Divulgação de Blogs
Respondido por André Santini Filho no tópico Divulgação de Blogs
Me desculpem entrar no meio da discussão.
Mas queria caminhar seguindo a linha do Daniel.
Estou bem longe dos 400 reais/mês. Faço a assinatura do beer pack do clube do malte (por enquanto, por haja paciência) e devo gastar mais 100 ou 150 reais em cervejas. Eu tento manter alguns rótulos do dia a dia (20 a 40% desse valor) e o restante variando cervejas das quais ainda não tomei (ou tomei e não gostei, mas que merecem uma contra prova). Por ser abençoado e morar em Curitiba, posso ir no Growler Day as vezes ou vou dividindo essas compras com a minha namorada.
O que quero dizer é que eu entendo que o custo da produção de uma artesanal (com insumos importados e toda a tributação em ritmo galopante) tenha um impacto alto no custo final, mas não é só isso que encarece. Vejo preços praticados por algumas lojas aqui em Curitiba e na internet e chego a ficar abismado com tamanha ganancia. Digo isso porque é possível pegar o valor de venda da cervejaria e fazer uma rápida conta de padeiro para saber quanto é a margem (eu disse margem e não lucro...).
Claro que haverá um distanciamento daquele público novo que começou a beber artesanal agora. Nós que estamos nesse caminho sem volta não vamos deixar de comprar... mas como o Daniel disse, as compras se tornam mais escassas e o nível baixa consideravelmente. Eu tenho segurado as pontas aqui, comprando em menor quantidade e bebendo em menor quantidade semanalmente. O que não entra na minha cabeça é que parte das cervejarias falam sim em difusão da cultura cervejeira mas lançar beras com maturação de 2 anos a 60 reais é um absurdo. São 350mL apenas.
Outra coisa que não me entra na cabeça é porque as ciganas não se anexam a uma cervejaria física? Mas fixem "residencia". Ou seja, visando baratear alguns custos como tampinhas, insumos, garrafas, transporte, custo com envio para o cliente e etc. Observe as mudanças da (ex) Liga Extraordinária, produzem tudo dentro da Gauden, ngm tem garrafa diferente da long neck padrão e agora passaram a vender diretamente para o consumidor final (pessoa física). Na tabela que recebi da DUM, os valores mudaram razoavelmente e creio que ainda vai cair.
Enfim, para encerrar este texto... Vejo muito gente surfando esta onda de cervejas artesanais. Parte dessas pessoas tem sim paixão pelo que fazem e tem o interesse real em criar a cultura cervejeira artesanal no Brasil. Outra parte que ganhar uma grana em cima disso. E infelizmente temos encontrado esse tipo de gente no caminho... tá foda.
Não sei se fui claro.
Mas queria caminhar seguindo a linha do Daniel.
Estou bem longe dos 400 reais/mês. Faço a assinatura do beer pack do clube do malte (por enquanto, por haja paciência) e devo gastar mais 100 ou 150 reais em cervejas. Eu tento manter alguns rótulos do dia a dia (20 a 40% desse valor) e o restante variando cervejas das quais ainda não tomei (ou tomei e não gostei, mas que merecem uma contra prova). Por ser abençoado e morar em Curitiba, posso ir no Growler Day as vezes ou vou dividindo essas compras com a minha namorada.
O que quero dizer é que eu entendo que o custo da produção de uma artesanal (com insumos importados e toda a tributação em ritmo galopante) tenha um impacto alto no custo final, mas não é só isso que encarece. Vejo preços praticados por algumas lojas aqui em Curitiba e na internet e chego a ficar abismado com tamanha ganancia. Digo isso porque é possível pegar o valor de venda da cervejaria e fazer uma rápida conta de padeiro para saber quanto é a margem (eu disse margem e não lucro...).
Claro que haverá um distanciamento daquele público novo que começou a beber artesanal agora. Nós que estamos nesse caminho sem volta não vamos deixar de comprar... mas como o Daniel disse, as compras se tornam mais escassas e o nível baixa consideravelmente. Eu tenho segurado as pontas aqui, comprando em menor quantidade e bebendo em menor quantidade semanalmente. O que não entra na minha cabeça é que parte das cervejarias falam sim em difusão da cultura cervejeira mas lançar beras com maturação de 2 anos a 60 reais é um absurdo. São 350mL apenas.
