Tripel Karmeliet

Cerveja bastante cítrica, só de abrir a garrafa já sente cheiro delicioso de malte e laranja. Refrescante e ao mesmo tempo muito encorpada e amarga, linda.

Espuma cremosa, persistente até o final da degustação. Aroma maravilhoso de damasco, laranja, cítrico. Coloração amarela e alaranjada. Alta carbonatação. Sabor muito equilibrado, com notas de damasco, mel e laranja. Amargor leve no retrogosto. Álcool presente, mas sem exageros, contribuindo para a potência dessa cerveja. Ao lado da Gouden Carolus Tripel, a melhor Tripel que já tomei, incrível, não deixe de experimentá-la!

Dourada e opaca, com creme branco de ótima formação e duração. Apresenta um aroma incrível, complexo e marcante, onde se nota frutas amarelas e cítricas acompanhadas de um leve floral e discreta presença de especiarias, talvez baunilha e cravo. Sabor predominantemente maltado, acomanhando o aroma frutado cítrico, com dulçor moderado que casa bem com os perceptíveis 8% de álcool, mas mantendo um maravilhoso drinkability.

Excelente cerveja! Belíssima aparência, com espuma grande, cremosa, bege bem clara quase branca e duradoura, permanecendo até o final. Laço quase excelente. Clara e calma se não deixar a levedura decantada se misturar. Coloração dourada escura. Aroma delicioso, complexo, com malte entre leve e médio, meio biscoito, leve caramelo e traços de aveia. Lúpulo leve. Levedura média. Ares de frutas cristalizadas, temperos, condimentos, laranja, leve licor, maçã, traços de cravo e abacaxi. Sabor delicioso, de longa duração, amargor moderado, leve álcool, tão complexo quanto o aroma em suas características, com presença menor de laranja. Corpo médio, textura cremosa, carbonatação entre borbulhante e vívida, final duradouro, um tanto amargo e seco.

Uma grande cerveja, muito bem elaborada, impecável.
Cheers!

A Brouwerij Bosteels é uma cervejaria belga fundada em 1791 por Jean-Baptist Bosteels. Localizada na pequena cidade de Buggenhout, foi comandada pela mesma família de seu fundador até a 7ª geração. Em setembro de 2016, contudo, acabou sendo vendida para a Anheuser-Busch InBev.

Visitas guiadas, incluindo contextualização histórica, passeio pela fábrica e degustação, podem ser agendadas pelo site da cervejaria.

TRIPEL KARMELIET

Lançada em 1996, leva malte de cevada, aveia e trigo, além de lúpulo e especiarias. Refermentada na garrafa, tem receita inspirada em uma antiga cerveja que foi produzida pelo Convento Carmelita de Dendermonde, na França, em 1679.

Líquido translúcido de coloração amarela escura. Servido, mostra farta formação de espuma branca, fofa, consistente e persistente - deixando o famoso "belgian lace" na taça.

Extremamente perfumado, o aroma se abre em nuances cítricas de limão siciliano e lima da pérsia, toques esterificados de abacaxi, pegada condimentada de pimenta branca e coentro, suave maltado com um quê de mel, mais leve floral de lúpulo. Nada menos do que estupendo!

Ao paladar revela corpo médio e carbonatação pulsante. Sutil dulçor maltado costura notas de abacaxi, damasco seco, lima da pérsia e limão; sugestões de coentro, pimenta branca, biscoito de aveia e mel. Aquecimento alcoólico confortante pulula na língua. Certa sensação de se estar bebendo perfume permeia toda a degustação. Moderado amargor pontua o final equilibrado, condimentado e frutado. Na minha opinião, o trem desce que é uma beleza.

O que dizer desta cerveja? Que ela é clássica e excelente, é chover no molhado. Que ela está cara demais e tenho saudades de quando eu a tomava direto, a garrafa custava quatorze reais e eu gostava de harmonizá-la com queijo de cabra holandês banhado em limão? Talvez...

Fato é que, seja por qualidades intrínsecas, seja pelo valor afetivo - para mim - ela é perfeita.