Atual ícone da Bélgica, a cervejaria Huyghe foi fundada em 1906 por Leon Huyghe na cidade de Melle, região de Flanders oriental. Contudo, existem evidências de que neste exato local se vem produzindo cerveja desde o longínquo ano de 1654. Mas foi a partir de sua fundação durante o século 20 que a Huyghe passou por grande expansão, modernizando-se ao passo que adquiria outras cervejarias belgas. Seu rótulo mais conhecido é a "Delirium Tremens", famoso pelo mascote encarnado num elefantinho cor de rosa.
Líquido dourado translúcido com espuma branca no melhor estilo "creme de barbear" - fofa, consistente e muito persistente.
No nariz insinua traços cítricos e condimentados, remetendo à cidra, ameixa e damasco passando por anis e alcaçuz. Leve acidez traz ainda lembranças de uma 'saison'. Agradável, porém não espetacular.
Na boca revela textura áspera meio o corpo médio de intensa carbonatação. Notas de casca de mexerica e bagaço de laranja ligam-se ao suave caramelado do malte, de maneira contrastante ao moderado amargor de lúpulo e azedo que se segue. O álcool, bem inserido, quase não se percebe e a ''drinkability' no geral é boa para uma cerveja dessa estirpe. O final seco e levemente ácido reforça a sensação cítrica bem como as nuances de especiarias tais como anis estrelado e alcaçuz.
Cerveja forte, relativamente refrescante, que em muitos aspectos lembra uma 'saison'. Boa pedida.
Aroma e sabor muito peculiar. Aparência espectacular com creme denso e duradouro. Lúpulo floral bem presente, mas equilibrado com o malte. Armargor e dulçor caminham juntos. Marcante!
Dourada, levemente turva e com boa formação de espuma. Um aroma bem intenso, frutas amarelas (pêssego e damasco) e cítrica. Sente-se também o aroma da levedura, no sabor os aromas também aparecem, só que menos evidentes, um leve azedo também é percebido. O álcool também se faz presente, mas não prejudica o conjunto. O corpo é médio, e carbonatação na medida para o estilo. Boa cerveja, mas confesso que esperava mais.