Aparência: Ao vertê-la em meu weizen notei uma formação de creme absurda, impedindo que servisse toda a garrafa de uma só vez.
Inicialmente uma cerveja bege escuro com um perlage alucinante (maior do que das bruts que conheço), a turbidez é média. O creme não diminui e tomou boa parte do copo, extremamente fofo e homogeneo de coloração bege claro.
Ao servir o final da garrafa o líquido ficou mais pálido e turvo, ficando difícil notar o perlage. O creme ficou mais denso e escuro, e desapareceu em poucos minutos. O lacing foi excelente, em todo o copo.
Considerarei os próximos itens após servir a levedura do fundo da garrafa.
Aroma: a intensidade dos lúpulos é absurda. Frenética presença de herbal extremo (menta, boldo e camomila [?]) além de um forte malte alcoolico lembrando mel, whisky e um pouco de manteiga. O frutado de amila é mediano, porém as notas de condimentos (cravo) estão em segundo plano. Levedo se desprende melhor no inicio, depois fica sufocado pelo alcool.
Sabor: inicio extremo, muito alcool e lúpulo herbal, remetendo a chá de boldo. Final mistura toda a complexidade do aroma (lupulos herbais, maltes fortes) com algo de citrico (maracuja) e panificação. Também nota-se no final a presença da amila. Retrogosto fresco e de dulçor apassivador.
Sensação: corpo de boa viscosidade e cremosidade proporcionada pela excelente carbonatação, infelizmente perdeu-se relativamente rápido. Alcool muito bem inserido, deixando um pouco de tanicidade no retrogosto. O lúpulo é extremo nos aromas porém não apresenta amargor extremo, na verdade tem pegada apenas no inicio do gole. O dulçor licoroso é magnifico.
Conjunto: diria que foi a melhor cerveja que já provei até hoje. Extrema, mas calculada e equilibrada.
A Schneider e a Brooklyn fazem uma parceria inovadora, com o intuito de criar uma Weizenbock Helles super lupulada, cada versão com os lúpulos do próprio país, o que dá um ar de regionalismo a cerveja.
Possui uma coloração amarelo queimado, em tons caramelo e completamente opaca. Seu creme se forma em média escala, mas mostra-se extremamente persistente e consistente, que vai marcando as laterais do longo copo de weissbier.
Um potente lupulado infesta um ambiente, trazendo robustos aromas herbáceos e até toques cítricos de geleia de laranja e tangerina. Há um fundo medicinal que me lembrou leite de magnésio. Os maltes trazem uma cama mais adocicada de mel, aveia acompanhados por um toque frutado das leveduras, que remetem banana e, ironicamente, ficam um pouco ofuscadas pela forte lupulagem.
O gole começa adocicado, com presença marcante dos maltes e evolui para uma acidez frutada e cítrica, de laranjas e abacaxi. Finalmente um amargor brutal finaliza na boca. O retrogosto consegue unir agradavelmente as 3 sensações. O álcool é quase imperceptível, o que deixa a cerveja até refrescante mesmo com 8.2% de álcool e um caráter tão condimentado.
Surpreende bastante. Não esperava tanto amargor e tanto lúpulo aromático numa cerveja de trigo, mesmo sabendo da proposta. Temos aqui no Brasil, a curitibana Bodebrown Hop-Weiss, que apesar de ser uma Weissbier filtrada, com doses mais reduzidas de lúpulos, faz uso também da técnica do Dry-Hoppin' (no caso de lúpulos americanos), unindo escola alemã e americana. Uma criação que provavelmente revolta aos alemães mais puristas, mas que agrada bastante quem quer coisas diferentes.
Breja dourada turva, creme extremamente persistente, firme e denso (da pra comer de colher) fica grudado no copo e só se desfaz quando se toma, bonita breja. O aroma citrico vem em primeiro lugar como abacaxi, laranja verde, as notas herbais do lupulo vem em seguida também bem marcado e equilibrado, especiarias como cravo e canela dão um charme. O sabor adstringente é bem realçado,possui um bom corpo (como manda o estilo) o alcool se faz presente porém bem inserido. Um final longo citrico e herbal, uma cerveja bem diferente, especial. Ótima cerveja.