Degustada a 6,1 graus de temperatura. Validade 09/2011.
Essa tripel americana tem muito oque aprender com as belgas.
Sua cor é âmbar turva e sua espuma tem boa formação e duração.
Seu aroma é frutado com notas de laranja. Seu sabor acompanha
o aroma e também é condimentado. O dulçor e amargor não apresentam
muito equilíbrio. Seu corpo é leve para médio e seu álcool
é bem inserido. Apesar do bom conjunto, perde muito na comparação
para as referências no estilo belga.
Ao contrário do que se poderia esperar, a reinterpretação dada pela Flying Dog ao estilo tripel não aposta na citricidade e frescor dos lúpulos americanos, mas sim no caráter nobre e mais "fechado" e condimentado de um tradicionalíssimo lúpulo europeu: o Saaz. O resultado é uma tripel bem condimentada e seca, mas com pouca presença do malte e de aromas de levedura, tornando-a pouco complexa diante de outras cervejas do estilo. A aparência é boa, com uma cor dourada-alaranjada coroada por uma espuma branca de bom desempenho. Percebe-se muito rapidamente que esta não é uma cerveja de perfil de lúpulos americanos. No aroma como no sabor, as notas condimentadas, lembrando pimenta, e os toques terrosos e metálicos do Saaz dominam o conjunto - eu diria até que esta é uma boa cerveja de referência para o sabor dessa variedade de lúpulo. Em segundo plano, há um sabor de remédio e algo de laranjas. Ao fundo, discretíssimo, um toque esterificado de tutti-frutti. O malte é pouco evidente, e as características de leveduras (frutados e especiarias) são menos relevantes do que se espera pelo estilo. O paladar é amargo e muito seco, com uma acidez revelante e uma doçura bem de leve na entrada. O final é curto, fechado, amargo, bem seco, com retrogosto de remédio e condimentado. O corpo é leve e seco, a carbonatação é bem expressiva e o álcool não é excessivo no paladar. No conjunto, uma tripel de perfil lupulado nobre e bem europeu, surpreendentemente (a gente já abre as americanas meio que esperando os lúpulos americanos - até por isso esta tripel decepciona um pouco). Acho que, considerando-se o estilo, faltou uma presença mais expressiva de aromas frutados e de especiarias, e o cítrico não se mostrou tão relevante como em outras boas tripel belgas. Parece que, realmente, quando as cervejas americanas usam como protagonistas da receita variedades de lúpulo não-americanas, perdem um pouco seu brilho. Ou talvez seja só que elas destoam daquilo que estamos acostumados a esperar. Talvez esta tripel seja um bom alerta para evitarmos generalizações sobre as cervejas norte-americanas, que ainda estamos aprendendo a conhecer e apreciar.
De coloração alaranjada, turva. Espuma branca, densa, mas pouco persistente. Bom aroma remetendo a mel e fermento (pão). Sabor complexo, com início doce e final amargo, notas de malte de cevada, mel, frutas, cereais não-maltados e lúpulo. Álcool presente, mas conferindo uma sensação licorosa. Encorpada. Carbonatação baixa.
Uma excelente Belgian Tripel. Sem dúvida vale a pena experimentar.
Primeira Tripel que degusto.
Aroma claramente frutado, espuma de baixa persistência.
Coloracao âmbar-claro, opacidade intesa e um pouco turva.
Sabor tendendo a laranja, levemente uva.
Uma experiência interessante, tripel honestissima.
Tripel bem correta, mas nada de mais. cerveja clara e turva, pouca formaçao de espuma. no aroma senti laranja e alcool de leve. no sabor nao se sente o herbal das outras dogs, é uma tripel normal, com especiarias, um frutado suave e doce.