Amarela clara e turva com creme branco enorme, duradouro e bem cremoso com um bom belgian lace. O aroma do malte é de pão, baunilha, cereais e muita banana, é muito diferente do que estou acostumado, pois enquanto as cervejas de trigo apresentam um aroma de banana característico, esta aqui parece uma “bala de banana”, meio artificial, mas não ficou ruim não, ficou bom. O sabor acompanha o aroma com adocicado moderado. O final é fugaz.
Boa surpresa esta Weissbier russa, país que não tem praticamente tradição alguma quando se fala de cerveja. Acabou me surpreendendo positivamente, já que não sabia nem o que esperar em termos de qualidade.
No copo, mostra a tipicidade do estilo, com aquele belo creminho branco, extremamente denso e branco, que se forma abundantemente e permanece no copo por um bom tempo, com bolhas das menores que já vi, o que é um bom sinal. O líquido tem coloração amarelo queimado e uma translucidez baixíssima ou nula, seguindo com rigor as tradicionais bávaras.
Inicialmente no aroma, os fenóis de cravo se confundem com leves toques de oxidação que remetem a papelão. Os fenóis mostra boa interação com os outros elementos da cerveja, principalmente os esteres que remetem a banana e abacaxi. O malte é um pouco mais discreto no aroma, trazendo sutis notas de panificação.
Ao primeiro gole já nota-se que o frutadinho de banana, pera e tutti-frutti, junto ao maltado docinho de pão e mel, dominam a boca. O cravo já aparece bem mais tímidos, o que causa um certo desequilíbrio. O residual na boca também é adocicado, misturando tutti-frutti e mel. O corpo é leve, e a carbonatação alta, com a acidez pronunciada, o que quebra um pouco o dulçor intenso.
No geral tem o perfil típico de uma Weissbier ao meu gosto, com o frutado docinho em primeiro plano, mas com um corpo leve e uma acidez moderada, que conferem um caráter mais refrescante a cerveja. Fico curioso para saber se os outros rótulos da cervejaria russa mantém o mesmo padrão de qualidade.
Boa cerveja, me surpreendeu, não perde em nada para as boas alemãs. Cerveja de trigo, puro malte, com notas bem pronunciadas de cravo, baunilha e banana. Para quem já experimentou o chopp Sarará da Devassa vai acabar fazendo uma inevitável comparação. Aparência densa, achei relativamente encorpada. Uma boa pedida.
Minha primeira russa e logo uma weizen, um dos meus estilos prediletos.
Não está entre as top bávaras mas é uma cerveja correta. E refrescante.
A garrafa é muito bonita, personalizada em relevo e com um rótulo amarelo e azul refinado.
A apresentação é clássica de weiss, amarelo ouro bem nebuloso mas sem apresentar sedimentos em suspensão. O creme branco é de boa formação mas de baixa persistência e não chega a formar laços.
O aroma apresenta leveduras, baunilha, cravo e notas cítricas. Ésteres de banana e tutti frutti bem discretos. Agradável mas leve.
O sabor segue a linha da suavidade. Falta corpo e complexidade. Pão branco, notas cítricas e especiarias. O final é leve e suficientemente amargo para atirar a drinkability bem para o alto. O aftertaste é leve, um pouco de mel, mas bastante saboroso.
Ponto alto é a refrescância, mas falta estopo para chegar à uma verdadeira weizen bávara.