Thor

Mesmo sendo bastante jovem, a cervejaria "Tupiniquim", de Porto Alegre (RS), conseguiu acumular uma bagagem digna de experientes. Afinal, com pouco mais de dois anos de existência, ela lançou uma série de rótulos, se consolidou no mercado e ganhou muitos prêmios. Além disso, tem sido casa de diversas cervejarias "ciganas" produzindo rótulos de nomes importantes como as estrangeiras "Stillwater" e "Evil Twin". Outro ponto que caracteriza sua breve e profícua trajetória é a participação em inúmeras cervejas colaborativas, incluindo parceiros locais e internacionais.

THOR

A "Botto Bier" é uma cervejaria carioca comandada pelo mestre e consultor cervejeiro, Leonardo Botto. Vencedor de muitos prêmios (incluindo a primeira edição do concurso "Mestre Cervejeiro Eisenbahn") "Botto" é hoje um dos nomes mais respeitados da cena artesanal, criando receitas para outras cervejarias (inclusive algumas da Tupiniquim) e ministrando cursos sobre produção. Em 2013 inaugurou seu próprio bar no Rio de Janeiro onde serve, entre outras coisas, cervejas da "Botto Bier".

Seguindo a lógica colaborativa, a "Tupiniquim" trouxe para o inverno 2015 uma 'Doppelbock' de tiragem limitada com receita previamente lançada pela "Botto Bier". O nome, inspirado na mitologia nórdica, brinca com um dos contos envolvendo a figura de "Thor", no qual ele teria roubado um caldeirão pra fazer cerveja e empreendido fuga numa carruagem puxada por dois bodes. Assim, como "doppelbock" significa "dois bodes" (em alemão), o rótulo faz piada colocando a caricatura de Leonardo Botto na pele de Thor enquanto dirige a tal carruagem. A receita utiliza cinco tipos de malte de cevada e três variedades de lúpulo alemão.

De coloração marrom avermelhada, forma um dedo de colarinho bege de média duração.

Aroma maltado com traços de tosta e profunda caramelização. Reminiscências de toffee, bala de leite, açúcar queimado e marrom glacê surgem em meio a leve condimentado de lúpulos nobres.

O sabor ressalta a força dos maltes tostados/caramelizados, desdobrando-se em notas de açúcar queimado, toffee e castanhas na brasa. Ainda que se perceba certa doçura, ela sucumbe rapidamente frente um amargor firme de torra e lúpulo. Considerável calor alcoólico enseja um final ao mesmo tempo maltado, amargo, tostado e condimentado. Moderado traço de torrefação sustenta o retrogosto. Encorpada, porém pouco carbonatada, tem 'drinkability' mediana.

Interpretação parruda do estilo - menos doce, mais amarga e torrada. Recomendo!

Otima cerveja, feita de maneira artesanal, mas com requintes de qualidade de um profissional; cerveja para paladares refinados e com sensações que as papilas gustativas entram em transe, por sua complexidade; corpo firme , quase pode ser mordido, consistente e bem equilibrado

Bebida com o próprio cervejeiro, Cerveja escura com uma espuma marrom bonita e persistente. Aroma muito complexo, notas de café, chocolate e malte torrado, tinha algo mais, porém não consegui identificar. Sabor amargo com notas de malte torrado, café e chocolate meio amargo. Sensação amarga e seca. Excelente!!!! Eu preciso experimentar mais.. Saudações Tricolores..

Aroma adocicado e alcoólico. Marrom bem escura, creme baixo porem persistente. Sabor forte, torrado e adocicado, com grande presença da potência do álcool, mas que harmoniza muito bem no contexto, que acredito ser o grande diferencial da cerveja, já que isoladamente ela não tem nenhuma característica que seja o maior destaque.
Pra melhorar, na minha opinião, poderia ser menos doce.