Verteu uma cor âmbar dourada sem o menor sinal de espuma.
Aroma bem funky com notas de queijo, manta de cavalo, suor e um azedo de limão.
Grande sabor com um azedo intenso de limão, lúpulos terrosos, pêssegos, forte pimenta do reino e carvalho. Retrogosto adstringente e ácido.
Corpo leve com boa carbonatação e de bolhas diminutas.
Esta é uma Sour de caráter, uma das com mais especiarias e azedas que tomei. Uma obrigação para os Sour Heads.
Ap.3,25 Ar.3,5 Sab.4,25 sens.4 cj.4,25
A Hanssens traz uma Gueuze violenta, com aromas herbáceos, frutados e salgados em grande destaques, mostrando-se uma das mais potentes que já provei na família das Lambic. Tive duas oportunidades de prova-la e em uma delas me pareceu um pouco exagerada nos aromas "passados".
Apresentou coloração dourada, em tons levemente alaranjados, no início com boa limpidez, mas logo que despejados os resíduos, vai turvando. Seu creme era de coloração marfim, uma formação razoável, mas uma ótima duração.
O aroma mostra sem dó nem piedade o efeito do Brettanomyces, lembrando bastante couro. Há um toque frutado, mais ácido, que remete a ameixas, maçã e uvas verdes. Um fundo de amendoas, sal de frutas, vinagre, além de aromas mais condimentados como de sálvia e até um tom mais apimentado que não consegui identificar direito. Uma das vezes que provei, a cerveja estava com um inteso aroma de ovo, prejudicando bastante o conjunto, o que não aconteceu na segunda oportunidade.
Há um contraste interessante na boca, com a potente doçura dos maltes, que remete principalmente a pão branco, unindo-se a uma doçura frutada, e contrastando com um marcante salgado de couro e bacon, muito presentes. Talvez esta seja a cerveja mais salgada que eu tenha provado na vida. Como esperado, a acidez é bastante destacada, não recomendada para iniciantes, apesar de eu ter achado tudo muito bem balanceado. Possui uma carbonatação efervecente e um corpo de médio para baixo, além de um leve amargor que lembra quinino.
Uma cerveja que com certeza gostaria que estivesse nas gondolas dos mercados e lojas especializadas aqui no Brasil. Uma Lambic extrema, para quem é louco por acidez mesmo. Mantenha distância se você não gosta de cervejas ácidas.
No copo verteu um líquido alaranjado com um creme branco de média formação e pouca persistência. No olfato, trouxe notas selvagens e animais, de couro e curral de fazenda, aliadas a um toque aromático cítrico e avinagrado. No paladar, apresentou sabores adstringentes e acéticos, além de uma sensação mineral muito agradável. Seu fim é seco, salgado e com sugestão de limão. Possui um corpo leve e sua carbonatação é baixa. Enfim, excelente Gueuze, não amarra tanto a boca como outros exemplares do estilo, sendo bastante deliciosa e fácil de beber.
