Bom, não sei como era antes, mas se só mudou o nome, mas as características continuam as mesmas ou muito parecidas, isso é o de menos.
O caso é que mesmo os estilos mudando com o tempo, ainda temos, nesse momento, um estilo que tem certas características bem aceitas que chamamos de X e outro que no consenso geral tem outras características e que chamamos de Y. A confusão surge quando chamamos a duas de X...

Enfim, o assunto rendeu mais do que eu esperava e no fim das contas minha pergunta ficou sem resposta: como saber o que é o que antes de comprar. Mas parece que só pesquisando mesmo... ou aprender a gostar de AL

Ítalo Carvalho escreveu: ...venho perguntar a vocês: existe alguma dica pra gente sacar se é uma pilsen mesmo ou uma AL antes de desembolsar o suado dinheirinho, para não percebermos o embuste só na hora de beber?

Bem, se você diz que a sua pergunta ficou sem resposta, então não sei que tipo de resposta você espera. Dicas foram dadas, basta reler com calma o que foi postado. O segundo parágrafo do meu primeiro post já seria de alguma serventia, mas se não foi, paciência. Cerveja não é "ciência exata" onde uma determinada fórmula ou algoritmo lhe trará respostas precisas e definitivas...
 

Quanto à nomenclaturas de estilos, meu palpite vai no sentido de que a nova classificação do BJCP não emplacará comercialmente. Creio que os estilos históricos continuarão se denominando como de costume.

Acho que os novos nomes do BJCP só vão mesmo aparecer em concursos. Mero tecnicismo e nada mais.

Claudinei   escreveu: E também acho que as demais micros, exatamente por serem micros que focam a diversidade e cultura cervejeiras, deveriam ter essa preocupação (a Baden Baden Cristal, um exemplo que carrega o "pilsen" no rótulo, é uma piada!) 

Eu entendo esse raciocínio, mas não sei se ele funciona comercialmente. Vejam, em 90% das nossas microcervejarias com planta industrial própria (não valem as ciganas), a cerveja que "paga as contas da casa" é a American lager. E o público que compra essa cerveja a conhece pela denominação "pilsen". Mude para "American lager", e você pode ver 50% da receita da cervejaria indo pelo ralo porque os seu público consumidor não saberá reconhecer o produto que é o seu carro-chefe.

Às vezes a gente tende a pensar o mercado cervejeiro como se o único público consumidor fosse o de beer geeks, que pesquisa estilos e despreza a boa e velha Brahma do churrasco. Mas não é assim que o mercado funciona.

Seu questionamento é válido, Marcussi. Para sabermos se funciona(ria) comercialmente, teríamos que perguntar a algumas das micros que perseguem de forma mais "apaixonada" a reprodução de estilos tradicionais qual o seu sentimento de mercado. Citei a Abadessa e a Wäls como possíveis representantes (ia citar também a Bamberg, mas a pilsen deles não me convenceu muito). Suas pilsners "ortodoxas" atenderiam de modo satisfatório ao cargo de carro-chefe, ou um produto ainda mais leve e suave é estritamente necessário? A Wäls parece ter sucumbido, disponibilizando uma pilsner "de verdade" e outra, mais recente, "de mentirinha" . Vejo a iniciativa como uma tentativa de agradar a gregos e troianos...

No meu sonho pré-cervejeiro, deixo me levar muito pela minha paixão por esta bebida, mas até por questões de sobrevivência, admito ser difícil prever com exatidão como seria meu comportamento como empresário do ramo...
 

Tomei ontem, depois de um bom tempo, a German Pilsener da Invicta, agora rebatizada de HellBeirão Pils.
Estava surpreendente, muito boa! Parece até que mexeram na receita! rs