Ola Dubh Special Reserve 18

Líquido totalmente negro e opaco. Creme escuro e medianamente denso, média duração.
No aroma, chocolate, baunilha, e whisky. No sabor, inicialmente toques de chocolate/baunilha sobressaem juntamente com malte torrado, o líquido cremoso. O final traz à tona mais malte torrado, whisky e toques leves de defuma. Retrogosto alcoólico e notas torradas subjacentes.
Breja encorpada e alcoólica, maravilhosa. Eu, intuitivamente, comparei os 3 rótulos de Ola Dubh (12, 16 e 18) que já degustei. Ola Dubh 12 já foi avaliada por mim, e o rótulo aqui avaliado (Ola Dubh 18) apresentou aspectos no aroma, apresentação, sabor e sensação muito similares entre si. As diferenças por mim encontradas remetem a corpo e equilíbrio. Acho que a Ola Dubh 18 conseguiu um corpo mais denso, achei agradável. Por outro lado, o equilíbrio, particularmente no sabor, da Ola Dubh 12, pelo menos para mim, foi imbatível quando comparado ao das irmãs Ola Dubh 16 e 18. Ainda nessa questão, acho que a Ola Dubh 16 é um queda brusca frente aos rótulos maravilhosamente trabalhados Ola Dubh 12 e 18.

Coloração negra opaca, espuma bege de pequena formação, persistindo por um tempo curto. Aroma de frutas secas e uvas, baunilha, chocolate amargo, melaço. Sabor complexo de madeira, frutas secas, café expresso, caramelo, melaço. Encorpada, quase oleosa de tão densa. Final seco, torrado, alcoólico, por vezes lembrando um whisky. Excelente.

Cerveja negra, café, com espuma de pequena formação e média duração. Aroma complexo, defumado, amadeirado, lembrando whisk. Notas de frutas secas são perceptíveis, banana e uva passa. Encorpada, médio- alto, oleosa. No sabor torrado, defumado, álcool bastante evidente, whisk. Amargor médio e persistente, proveniente do torrado. Final alcoólico e aquecedor. Excelente representante do estilo.

Depois de ler sobre sua história e conhecer um pouco do seu processo de fabricação é quase inevitável não sentir certa euforia e ansiedade em degustá-la. A cerveja ao ser sentida no nariz e ao cair na boca revela tudo o que fora lido anteriormente. Ela mostra dulçores agradabilíssimos de toffee, chocolate e amêndoas, embora o amargor (em conjunto com as notas tostadas) também seja sentido no palato. Licorosa, densa, aveludada, quente no paladar, com café, madeira e uvas passas aparecendo. Seu final seco e amargo persiste por certo tempo após o gole, onde novamente o calor alcoólico se faz presente. Complexa e saborosa, além de muito equilibrada. Incrível como apesar de toda essa complexidade, as sensações aos poucos vão se revelando e ganhando forma e sabor.

Garrafa 13711, jan/2009.

A garrafinha possui rótulos elegantes, além de gargalo e tampa conm papel alumínio.
Coloração negra, quase opaca, com baixa formação de espuma, que se mantém numa camada fina sobre a breja. Seu aroma remete a malte, toffee, amêndoas, madeira e álcool.
Seu sabor apresentou notas de malte, café, e baunilha. Há uma impresionante sensação de whisky na boca, especialmente no retrogosto.
Corpo médio, baixa carbonatação. Não percebi muito o caramelo, talvez pela breja já ter 3 anos e meio; estou certo de que fora conservada sempre longe da luz e do calor, no entanto não sei se ela mantém todas as suas propriedades por tanto tempo.
Mas é fato que experimentarei uma mais nova!