Mikkeller Funky (e)★ [fung’ke e’st r] (Funky Easter)

Uma boa cerveja entre o amargo e o azedo.
A coloração é de um alaranjado turvo de espuma beje de baixa duração.
Seu aroma é complexo sentindo aroma de couro cru, maça levemente cravo dando muita expectativa ao sabor que não fica atrás álcool presente mas bem equilibrado leve amargor remetente o couro, cítrico leve doçura e com final seco, mas todos sabor não persiste e some no final do gole deixando uma sensação quente e levemente amarga pedido pelo próximo. uma cerveja intensa um potpourri de sabores!

Considerada por muitos uma espécie de cervejaria cigana, a Mikkeller não tem uma planta nem equipamentos próprios para produzir suas cervejas. Em vez disso ela produz suas bebidas a partir de contratos com outras cervejarias e parcerias com os mais diversos fabricantes ao redor do mundo. Sua história inicia em Copenhague, na Dinamarca, quando o então profesor de física e matemática Mikkel Borg se juntou ao seu amigo de infância Kristian Keller para começarem a fazer cerveja de panela em casa. O "boom" veio em 2006 quando obtiveram grande sucesso ao elaborar uma Oatmeal Stout que rapidamente foi eleita a melhor stout do mundo segundo o site Ratebeer (famoso forum especializado em cervejas). Em 2007 Kristian Keller resolveu abandonar a parceria para ser editor de uma revista de música, deixando o amigo Mikkel Borg como o único dono. Desde então a Mikkeller já produziu mais de 600 tipos de cervejas dos mais diversos estilos e que são exportadas para mais de 40 países.

A Mikkeller Funky (e)? [fung’ke e’st r] (Funky Easter) é uma cerveja sasonal do estilo Sour Ale, especial de páscoa. Como a maior parte dos rótulos Mikkeler, ela é produzida sob contrato pela cervejaria belga De Proefbrouwerij. Sua receita inclui a inoculação de leveduras selvagens do tipo "brettanomyces", as mesmas encontradas nas tradicionais cervejas de fermentação espontânea (Lambic). Além disso, ela é maturada em antigos barris de carvalho que um dia já foram usados para envelhecer vinhos. Algumas bactéries que vivem nesta madeira também contribuem para a fermentação, acrescentando assim sabores ainda mais ácidos a cerveja.

O rótulo psicodélico já dá uma ideia do que está por vir. Líquido ocre e turvo com sedimentos no fundo da garrafa. O colarinho é bege, cremoso, atingindo cerca de três dedos de espessura, para então se estabilizar numa fina camada perene.

Mas é na primeira cheirada que a coisa realmente entorta. Estranhos aromas de couro, poeira e estábulo atordoam os sentidos e nos fazem questionar que tipo de "perfume" é esse. Claro, isso só pode ser coisa das 'Bretta', apelido simpático das famosas leveduras "selvagens" que fermentam esta cerveja, as "Brettanomyces". Em meio o seu agradável fedorzinho também se sobressaem algumas sutis notas frutadas, além de nuances de vinho e vinagre de maçã. Apesar de estranho, o buquê é de maneira geral agradável e nada agressivo.

Na boca ela se apresenta bastante macia, corpo leve e baixa/média carbonatação. O paladar é equilibrado, com dulçor, acidez e suave amargor muito bem amarrados. Sabores tradicionais de cravo, maçã madura, damasco e condimentos se misturam a sensações mais incomuns como o gosto de couro - algo que você certamente sentiria se lambesse um daqueles chapéus típicos do sertão nordestino ou um pelego recém saído do curtume. O final é agridoce e o retrogosto amargo, levemente amadeirado e condimentado.

Diferente porém contida, a Funky Easter traz a rebeldia contra a tradição pascal de se afundar em chocolate sem meter o pé na bunda do coelhinho. Sua doçura é apenas pouco convencional, mas ainda reconhecível como doce. Tal qual aquele coelho do filme 'Donnie Darko' que, apesar de bizarro, ainda era reconhecível como um coelho.

Feliz Páscoa!

Coloração âmbar alaranjada e novamente exímia formação e duração de espuma, característica que me parece “básica” em todas as cervejas da Mikkeller. Aroma carregado de lúpulos florais, com sugestões de azeitonas, couro e pimenta (na hora da degusta disseram “cheiro de tapete novo”, e realmente lembrou!). Na boca o calor alcoólico fica nítido, mas sem prejudicar, um dulçor seco e contínuo também aparece. Frutas brancas são percebidas no retrogosto. O final é seco e amargo, apesar de possuir notas de cana de açúcar... Uma breja enigmática!

Nota inicial: trata-se de uma cerveja azeda. Apesar do estilo indicar algo que parece ser familiar, essa breja aqui tem características bem próprias.

Colocada no copo, apresentou coloração ambar quase cobre, turva e com espuma média, de média duração.
O aroma logo mostra o lado selvagem, azedo, couro.

As brettanomyces realmente ditam o perfil da breja. Todo o resto serve apenas para equilibrar. Vai pro lado de uma Orval mais intensa, ou de uma Petrus Aged Pale, guardadas as proporções.

Daquelas brejas dificeis de avaliar, dificeis de categorizar. Cai be pra alguns paladares, pessimo pra outros.
Eu gostei!

Mais uma de muitas Mikkellers produzidas na belga De Proefbrouwerij. O nome, em tradução literal, significa uma páscoa descolada. Uma cerveja bastante diferente, responsabilidade das leveduras brettanomyces que dá sensações azedas à essa belgian strong ale. É a típica cerveja ame ou odeie.
Vertida apresentou um líquido âmbar com um creme branco de boa formação e persistência.
Para avaliar o aroma é preciso ter calma. Confesso que no primeiro momento me pareceu algo com remédio com couro. Mas aos poucos essas sensações passam a ser agradáveis com notas de maçã verde, toffee, cravo e notas herbais.
O sabor segue o padrão, e no primeiro gole o couro e o azedo assustam porque são sensações as quais não estamos acostumados. Mas no conjunto passam a ser agradáveis ladeando notas de toffee, frutas maduras, maçã verde e notas agridoces no final. Aftertaste levemente azedo. Corpo leve e carbonatação alta.
Certamente não irá agradar a maioria dos confrades mas dentro do seu perfil bem diferente, me agradou. Vale a experiência.