Patagonia IPA

Olha, um ótimo custo-benefício, talvez a melhor Patagônia que tomei, porém só conhecia as antigas Patagônias importadas da Argentina, boas porém suaves em seus estilos. Eu perdi a oportunidade daquela antiga Patagônia Lúpulo 4.7 quando lançou, mas esta made in Brazil atende.

Aparência: líquido limpo, acobreado, com farta espuma cremosa.

Aroma: lúpulo cítrico, aromático, esperava diferente por destacarem ser um lúpulo argentino, mas não perde nada para lúpulos europeus. Na taça ISO tem leve metálico, mas acrescenta maracujá. alguma fruta amarela, além de malte de cevada. Ao esquentar há cucurbitáceas frescas, como pepino e melão.

Sabor: amargor de lúpulo, metálico (será por causa da produção no Brasil e o envase em lata?), retrogosto de malte, pão e fermento. Bem balanceada, é doce e ao mesmo tempo amarga.

Aroma de lúpulo bem presente. Boa formação de espuma, embora a cerveja seja um pouco clara para uma IPA. O sabor é o padrão do estilo.

Formidável (session) IPA de amargor reduzido e alta drinkabillity, tem um dos melhores custos-benefícios do mercado.

Uma legítima cerveja IPA do catálogo AmBev, que faz o seu sabor equilibrado de sobressair a tudo, extremante equilibrada, extremante justa, uma IPA que agrada até os bebedores de pilser mais aciduos e ferrenhos, perde muito para a heisenbahn IPA da Heineken em quesito IPA, mas no padrão Brasil de o que é cerveja, está é a perfeita para o público em geral, sem se preocupar em adicionar maracujá com uma Baden Baden, para parecer boa para o povão

Coloração âmbar, límpida, com creme de boa formação e média persistência (bolhas relativamente grandes). Aroma lupulado predominante, com notas herbais e cítricas. Corpo leve pra médio. Sabor inicialmente maltado, com leve dulçor e sutil nota de caramelo, acompanhado de mediana carbonatação. Final seco de bom e redondo amargor, levemente resinoso e persistência herbácea. IPA muito bem executada, bem saborosa e refrescante, tendo os lúpulos como protagonistas e a base maltada como coadjuvante como era de se esperar. A meu ver, um híbrido interessante entre a escola inglesa e a protoescola norte-americana (pendendo ligeiramente mais para esta última). O amargor, firme e redondo, seca bem o final e confere uma ótima drinkability. É a melhor do "quarteto patagônico", e uma excelente relação custo-benefício. Vale muitas revisitas! :)
 
Lote: L : BM09:332
Validade: 04/05/2024