Outra coisa que não me entra na cabeça é porque as ciganas não se anexam a uma cervejaria física? Mas fixem "residencia". Ou seja, visando baratear alguns custos como tampinhas, insumos, garrafas, transporte, custo com envio para o cliente e etc. Observe as mudanças da (ex) Liga Extraordinária, produzem tudo dentro da Gauden, ngm tem garrafa diferente da long neck padrão e agora passaram a vender diretamente para o consumidor final (pessoa física). Na tabela que recebi da DUM, os valores mudaram razoavelmente e creio que ainda vai cair.
Enfim, para encerrar este texto... Vejo muito gente surfando esta onda de cervejas artesanais. Parte dessas pessoas tem sim paixão pelo que fazem e tem o interesse real em criar a cultura cervejeira artesanal no Brasil. Outra parte que ganhar uma grana em cima disso. E infelizmente temos encontrado esse tipo de gente no caminho... tá foda.
Não sei se fui claro.
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- André Santini Filho
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Respondido por Odimi Toge no tópico Divulgação de Blogs
Pois é, o Empório da Cerveja se tornou um dos meus maiores fornecedores nos últimos 6 meses. Fora os mercados, essa posição cabia antes aos bares, empórios e sites especializados diversos. Neste exato momento, estou esperando uma caixinha com 6 Leffe Vielle cuvee por 28 contos. Eu tinha comprado no Empório da Cerveja apenas uma vez em 2012 ou 2013 - agora é direto.
8 anos 3 meses atrás
#64279
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- Odimi Toge
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Respondido por André F no tópico Divulgação de Blogs
Bom dia,
Primeiro parabéns Marcussi pelo texto. Trabalho numa fundação de amparo à pesquisa e quem reclama não faz ideia do tamanho de textos acadêmicos... Enfim.
Segundo, como é bom esse fórum. Discussão de alto nível com opiniões sensatas.
Concordo com grande parte das opiniões que li. Tenho controlado meu consumo diminuindo a quantidade e feito como o Odimi, comprando no Empório, promos do PdA e alguns kits que aparecem com bom custo benefício.
Inclusive ATENÇÃO: está circulando a info de que sexta de carnaval tem 50% no pão de açúcar, que nem no ano passado.
As compras hoje se resumem a uma unidade de cada cerveja, só sendo revisitadas aquelas que realmente gosto muito (falando das mais caras) e esporadicamente. Acho mesmo que a ruptura mencionada pelo Odimi já ocorreu. Tem um monte de cervejaria e cerveja nova que tenho vontade de experimentar mas pagar 20 - 30 em garrafas pequenas não dá.
No facebook rolou mimimi dos micro e a alegação de que as que estão com melhor CxB já tem escala, então unam-se. Façam associações, comprem em grupo, distribuam em grupo se for o caso, porque ficar falando que é caro e lançar garrafas no preço das beertoon... ainda não tive coragem de experimentar nenhuma. Em compensação Eisenbahn, Bamberg, Dama e colorado (com bons preços no empório) continuam aparecendo lá na geladeira.
Primeiro parabéns Marcussi pelo texto. Trabalho numa fundação de amparo à pesquisa e quem reclama não faz ideia do tamanho de textos acadêmicos... Enfim.
Segundo, como é bom esse fórum. Discussão de alto nível com opiniões sensatas.
Concordo com grande parte das opiniões que li. Tenho controlado meu consumo diminuindo a quantidade e feito como o Odimi, comprando no Empório, promos do PdA e alguns kits que aparecem com bom custo benefício.
Inclusive ATENÇÃO: está circulando a info de que sexta de carnaval tem 50% no pão de açúcar, que nem no ano passado.
As compras hoje se resumem a uma unidade de cada cerveja, só sendo revisitadas aquelas que realmente gosto muito (falando das mais caras) e esporadicamente. Acho mesmo que a ruptura mencionada pelo Odimi já ocorreu. Tem um monte de cervejaria e cerveja nova que tenho vontade de experimentar mas pagar 20 - 30 em garrafas pequenas não dá.
No facebook rolou mimimi dos micro e a alegação de que as que estão com melhor CxB já tem escala, então unam-se. Façam associações, comprem em grupo, distribuam em grupo se for o caso, porque ficar falando que é caro e lançar garrafas no preço das beertoon... ainda não tive coragem de experimentar nenhuma. Em compensação Eisenbahn, Bamberg, Dama e colorado (com bons preços no empório) continuam aparecendo lá na geladeira.
