Odimi Toge escreveu: Aproveitando o tópico - Estados Unidos investiga se AB Inbev estaria tentando reduzir distribuição de cerveja artesanal

www.thefiscaltimes.com/latestnews/2015/1...&utm_campaign=buffer

Interessante, Odimi. Segue reportagem em português sobre o tema, de forma que aqueles que se empolgaram muito rapidamente com o avanço da gigante sobre as artesanais no Brasil reflitam pelo menos um pouco sobre os possíveis péssimos desdobramentos da concentração de mercado.

www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/10/16...veja-artesanal.shtml

E voltando ao tópico - SABMiller aceita oferta de compra da AB InBev por US$ 109 bi


exame.abril.com.br/negocios/noticias/sab...-inbev-por-us-109-bi

Eduardo Guimarães escreveu: aqueles que se empolgaram muito rapidamente com o avanço da gigante sobre as artesanais no Brasil reflitam pelo menos um pouco sobre os possíveis péssimos desdobramentos da concentração de mercado.

Estou de acordo!
 

A diferença é que no Brasil a distribuição sempre ficou na mão das macros e portanto elas não precisam fazer nada ilegal pra impedir o avanço das pequenas.

A concentração provavelmente piora as coisas mas o cenário já é crítico sem isso.

Paul K escreveu: A diferença é que no Brasil a distribuição sempre ficou na mão das macros e portanto elas não precisam fazer nada ilegal pra impedir o avanço das pequenas.

A concentração provavelmente piora as coisas mas o cenário já é crítico sem isso.

Eu acho que essa é a grande diferença que, no nosso caso, até o momento foi positiva, pois com isso houve a oportunidade de ampliar a distribuição de boas cervejas artesanais.

É óbvio que o monopólio não é bom, mas como aqui no Brasil tudo é diferente, vejamos alguns exemplos em que o monopólio, ou a concentração na mão de grandes fabricantes, nos trouxe mais benefícios do que malefícios: a Wals, era quase que restrita ao Sudeste e em Minas os preços eram muito mais competitivos do que em outros estados, agora qualquer um, mesmo morando no Amapá, pode comprar as cervejas da Wals pagando o mesmo preço (ok, não computei o frete pro Amapá, rsrs). Outro exemplo é que antes da aquisição da Eisenbahn pela Schin (Brasil Kirin), era difícil encontrar essa cerveja, agora ela está presente em todo canto e com preços acessíveis (menos de 10 reais).
Uma comparação direto com os EUA é muito difícil, pois a estrutura dos mercados é muito diferente, mas precisamos continuar incentivando o mercado de cervejas artesanais, para mostrar que não nos contentamos mais as NAL's da vida.
Eu, sempre que posso, vou nas fabricas ou microcervejarias e compro direto com eles, acho que isso é meu jeito de dizer que apreciou o que eles estão fazendo, além é claro de economizar (rsrs) nesses tempos de crise.

No curo prazo é natural que essas aquisições (falando apenas no Brasil) podem ter um efeito positivo, como a maior facilidade de distribuição e consequente acesso aos consumidores.

Por outro lado, é óbvio que no médio/longo prazo a tendência é de uma piora para o consumidor devido à concentração de mercado. No momento só se pode especular, mas a lógica é que ocorram cortes de custos (leia-se qualidade) e possível redução do leque das cervejas que apresentem menor margem de lucro ou liquidez. Ex: se um estilo, digamos barley wine apresenta essas características certamente a(s) empresa(s) monopolita(oligopolista) vai frear a produção e lançamentos, como o consumidor não terá outras opções terá que se resignar.

Se o crescimento dessas empresas se desse apenas de forma orgânica e não por aquisições muitas vezes financiadas pelo Estado (sem a anuência do contribuinte, diga-se de passagem) até não teríamos muito do que reclamar, mas dessa forma complica.
Resta a torcida (ilusão) de que as regras anti truste sirvam pra alguma coisa.