Olha, essa cerveja ficou famosa no Brasil por estar presente nos mercados por aí por volta de 200 reais a garrafa. Eu não compraria! Não é uma cerveja que me agrada, na verdade, nem me lembra muito o que chamo de cerveja!! Hehehe...
Sim é uma bebida complexa, aroma de laranja, frutas cítricas, alecrim. Sabor também com alecrim e cítrico. Aparência maravilhosa... porém não é uma bebida que eu tomaria direto!
Cerveja no estilo champagne, um desatento poderia ser enganado facilmente. Na boca me lembrou até mesmo um vinho, mas nada de cerveja. Foi bom para conhecer, mas definitivamente, não faz meu estilo.
Aroma: complexo, frutado, floral, especiarias
Sabor: típico de cervejas champanoise, sparkling, seco
Espuma: alta carbonatação, espuma de leve densidade
Aftertaste: um buquê de sabores fica na boca. difícil até de separá'-los
Drinkability: bom se for acompanhado de petiscos, chega a ser um Champagne Brut mesmo
A DeuS é uma cerveja do estilo Bière de Champagne/Bière Brut elaborada pelo tradicional método champenoise, caracterizado por envelhecimento das cervejas em caves e pela adição e remoção do fermento de champagne/espumante das garrafas. É estilo proveniente da Bélgica, como tantos, e é resultado de íntima simbiose entre cervejas e champagnes. No caso de DeuS a primeira fermentação é feita na Bélgica ao passo que a segunda etapa é feita na França.
Diz-se que as raízes da cervejaria que produz a DeuS remontam aos idos de 1679, época em que as cervejas eram produzidas num Convento de Irmãs Carmelitas na cidade de Dendermonde, norte da Bélgica. Atualmente a DeuS é fabricada pela Cervejaria Boostels, cuja história vem desde 1791 na cidade de Buggenhout (distante 10 km de Dendermonde). No portfólio há a Tripel Karmeliet e a Kwak com sua taça "sui generis".
A garrafa é de 750ml, safra 2011, rolhada, de belíssima apresentação e ilustração, muito original, merecendo admiração. O rótulo se apresenta dourado e denota certo requinte dada a semelhança com as garrafas de champagne/espumante, claramente relacionadas às ocasiões especiais e/ou glamurosas.
Vertida na taça revelou um líquido de coloração dourado vívido, translúcido, com uma espuma branca de ótima formação, volumosa, densa, de média para curta duração e que manteve algum lacing pelas laterais da taça ainda que tenham escorrido logo. A perlage é contínua, com bolhas pequeninas, mas frenéticas. Apresentação fina, aprimorada!
O aroma é delicioso e complexo vez que se apresenta dominado por notas frutadas, principalmente de pêssego, maça (e talvez damasco), cítricas de laranja, boa presença de malte caramelo, pão, fermento, especiarias (hortelã, coentro, alecrim), leve lúpulo floral e álcool bem saliente.
O sabor é igualmente complexo e se agiganta à medida em que a temperatura aumenta. No paladar o líquido efervescente apresentou notas cítricas de limão e casca de laranja, ácidas de maça e pera e além disso caramelo, leveduras, mel, especiarias (coentro) e lúpulo sutil. Há uma predominância do adocicado sobre o amargor, sendo que este parece um pouqinho mais presente no aroma. O álcool de ABV 11,5% é pronunciado, mas é bem acabado e não agride o paladar. O líquido tem uma agradável adstringência e o final é adocicado e longo. Retrogosto carregado de especiarias. A carbonatação é alta e o corpo é leve. A drinkability é ótima!
A cerveja fluiu excepcionalmente bem, o conjunto é muito bom, a degustação foi prazerosa e, sem dúvida, merece outra degustação.
O cheiro complexo floral, típico belga, inunda o ambiente quando abre-se a garrafa. (Me lembrou um pouco os aromas da Duvel e Tripel Karmeliet).
Tem um borbulhar digno de ótimos chapagnes, as bolhinhas não param de subir do começo ao fim da breja. A espuma na boca se encaixa muito bem na boca, dando aquela sensação engraçadinha de champagne.
No sabor, leve amargor de lúpulo(que se concentra mais no retrogosto, que é levemente seco na medida), muitas notas florais e herbais, especialmente alguma coisa que lembra sálvia/alecrim, apresenta também notas de champagne/vinho branco seco evidentes, cítricas, que lembram principalmente um grapefruit com um leve toque de casca de limão, se procurar encontra-se pão/fermento. Álcool discreto mas presente, maravilhosamente bem colocado, mas que desce rasgando um pouquinho, não chegando a ser um problema considerável.
No último dedo da taça, quando a temperatura está um pouco mais alta e a carbonatação não está tão presente, as notas cítricas ficam menos evidentes, sente-se um licor bem sutil, remetendo levemente a madeira na frente e manteiga(?) no retrogosto.