A "Sierra Nevada Brewing Co." é uma das mais respeitadas cervejarias artesanais dos Estados Unidos. Situada no norte do estado da Califórnia, é na cidade de "Chico" que sua história começa. Ken Grossman, um dos fundadores, já vinha há algum tempo tocando um "Brew Shop" na cidade e, como bom cervejeiro caseiro, experimentava suas próprias receitas. Em 1979, juntamente com seu amigo e também homebrewer Paul Camusi, resolveu fundar a cervejaria e já na primavera de 1980 estrearam no mercado com o primeiro rótulo.
Hoje a "Sierra Nevada" conta com fábricas em Chico e também em Mills River, Carolina do Norte. O nome é uma referencia à cordilheira "Sierra Nevada", local em que Grossman costumava fazer trilhas na juventude.
Uma das características mais marcantes de suas cervejas é a utilização de cones de lúpulos em estado natural, ao contrário da grande maioria das cervejarias que utilizam 'pellets'.
A "Sierra Nevada Pale Ale" é a primeira e mais emblemática cerveja da casa. Verdadeiro ícone da nova escola americana, inspirou e influenciou muitos cervejeiros ao pavimentar as bases do que viria a ser o sólido movimento artesanal do país. Sua fórmula inclui duas variedades de malte e lúpulos dos tipos "Magnum", "Perle" e "Cascade".
Líquido translúcido de coloração dourada. No copo forma colarinho bege claro de dois dedos com média retenção.
Aroma de pouca expressão. Notas de tangerina, laranja, pinho e grama insinuam-se tímidas e apagadas. Até mesmo o malte, que poderia crescer na lacuna do lúpulo, apresenta-se aqui sob uma neutralidade constrangedora.
Felizmente, na boca melhora bastante ao proporcionar uma delicada combinação de malte adocicado e lúpulos. Nuances de laranja madura e raspas de tangerina costuram o corpo médio agradavelmente caramelado. A carbonatação suave e o amargor ameno facilitam a 'drinkability'. Ecos de pinho e flor de laranjeira pontuam o final predominantemente maltado.
O resultado, apesar de bom na maior parte, é sintomático: ela deveria ser mais aromática; ela deveria mais amarga.
Lamentavelmente, após o envase em 24/11/2014, a unidade perdeu todo o vigor dos lúpulos. Vale lembrar que não faz muito tempo que a "Sierra Nevada" chegou ao Brasil. Não sei se as unidades importadas foram previamente pasteurizadas. Mas o fato é que o consumidor brasileiro paga caro num rótulo vendido nos EUA a preços módicos e que nem de longe está em sua melhor forma. Para piorar, uma unidade dessa chega com a validade de 1 ano para depois do envase. Isso significa que daqui a alguns meses alguém vai pagar por uma cerveja ainda mais desgastada.
Por essas e outras, não tem como recomendar. O mercado precisa ser repensado.
Espuma bege, fofa e perene, de alta formação e boa duração, marcando as laterais da pint.
Aroma de moderada proeminência, onde as notas herbais e gramíneas sobressaem. Sutis notas florais presentes.
Sabor inicialmente de um amargor lupulento, mesclado por um leve dulçor maltado. Final seco e levemente resinoso.
Textura aveludada.
Carbonatação e corpo médios.
Essa foi uma decepção monstruosa, não por ela ser ruim, mas perlo fato de ser “endeusada” por uma quantidade grande de pessoas. A Sierra Nevada que chega no Brasil com valores exorbitantes, não é lá isso tudo. Se não tivesse sido de graça estaria puto. Na minha humilde opinião, as IPAs e APAs da Founders saem bem melhor, fora que temos nacionais que deixam essa no chinelo.
Conselho: Não vá com muita expectativa como eu fui.
Coloração dourada escura e translúcida com creme branco de médio volume mas de alta persistência. Aroma lupulado com intensas notas cítricas. Na boca, o amargor se faz bem mais presente do que o esperado em se tratando de uma Pale Ale, fazendo lembrar até uma IPA de média intensidade. Seu final e médio e levemente seco. Ótima breja, pena que seja tão difícil de se encontrar em terras tupiniquins.
Cerveja extremamente bem equilibrada, redonda. O caramelo do malte e os lúpulos americanos ficam em sintonia. Corpo leve, mas sem tirar a personalidade da cerveja. Ótima pra ser bebida em grandes quantidades. Agora que apareceu por aqui, tomara que continue, e que venham outras da Sierra Nevada para o Brasil.
Cor de mel levemente turva e translúcida, com creme branco de pouca formação e média duração. Aroma leve de lúpulo com presença de malte e caramelo. Sabor alinhado com aroma, com um toque cítrico de laranja. Corpo médio, boa carbonatação, esperava com mais lúpulo. Final adocicado com retrogosto com um toque amargo. Boa drinkability.
