Ballast Point IPA Big Eye

Sou fã assumido da Ballast Point's Sculpin IPA. Em outra oportunidade já havia tomado esta Big Eye, mas não estava em uma fase de amor às india pale ales como estou.

Média formação de espuma, corpo límpido (prefiro algo mais anuveado) e de tom acobreado. Adorável e intenso aroma lupulado, lembrando bastante a Sculpin IPA mas menos complexo, com nuances herbais, cítricas (maracujá), pinhosas (menta, hortelã) e muito distante maltado. Na boca, o corpo leve com brevíssima sugestão de lúpulo de sabor logo é seguido por uma dose exagerada de amargor e notável sensação alcoólica - duas características que sobressaem principalmente pela leveza do corpo. Uma porrada.

A cerveja peca pelo desequilíbrio, principalmente nos quesitos sabor e sensação, embora seu aroma seja ponto bastante positivo. Se a Sculpin não aparecer por minhas bandas, tentarei experimentar a Pale Ale.

Uma cerveja laranja escura, com um creme branco de pequeno porte. O aroma é lúpulo doce combinado com notas de grama. O sabor é de lúpulo, especiarias e grama, levando a um final seco e lúpulado.

Temperatura de degustação: Seis graus Celsius.
Cor: Âmbar translúcida.
Creme: Média formação de creme branco, persistente e que deixa muitas marcas na taça.
Aroma: Inicialmente mostra um frutado cítrico, compatível com maracujá, laranja e limão, seguido de herbal, com notas terrosas e grama.
Sabor: Inicialmente levemente adocicado, onde do meio para o final do gole o amargor predomina, mostrando-se intenso, seco e persistente, com uma picância que pega nas laterais da língua e ao mesmo tempo remete ao herbal presente no aroma. Excelente drinkability, muito boa IPA.

Linda IPA americana, das melhores que temos no Brasil, que acabou ficando um pouco ofuscada pela sua mais intensa e extrema irmã, a Sculpin IPA. Porém, para o meu paladar, esta Big Eye se mostra mais agradável e equilibrada do que a Sculpin. Tem cor acobreada-alaranjada no copo, com bastante opacidade a frio e um creme de baixo volume, mas boa persistência. O perfume lupulado, de frescor invejável, combina cítricos, herbais, frutados e florais na proporção perfeita: muita casca de laranja, compota de mamão, verbena, cidreira, framboesa, doce de cidra, rosas e jasmim. Como manda o estilo, o malte não traz aquela pegada caramelada, mas sim um leve acastanhado e uma limpa doçura de geleia que se une aos frutados para criar uma suculenta sensação de compota de frutas. Começa com uma presença doce na boca, mas logo depois vem um amargor preciso, limpo, refrescante e intenso sem exagero, terminando em um final amargo e oleoso com um certo docinho reconfortante ao fundo. O corpo é mediano, não tão seco quanto a Sculpin, com um toquezinho melado que não chega a incomodar. Para mim, esta é a cerveja a se beber no Brasil se você quer saber como é o estilo americano de se fazer IPAs. Paradigmática e deliciosa.

IPA âmbar alaranjada belíssima, creme branco denso e persistente. Aroma bem vivo trazendo notas muito frutadas. Sabor maltado, encorpado e com fim razoavelmente devido ao lúpulo. Notas herbais bem presentes no gosto e retrogosto. IPA TOP.