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Problemas com cerveja belga

Respondido por Luis Machado no tópico Problemas com cerveja belga

Dia 07/02: duas Rochefort 10 degustadas e excelentes.
Dia 08/02: duas Rochefort 10 degustadas, sendo a primeira excelente e a segunda sem sabor, parecendo álcool etílico.

A Wals Petroleum (lote 40) está com leves sabores de chocolate e de café no retrogosto, sem nenhum lúpulo. Tive de deixá-la chegar à temperatura ambiente para sentir o pouco de gosto que tinha. Quase apagada com aroma sensacional mas bem mais leve que o comum. Claramente fora do padrão.

Desse jeito vou parar de investir em cerveja, beber outra coisa ou ficar só com a Leffe Blonde mesmo. Pelo menos, esta não é tão cara assim e é bem melhor que as macro. O risco talvez compense.
Não que nunca tivesse problema com a Leffe. A 1ª vez em que a comprei, estava super amarga, imbebível. Achei que era daquele jeito mesmo, não troquei e me afastei dela. Alguns anos depois, conversando sobre ela com um primo, me disse que adorava e era como um mingau doce. Comprei novamente e gostei. Daquela vez, havia dado sorte. Fiquei bobo com a diferença. Isso foi há alguns anos atrás e ainda continuo tendo problemas com várias cervejas.
Last edit: 9 anos 2 meses atrás by Luis Machado.
9 anos 2 meses atrás #59443

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Respondido por Luis Machado no tópico Problemas com cerveja belga

Todo o lote 40 da Petroleum adquirido, sem vida, morto. É com lágrimas nos olhos que me despeço do mundo cervejeiro. Fica em minha memória os excelentes exemplares de weiss (Franziskaner, Weihenstephaner, Paulaner, Schofferhoffer que tinha carga de lúpulo dando um tchan a mais) que enchiam a boca com tutti frutti que não encontrei mais já algum tempo. Hoje, ou mortas, sem gosto, ou com gosto metálico, parecendo que colocaram alumínio em pó.
St. Gallen weiss deliciosas e outra boa parte irreconhecíveis. Franziskaner!!! O que aconteceu? Cadê as notas de tutti frutti e banana que me deixava babando? Parece outra cerveja com rótulo de Franziskaner. HB (Hofbrau) weiss eu bebi mas não bebi. O único exemplar que degustei, percebi a infeliz variação do sem gosto. Não arrisco mais, prefiro não conhecê-la.

As belgas caras sensacionais como a Rochefort que tem apresentado uma razoável porcentagem de defeitos.
Um único lote da Karmeliet em que bebi que exalava aroma de tutti frutti, frutas amarelas, cítricas por todo o cômodo, saborozíssima e complexa, (pondo vinhos importantes no chinelo, em relação a custo/benefício) que nunca mais se repetiu. Ficou na memória. Enfim; decepção com as tripéis em geral (Val Dieu e Westmalle).
St. Bernardus ABT 12, as duas em que bebi, dei sorte. Mas deu leve variação. Uma muito boa e outra sensacional.

Até a americana Old Rasputin...roupagens diferentes. Muitas com frutado inicial e retrogosto seco. Algumas garrafas que nem a Petroleum em boas condições, com retrogosto frutado. Deliciosas. É o que gosto numa RIS. Acostumei assim.

O que deu certo foi aquela belezinha da cervejaria Founders, (a única que bebi) Backwood Bastard que tinha notas até de coco, madeira, super complexa. Até avaliei aqui, entrando pelo facebook. Valeu a pena. Dei sorte. Mas consumi apenas uma garrafa na minha vida.
Ô Eisenbahn...cada garrafa está com uma roupagem diferente. Nunca tive coragem de investir nas Brut deles.

Enfim, abrirei mão disso tudo porque cerveja especial é loteria, vc não sabe o que virá, a única certeza é que vc pagará caro $.
Last edit: 9 anos 2 meses atrás by Luis Machado.
9 anos 2 meses atrás #59496

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Respondido por Leonardo Rodrigues no tópico Problemas com cerveja belga

Alguem tem um embasamento mais técnico pra explicar essa variação tão frequente? Entrei de cabeça no mundo das cervejas artesanais já ha algum tempo e realmente cresce o numero de vezes em que me decepciono com algumas cervejas que tomo. Pagamos MUITO CARO por esse prazer (inclusive nas brejas nacionais) e acho que isso pode, em longo prazo, prejudicar muito a cena.
Seria transporte? Armazenagem? linha de produção? Enfim...alguém tem alguma luz?
9 anos 2 meses atrás #59501

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Respondido por Luis Machado no tópico Problemas com cerveja belga

Leonardo Rodrigues escreveu: Alguem tem um embasamento mais técnico pra explicar essa variação tão frequente? Entrei de cabeça no mundo das cervejas artesanais já ha algum tempo e realmente cresce o numero de vezes em que me decepciono com algumas cervejas que tomo. Pagamos MUITO CARO por esse prazer (inclusive nas brejas nacionais) e acho que isso pode, em longo prazo, prejudicar muito a cena.
Seria transporte? Armazenagem? linha de produção? Enfim...alguém tem alguma luz?


