Procure por Stout no dicionário e encontrará a Guinness do lado do verbete. PONTO. Sem dúvida o ponto de partida para toda e qualquer Stout. "Eu não gosto de Guinness, mas tenho que admitir que é a cerveja mais bem feitqa do mundo", certa feita disse um amigo meu. Ao contrário dele, eu amo essa cerveja.
A aparência dela é um caso à parte: negra como a noite mais escura e completamente turva enche os olhos. Seu creme bege, denso e de longa duração preenche o espaço vazio da pint facilmente e persiste até o final da degustação. Não podemos esquecer da bolinha que fica dentro da lata dessa moça, com a missão de manter a espuma.
Seu aroma é um show de café forte, caramelo, malte tostado, chocolate, não tem como não amar. Desprende-se fácil e mostra-se complexo, com diferentes nuances ao longo da degustação.
O sabor é 100% fiel ao aroma, e traz as notas de amargor provenientes da torrefação do malte que fazem essa Stout tão boa. Ela é leve em amargor e álcool, mas não deve nada em sabor a nenhuma cerveja. Seu aftertaste tem uma duração média e empresta notas maltadas à sua boca. Equilíbrio é o que pode definí-la. Nem tão suave para não ser uma boa Stout, nem tão forte para assustar os neófitos.
Não há melhor Stout do que a Guinness, PONTO. Se ela fosse um pouco mais barata eu tomaria pelo menos umas 3-4 por semana, quem sabe uma por dia.
Realmente me decepcionou bastante. Tinha grandes expectativas acerca dessa breja, mas sua textura me lembrava água. Parecia estar tomando um café gelado com um pouco de chocolate tipo nescau. Pouco me lembrou uma cerveja pra falar a verdade. Comentei isso com um amigo que tem a Guinness como sua breja favorita e ele me falou ela degustada na Irlanda é de fato melhor que o Brasil... não sei. No mínimo eu posso dizer que essa cerveja não agrada a todos. Nem terminei meu copo.