Uma Vienna Lager bem sem graça e com defeitos. Me pareceu apenas mais uma jogada de marketing.
Começa com um belo conjunto de comunicação visual: rótulo e detalhes da garrafa.
Na taça apresentou um coloração acobreada brilhantes, translúcida e com um creme claro de bela formação e média persistência.
O aroma decepciona apenas com algumas notas de malte caramelo que já antecipa um diacetil (manteiga rançosa) leve ao fundo.
O sabor tem novamente uma correta entrada de malte caramelo que termina em um final levemente seco e amargo com notas herbais. Infelizmente com o aumento da temperatura traz também um diacetil sutil mas presente. O aftertaste é interessante com notas levemente tostadas e herbais. Corpo leve, carbonatação moderada e drinkability bem comprometida.
No conjunto uma cerveja bem sem personalidade e com off-flavours bem presentes.
A apresentação se encaixa bem ao tema. Em uma garrafa tradicional de 600ml, Com rótulo simples de estilo retrô, ele tem ao centro uma imagem de um Mussum sorridente: a mesma imagem que milhares de brasileiros como eu guardam na memória de um dos maiores ícones do humor televisivo desse país.
No copo, uma bela cor dourada que se destaca, acompanhada de bastante bolhas pequeninas, mas coroada por uma espuma branca "encardida" que se dissipa rapidamente, mas deixa suas marcas em torno do copo.
Aroma de lúpulo (em primeiro plano), frutas cítricas e grama cortada.
Ao sorvê-la, a primeira coisa que se sente é a surpreendente textura aveludada. Em seguida, um sabor lupulado com parcimônia, junto a uma leve picância que persiste no retrogosto. De corpo médio, seu final é curto e seco, ótimo para esse tipo de breja.
Uma bela homenagem a Antônio Carlos Bernardes Gomes, o eterno Mussum. Tenho certeza que se ele tivesse a oportunidade de "dar uma beiçadis" nessa breja, ele pediria mais algumas "ampolas" para levar pra casa.
Saudades de quando o humor na TV brasileira tinha graça...