Desconfio muito mais da produção, insumos, do que pelo transporte em si. Sou de BH e percebi uma grande variação no lote 40 da Petroleum. É produzida perto de minha casa.
Mesmo para as de fora, não acho que o transporte afetaria tanto uma bebida.
Por culpa só no transporte é vestir a camisa das cervejarias e não querer enxergar a realidade. Não estou me referindo a vc com essa frase Leonardo. Mas percebi que algumas pessoas aqui agem assim.
9 anos 2 meses atrás #59504

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Respondido por Alexandre Almeida Marcussi no tópico Problemas com cerveja belga

Luis Machado escreveu: Por culpa só no transporte é vestir a camisa das cervejarias e não querer enxergar a realidade. Não estou me referindo a vc com essa frase Leonardo. Mas percebi que algumas pessoas aqui agem assim.


A questão, Luis, é que, ao contrário de outros confrades que postam regularmente aqui, você não demonstra ter o conhecimento técnico suficiente para distinguir sensorialmente quais os problemas das cervejas que você bebe, e muito menos para saber atribui-los aos ingredientes, à fermentação, à maturação ou ao transporte/acondicionamento. Sem isso, tudo se resume a teorias da conspiração sobre monges se vendendo ao capitalismo ou sobre a St. Bernardus e a Val-Dieu serem injustamente recusadas no selo trapista. Diante disso, você tem três opções:

1. Mude-se para a Bélgica e beba todas as suas cervejas favoritas na fonte, direto do tanque da cervejaria, para observar as variações que ocorrem de lote para lote.
2. Faça um curso e/ou estude off-flavors.
3. Apegue-se às suas teorias e seja feliz, mas não espere que todos concordem.
ocrueomaltado.blogspot.com
Porque cervejas são boas para beber, mas também são boas para pensar
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Gabriel Lucas Scardini Barros, Alexandre LC, David Ortiz
9 anos 2 meses atrás #59514

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Respondido por Eduardo Guimarães Insta @cervascomedu no tópico Problemas com cerveja belga

Luis Machado escreveu:

Leonardo Rodrigues escreveu: Alguem tem um embasamento mais técnico pra explicar essa variação tão frequente? Entrei de cabeça no mundo das cervejas artesanais já ha algum tempo e realmente cresce o numero de vezes em que me decepciono com algumas cervejas que tomo. Pagamos MUITO CARO por esse prazer (inclusive nas brejas nacionais) e acho que isso pode, em longo prazo, prejudicar muito a cena.
Seria transporte? Armazenagem? linha de produção? Enfim...alguém tem alguma luz?


Desconfio muito mais da produção, insumos, do que pelo transporte em si. Sou de BH e percebi uma grande variação no lote 40 da Petroleum. É produzida perto de minha casa.
Mesmo para as de fora, não acho que o transporte afetaria tanto uma bebida.
Por culpa só no transporte é vestir a camisa das cervejarias e não querer enxergar a realidade. Não estou me referindo a vc com essa frase Leonardo. Mas percebi que algumas pessoas aqui agem assim.


Luis, tive a oportunidade de trabalhar na Europa por um tempo e posso te garantir que algumas vezes as brejas produzidas no Velho Continente chegam sim "cansadas" ou até mesmo ruins aqui no Brasil. Lá eu bebi muita coisa por bastante tempo e nunca peguei nada ruim. Beber IPAs e Imperial IPAs lá nos EUA também tende a ser uma experiência bem mais interessante, posto que é fácil encontrar rótulos frescos (recém produzidos) e sem terem enfrentado viagens longas e quedas de temperatura. Eu particularmente posso te sugerir o seguinte encaminhamento: a) ao chegar no estabelecimento veja se as garrafas estão expostas à muita luz, próximas a aparelhos de ar condicionado (há lugares que colocam colado ao aparelho tornando as garrafas gélidas durante o horário comercial, mas que esquentam ao longo da madrugada com o aparelho desligado, maltratando muito a cerveja) ou expostas ao Sol; se a loja tiver isso, evite comprar nesse estabelecimento; b) se em sua cidade tiver chopes de importadas (aqui no Rio é bem comum, por ex), opte por testar os chopes dos rótulos que vc gosta, já que estão um pouco mais blindados para resistir a viagens; c) se for comprar garrafas, pegue aquelas lá do fundo da prateleira, no escurindo; d) invista nas versões em lata quando a mesma cerveja tiver esse tipo de envase. Confesso que seguindo isso tive bastante "sorte" e só lembro de em 3 ocasiões ter bebido cervejas importadas totalmente ruins. Variação é algo que pode muitas vezes ocorrer, é verdade, mas variação não necessariamente significa má intenção ou erro gravíssimo no processo de produção. Em relação à Wals, ela tem sim um problema específico de padrão em suas cervejas, devido a problemas de envase admitidos pela empresa. Tem tópico sobre isso aqui no Brejas. No entanto, as cervejas com as novas rolhas que eu provei (Tripel, Quad e Dubbel) estavam impecáveis (também há outro tópico que pode te ajudar a diferenciar as novas das antigas rolhas).
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Alexandre Almeida Marcussi, Alexandre LC, Leonardo Rodrigues
9 anos 2 meses atrás #59515

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