Degustado a + ou - 8 graus celsius em seu copo original e garrafa 750 ml.
É uma ótima cerveja trapista belga de coloração marrom-escuro avermelhado, espuma bege de boa formação e durabilidade.
Aroma frutado, tostado, e lembrando chocolate amargo, nozes, ameixas.
Sabor forte e licoroso, notas de torrefação, frutas secas, especiarias e um pouco de madeira.
Boa carbonatação, álcool 9% um pouco perceptível mas sem atrapalhar o conjunto.
Das trapistas essa é a que eu mais bebo.
Personalidade marcante e imperdível.
A cerveja é de uma cor âmbar avermelhado, bem escura. A espuma cor creme alta, mas durou pouco.
O aroma é muito sutil, quase imperceptível, não distingui nada.
No sabor é adocicada, com um toque de caramelo, o álcool é bastante presente, chegando a ser levemente picante. Não consegui distinguir mais nada.
É uma cerveja boa, mas sinceramente, eu esperava mais. Após ler muitas avaliações aqui, esperava algo muito mais completo e complexo, sei lá, talvez eu tenha fantasiado demais com essa breja. Não sei se ter comprado pela net (e ela, provavelmente, ter sofrido tanto no frete) tenha influenciado na qualidade da breja, mas achei pouca coisa acima da média.
A Chimay Bleue (azul) é uma cerveja de alta fermentação do estilo Belgian Strong Ale, sub-estilo Belgian Dark Strong Ale, este caracterizado por apresentar cervejas belgas mais escuras (que suas primas de estilo), mas em regra igualmente fortes, bastante complexas, encorpadas e saborosas, com um ABV que pode chegar aos 12%. Com destacada formação de espuma as BDSA apresentam aroma e sabor dominados por dulçor de maltes, especiarias e frutado, notadamente de frutas secas. O lúpulo é sutil, o corpo é variável e a carbonatação é elevada.
Integrante do seleto grupo das '25 cervejas imperdíveis do Brejas' a Chimay (blue label) começou a ser fabricada em 1862 na cidade belga do mesmo nome por iniciativa da comunidade monástica da Abadía Nôtre-Dame de Scourmont, esta fundada em 1850 por monges oriundos da Abadia de Sint-Sixtus (onde é fabricada a lendária Westvleteren 12). Apenas um reparo: na verdade a primeira cerveja a ser fabricada pelos monges foi a Chimay Rouge (Red).
A Chimay fabrica cervejas (Red, Tripel, Blue, 150 e Dorée) e queijos - eu não precisaria de mais nada :). Aliás, a água utilizada é retirada de um poço no interior da Abadía e a filtração dos sólidos presentes no mosto da cerveja é dado às vacas que produzem o leite para o fabrico dos queijos Chimay. Logo, concluo que o queijo, maravilhoso imagino, já deve vir acompanhado de gratas notas de cerveja :).
A Chimay pertence à Ordem Trapista (oficialmente, Ordem dos Cistercienses Reformados de Estrita Observância) cuja origem da denominação vem do mosteiro de Nôtre-Dame de la Trappe, França (1662), vindo a mesma a influenciar outros países europeus o que culminou no surgimento de novos mosteiros que seguiam as restritas regras desta ordem religiosa. Assim, no ano de 1997, oito abadias trapistas - 6 da Bélgica (Orval, Chimay, Westvleteren, Rochefort, Westmalle e Achel), 1 da Holanda (Koningshoeven) e 1 da Alemanha (Mariawald) - fundaram a ITA (International Trappist Association), com o objetivo de estabelecer as regras do estilo e proteger o nome do uso abusivo por parte de outras marcas. Para isso, esta associação criou um selo que só pode ser utilizado pelos produtos que seguem os critérios estabelecidos e que sejam elaborados por monges trapistas, sejam esses produtos queijos, cervejas ou vinhos. Recentemente, no ano de 2012, a cervejaria trapista da Abadia de Engelszell (Aústria) começou a produção de cerveja e a abadia alemã de Mariawald não está produzindo cerveja (o logotipo da ATP é usado para outros produtos no mosteiro, por exemplo o licor). Os monges, que repartem seu tempo entre oração, estudo e trabalho, utilizam parte do que é arrecadado com a venda dos produtos na manutenção das Abadias e o restante dedicam à caridade.
A garrafa é de 330 ml, vintage 2010, validade 2015, com tampa e rótulo na cor azul, no qual se vislumbra o selo e o nome da cervejaria. No contra-rótulo uma profusão de informações tais como temperatura de serviço, taça adequada à degustação, posição de guarda, selo trapista, validade, ingredientes, graduação alcóolica, lote etc.
Vertida na taça revelou uma coloração marrom escuro, com turbidez característica, ostentando uma destacada espuma bege densa e consistente de belíssima formação e de longa persistência, com bolhas médias e que manteve rendas nas laterais da taça e uma fina tampa residual sobre o líquido ao longo da degustação. Perlage (bolhas) perceptível.
O aroma é imensamente delicioso e complexo e se apresenta dominado por notas de maltes que remetem à lembranças de caramelo, toffee e açúcar mascavo. As notas características de leveduras e panificação também se fazem presentes, além de ésteres que apontam para frutas secas (ameixas, passas...), um condimentado que estabelece uma certa picância, notas amadeiradas, vinho do porto e algum lúpulo floral.
No paladar o líquido se mostra licoroso e amplifica a riqueza presente no aroma. Extremamente complexa com o equilíbrio tendendo aos maltes tem-se um dulçor saliente e se percebe notas de caramelo, toffee, panificação e leveduras. Sente-se também uma agradável picância, notas frutadas de ameixa, passas e banana, notas amadeiradas e um característico fortificado próprio de vinho do porto e conhaque. Com um amargor de lúpulo quase ausente é o álcool de 9,0% ABV que se encarrega de prover equilíbrio, entretanto o mesmo é muito bem inserido e não agride o paladar. O final se mostrou longo e seco e o retrogosto agradavelmente adocicado e alcóolico. O corpo é médio-alto e a carbonatação á alta. A drinkability é excepcional!
Conjunto complexo, robusto, equilibrado e harmonioso que proporcionaram-me uma degustação altamente prazerosa! A Chimay Blue é uma formidável representante do estilo Belgian Dark Strong Ale que não pode ignorada por quem aprecia cerveja de qualidade, pois trata-se de um verdadeiro ícone belga.