ultimamente tenho me sentido muito bem entre meus amigos...pois antes eu era o "cervochato" do grupo, mas como eu estou começando minhas primeiras brassagens e alguns amigos me acompanharam nesse hobby, começaram a se interessar mais por cerveja, cervejas de verdade...hehhehe entao estamos começando a tomar heinekens no lugar de antarticas, até eisenbahns tem aparecido com amior frequencia! me sinto um vitorioso! heheeh
sem falar que como eles me entendem agora, nao mais sou chamado de chato por causa das minhas preferencias!!!

Ótimo tópico!

Não ser um cervejochato tem sido uma preocupação constante. A beer evangelização nada tem a ganhar com pregadores dizendo “vocês são uns bostas por estarem bebendo essas porcarias”. Sem falar que afetação não está associada à imagem da cerveja e esse é um TRUNFO nosso: temos que chegar devagar e plantar a semente (do lúpulo?rs) no paladar das pessoas.

Já converti três pessoas, em menos de quatro meses: minha namorada, minha mãe e um amigo. A namorada tem paladar eclético como meu e vive um caso de amor com a Falke Ouro Preto. Minha mãe fala da Hoegaarden como “aquela cervejinha gostosinha” e ficou fascinada com o aroma de café da Colorado Demoiselle (e o melhor: ANTES de eu comentar que havia café) – a coroa agora logo enfia o nariz em qualquer cerveja pra ver se identifica alguma coisa. Gostou da brincadeira. Já o tal amigo meu me viu falando da Wäls Pilsen pelo Twitter e comprou uma. Aloprou também.

Vamos seguir nessa beer evangelização aí, meus caros, porque esse é o caminho, a verdade e a vida!rs

Abs!

isso realmente eh muito divertido...esses dias eu fui em uma feira de cervejas e um amigo meu falou: eu qro ir junto! detalhe, ele nunk quis gastar dinheiro com cerveja...o tipico mais por menos =)
chegando la ele decidiu que veria o que eu ia comprar pra depois escolher as dele e ,por sorte, os estandes estavam oferecendo degustaçoes! ele ficou pirado com algumas cervejas e entendeu o porque de eu gastar um pouco mais, mas pegar aquelas cervejas!
mais um que viu a luz no fim do tunel

Canecão é da hora num churras, enquanto a galera bebe na lata você fica só no caneco e não passa uma imagem antipática aos brahmeiros de plantão porque caneco eles aceitam numa boa (é coisa de bebum). Pra melhorar a fama de beberrão você ainda arruma uma alça grande, amarra na asa do caneco e pendura no pescoço, a galera gosta ! E nada de logomarca de cerveja especial no caneco, se tiver o escudo do seu time de futebol é ótimo.

Eu bebo tudo o que tem álcool (ainda bem que veneno não tem), mas aprecio de verdade vinho e cerveja, procuro ler sobre essas bebidas, me informar, ficar antenado nas novidades, degusto (embora a palavra me soe antipática), mas é isso.

O bom que aprendi com a cerveja especial é que mesmo sendo especial ela não perde a característica festiva, acho assim, seja uma Skol ou uma La Trappe a cerveja é mais alegre, mais informal, mais descontraída, mais humana, mais amiga, mais maluca.

Para muitos a cerveja pode ser tão aristocrata quanto o vinho, mas não gosto disso, estou me tornando um enochato no bom sentido, não compro mais determinadas marcas porque cai na real que não vale a pena, mas não quero relacionar à cerveja uma imagem soberba, como acabei relacionando ao vinho e hoje tento desvincular disso.

Aliás, se compararmos ao mundo do vinho, a cerveja seria o espumante: festivo e alegre.

Eu não consigo enxergar uma degustação de cerveja como um evento sério (sei que são), mas não pra mim, já o vinho eu vejo diferente, todo mundo concentrado, falando baixo...

Tipo assim:

Degustação de cerveja: "boa demais, cara... olha esse creme ! Lupulada, o malte tá marcando presença e jogaram um mel aqui dentro ! Tá redondona na boca, álcool discreto, amargor na medida... Agradei !"

Degustação de vinho: "Rubi intenso com reflexos violáceos, bom brilho e transparência. Remete frutas silvestres com notas tostadas e um leve herbáceo. Madeira se sobressai. No palato revela-se intenso e íntegro onde as frutas se confirmam. Retrogosto elegante. 94+

Existe diferença sim ! Hehehe...

Ótimo tópico mesmo...
Sou bem discreto e confesso não me preocupar com beer-evangelização.. Prefiro que as pessoas me procurem curiosas a perguntar "e aí, o que vc está bebendo??" e então primeiro OFERECER e depois FALAR... acho que o resto é dar tiro no escuro...
Fora isso, tenho o hábito de tomar aquela "dose diária cardioprotetora de álcool" e o faço com cervejas - normalmente "especiais". Como moro com mais amigos por estudar no interior, geralmente ofereço, aguardo a opinião e depois falo uma coisa ou outra... Certo dia tivemos duas garrafas: uma Bohemia Confraria e uma Leffe Blonde - ambas servidas na taça da Leffe e adivinhem?
Preferiram a Ambev...

Voltando ao assunto "cervochato" tudo depende muito da abordagem que se dá. Uma coisa é vc ser questionado, oferecer e depois falar Outra é chegar ofrerecendo uma breja e se perguntado falar. Um pouco diferente é vc chegar falando "olha só, esta é a famosa breja X produzida pelos monges budistas que vivem no Himalaia desde o século XV e produzem com malte plantado no topo do Everest..."
Precisa ter o "feeling"

Fábio (Guima) escreveu:

Degustação de vinho: "Rubi intenso com reflexos violáceos, bom brilho e transparência. Remete frutas silvestres com notas tostadas e um leve herbáceo. Madeira se sobressai. No palato revela-se intenso e íntegro onde as frutas se confirmam. Retrogosto elegante. 94+

Eu namorei uma menina que entendia muito de vinhos, já tinha feito vários cursos, sempre que viajava pra algum país com tradição em vinhos dava um jeito de se enfiar no circuito e tal (sim, a mulher era rica)... Ela tentou me ensinar alguma coisa e com ela bebi muitos vinhos de alta qualidade, mas eu vou te dizer: sempre preferi a mais vagabunda das cervejas, apesar de até gostar de vinhos. Fico me perguntando se eu tentaria beer evengelizá-la, se ainda estivéssemos juntos.