabor segue mais ou menos essa linha, amarrando notas de laranja, abacaxi e mel às nuances "funky" e especiadas. Sugestões de vinho branco e pimenta, bem como leve medicinal, acrescentam complexidade. Percepção alcoólica um degrau acima do limiar ideal. Uma acidez breve pontua o final seco, frutado, condimentado. Tem corpo médio, alta carbonatação e textura aveludada.
Cerveja muito gostosa com distinta expressão de brett. Só lamento ter ocorrido o "gushing" que me roubou quase meia garrafa.