8 anos 3 meses atrás
#64280
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- André F
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Respondido por Leonardo Rodrigues no tópico Divulgação de Blogs
Mais um aqui,
Como disseram, o choro é livre. Eu nao pago 20 ou mais em caçulinha e ponto final.
Atualmente só compro breja em promoção e por custo benefício. Continuo fiel às Fullers, que acho que tem preço "justo" aqui e entregam sempre um produto de qualidade e passei a tomar chopp no esquema 2x1 ou 3x2.
Entendo que a carga tributária é alta (trabalho com cosméticos...mesmíssima coisa) mas a classe precisa se organizar. Ciganas se unirem pra comprar insumos, entidades fazendo lobby no governo, diminuição de markup, etc...
O fato é que se ninguem colocar a mão na massa, continuaremos a consumir bem menos do que gostaríamos (triste constatar que há um mercado gritando e não é atendido) e seguiremos tomando IPA velha próxima do vencimento... Me recuso a pagar 28 dilmas em uma Ballast Point e quase o mesmo em uma Dogma...pode ser a melhor cerveja do mundo, mas se isso acontecer, é no máximo uma vez...
Como disseram, o choro é livre. Eu nao pago 20 ou mais em caçulinha e ponto final.
Atualmente só compro breja em promoção e por custo benefício. Continuo fiel às Fullers, que acho que tem preço "justo" aqui e entregam sempre um produto de qualidade e passei a tomar chopp no esquema 2x1 ou 3x2.
Entendo que a carga tributária é alta (trabalho com cosméticos...mesmíssima coisa) mas a classe precisa se organizar. Ciganas se unirem pra comprar insumos, entidades fazendo lobby no governo, diminuição de markup, etc...
O fato é que se ninguem colocar a mão na massa, continuaremos a consumir bem menos do que gostaríamos (triste constatar que há um mercado gritando e não é atendido) e seguiremos tomando IPA velha próxima do vencimento... Me recuso a pagar 28 dilmas em uma Ballast Point e quase o mesmo em uma Dogma...pode ser a melhor cerveja do mundo, mas se isso acontecer, é no máximo uma vez...
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Debora Devecchi
8 anos 3 meses atrás
#64281
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- Leonardo Rodrigues
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Respondido por ERITON SOARES no tópico Divulgação de Blogs
Enquanto tudo for amador as coisas não vão andar como deveriam, ai vem o bicho papão e nhac, na primeira investida deixa todo mundo assustadíssimo, eu particularmente só não atuo como BeerStore - na essência da palavra- por falta de espaço! Meu sonho é ter uma loja, do tamanho por exemplo de uma DrogaRaia, onde eu possa vender desde Skol, Brahma, Heineken, até as mais caras e raras oak aged das galáxias, ou seja, vender cerveja para todo mundo, de A a Z, fazer valer o papel de BeerStore, ou seja, popularizar o que já deveria ser popular. Enquanto houver preconceito com o tomador de brahma o mercado não vai sair do 1%.
PREÇOS: estão cada vez mais caros, e a tendência é aumentar mais um pouquinho, Fullers como o amigo citou acima já está rompendo a barreira dos 30, costumava estar abaixo dos 20. Como estou na ponta sei a reação do consumidor, posso dizer que ele continua bebendo, mas agora mais que nunca fazendo valer a famosa frase "BEBA MENOS" , como disse o Odimi acima, o orçamento mensal continua o mesmo, as cervejas é que diminuíram na mesa do consumidor!
PREÇOS: estão cada vez mais caros, e a tendência é aumentar mais um pouquinho, Fullers como o amigo citou acima já está rompendo a barreira dos 30, costumava estar abaixo dos 20. Como estou na ponta sei a reação do consumidor, posso dizer que ele continua bebendo, mas agora mais que nunca fazendo valer a famosa frase "BEBA MENOS" , como disse o Odimi acima, o orçamento mensal continua o mesmo, as cervejas é que diminuíram na mesa do consumidor!
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Debora Devecchi
8 anos 3 meses atrás
#64282
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Respondido por Fernando Passos no tópico Divulgação de Blogs
Fugindo um pouco da questão sobre a precificação e comercialização das cervejas, acredito que há algumas questões a serem consideradas.
