Na taça ela é marrom e turva. Fez espuma beje, alta, de boa duração.
No aroma, fermento com leve cítrico. Percebe-se também a potência do álcool.
Na boca é encorpada, com carbonatação média. Sabor bastante condimentado, não muito doce, com o álcool bastante presente. Leve sabor tostado e frutado, que fica no retrogosto que é longo.
O nome "Hoegaarden" se refere não apenas à cervejaria, mas também ao vilarejo onde ela se encontra na região belga de Flandres. Há quem diga que o estilo 'Witbier' foi introduzido por monges neste local em meados de 1445, passando então a ser produzido por dezenas de outras cervejarias na área.
A virada do século XX, contudo, acabou trazendo uma série de mudanças que alteraram a produção cervejeira em diversos pontos da Europa. O vilarejo de Hoegaarden, por exemplo, viu seu último fabricante de 'witbier' fechar as portas em 1957 - o que extinguiu o estilo.
Com o intuito de preservar a histórica receita local, Pierre Celis, um leiteiro, iniciou sua produção independente dentro de um palheiro. O ano era 1965, e a nova cervejaria batizada de "Sluis".
A demanda cresceu e em 1980 Celis comprou uma antiga fábrica de limonada chamada "Hougardia" para adaptar sua produção cervejeira.
Cinco anos depois, um incêndio destruiu todo o complexo. Para reparar os danos, Celis aceitou um empréstimo da cervejaria belga "Interbrew" (que mais tarde viria a se fundir com a Ambev). Mas a "Interbrew", na condição de credora, começou a pressionar Celis a alterar a receita original com fins de aumentar o lucro. Celis acabou não cedendo e decidiu vender a fábrica de vez para a "Interbrew". Na sequencia, migrou para os Estados Unidos onde abriu nova cervejaria.
Hoje a marca"Hoegaarden" pertence ao grupo AB-Inbev, o qual mantém a produção de cervejas no vilarejo homônimo.
DE VERBODEN VRUCHT
"De Verboden Vruch" - em português, "o fruto proibido". Trata-se de uma 'Belgian Specialty Ale' feita com malte de cevada, cereais não maltados, sementes de coentro, casca de laranja e lúpulo. O rótulo estampa a sugestiva imagem de Adão e Eva a beber e "pecar" no paraíso.
Líquido turvo de coloração marrom avermelhada. Vertido no cálice, mostra boa formação de creme bege denso e persistente.
Aroma caramelado, cítrico, frutado, alcoólico e condimentado. Nuances de lima-da-pérsia, damasco, coentro, toffee e nozes se expressam com desenvoltura.
O paladar destaca a presença de elementos cítricos/frutados sobre a base moderadamente doce de malte caramelizado. Notas de damasco seco, compota de laranja e marrom-glacê são referências imediatas. Pitadas de coentro, o calor do álcool e suave amargor surgem complementares. Uma doçura comedida perpassa o final longo, cítrico e condimentado. Corpo alto, carbonatação intensa e média drinkability.
O resultado se traduz numa espécie de 'Belgian Dark Strong Ale' cítrica, com o DNA inconfundível da "Hoegaarden" clássica. Ótima escolha por um preço justo!
Acobreada,translúcida,leve turbidez,belíssima formação de espuma,cremosa e com boa manutenção;no aroma o inconfundível fermento belga,caramelo,frutas vermelhas,passas,malte tostado;sabor encorpado, adocicado,frutado,levemente alcoólico,retrogosto adocicado e final acalorado. Ótima cerveja,complexa,equilibrada e com bom custo/benefício.
- Sensacional a menção do fruto proibido com Adão e Eva bebendo uma breja bem boa como essa.
- Coloração âmbar translúcida.
- Espuma bege, perene e fofa, de média formação e boa duração, marcando as laterais da taça.
- Aroma bem proeminente de caramelo, ameixa, passas e frutas cristalizadas.
- No sabor, as notas do aroma se pronunciam numa base de calda de frutas negras. Textura mais aquosa e menos encorpada que as convencionais BDSA.
- Excelente custo-benefício por menos de R$12 desbanca qualquer uma do estilo.