Não é possível comparar o consumo de cervejas no Brasil com a Europa pois lá há uma tradição (em alguns lugares mais do que milenar) muito forte. Além disso, em alguns países o tratamento tributário é altamente favorável (como na Alemanha, por exemplo). Também em questão territorial não há como comparar, há uma concentração de pessoas e dinheiro muito grande, com logística fantástica em um espaço territorial menor que o Brasil.
Também há que se observar que o clima de lá com as 4 estações do ano bem definidas é um convite para a produção e consumo de diferentes estilos de cerveja.
Talvez a comparação ideal seja com o que aconteceu nos Estados Unidos, devido a extensão territorial similar e a inexistência de uma tradição cervejeira. Nesse ponto, creio que o grande diferencial é a força que o homebrewing tem por lá. Não sei dados exatos, mas é fato que a produção de bebidas alcoólicas de forma caseira/amadora por lá é bastante grande. Não vou aqui ficar discutindo os motivos disso. Me parece, no entanto, que esse tipo de cultura ajuda a fomentar uma verdadeira mudança (não vou usar o termo revolução para evitar distorção de interpretação) no consumo de cervejas.
Acho que se quisermos ter algo semelhante por aqui o negócio é apostar na produção caseira mesmo. É, a meu ver, a única forma de aumentar de forma sustentável o número de produtores de cerveja. Além disso, em tese quem produz a própria cerveja aprende mais rápido sobre o assunto e passa a desenvolver uma visão muito mais crítica e exigente.
Eu bebo cervejas desde 2007 e considero que demorei muito para evoluir meu paladar, olfato, etc, assim como os amigos que começaram mais ou menos ao mesmo tempo. Faz uns 3 anos que comecei a fazer cerveja em casa, juntamente com amigos. Percebi que aqueles que ingressaram nesse mundo já fazendo cerveja demonstraram uma evolução muito mais rápida. Inclusive crítica com relação a preços.
Claro que é uma amostragem muito pequena e que teriam que ser analisados dados com mais cuidado. Continuo, porém, convicto de que esse é o caminho.
Não é possível comparar o consumo de cervejas no Brasil com a Europa pois lá há uma tradição (em alguns lugares mais do que milenar) muito forte. Além disso, em alguns países o tratamento tributário é altamente favorável (como na Alemanha, por exemplo). Também em questão territorial não há como comparar, há uma concentração de pessoas e dinheiro muito grande, com logística fantástica em um espaço territorial menor que o Brasil.
Também há que se observar que o clima de lá com as 4 estações do ano bem definidas é um convite para a produção e consumo de diferentes estilos de cerveja.
Talvez a comparação ideal seja com o que aconteceu nos Estados Unidos, devido a extensão territorial similar e a inexistência de uma tradição cervejeira. Nesse ponto, creio que o grande diferencial é a força que o homebrewing tem por lá. Não sei dados exatos, mas é fato que a produção de bebidas alcoólicas de forma caseira/amadora por lá é bastante grande. Não vou aqui ficar discutindo os motivos disso. Me parece, no entanto, que esse tipo de cultura ajuda a fomentar uma verdadeira mudança (não vou usar o termo revolução para evitar distorção de interpretação) no consumo de cervejas.
Acho que se quisermos ter algo semelhante por aqui o negócio é apostar na produção caseira mesmo. É, a meu ver, a única forma de aumentar de forma sustentável o número de produtores de cerveja. Além disso, em tese quem produz a própria cerveja aprende mais rápido sobre o assunto e passa a desenvolver uma visão muito mais crítica e exigente.
Eu bebo cervejas desde 2007 e considero que demorei muito para evoluir meu paladar, olfato, etc, assim como os amigos que começaram mais ou menos ao mesmo tempo. Faz uns 3 anos que comecei a fazer cerveja em casa, juntamente com amigos. Percebi que aqueles que ingressaram nesse mundo já fazendo cerveja demonstraram uma evolução muito mais rápida. Inclusive crítica com relação a preços.
Claro que é uma amostragem muito pequena e que teriam que ser analisados dados com mais cuidado. Continuo, porém, convicto de que esse é o caminho.
8 anos 2 meses atrás
#64324
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- Fernando Passos
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