Líquido dourado e turvo. Creme alvo de alta formação, consistência e persistência.
No aroma, toques frutados e florais, além de nuanças de leveduras. No sabor, um líquido aveludado que traz à tona frutas e toques florais. O final é temperado e sutilmente amargo. Retrogosto sutilmente amargo de média duração. Carbonatação média. Cerveja potente, com o álcool presente ao longo da degustação, mas inserido ao conjunto.
Westmalle Tripel tem um líquido cremoso excepcional, e todos os aspectos são perfeitamente equilibrados, representa uma Belgian Tripel ímpar!
Entrou pro meu Top 10. Excelente cerveja. A espuma é espetacular. No aroma me chamou a atenção do alcóol mas fora isso, pura perfeição.
Por enquanto as minhas preferidas são:
Tripel Karmeliet
Duvel
Westmalle Trippel Blond
Wals Trippel
Wals Quaduppel
Brooklyn Local 1
Coruja Extra Viva
Coruja Strix
Eisenbahn Rauchbier
Bamberg Rauchbier
Eisenbahn Strong Golden Ale
Baden Baden Red
Coruja Coice
BrewDog Dogma
Amarela ouro. Espuma boa e de alta duração. Aroma fraco, dá para sentir um pouco de floral e epeciarias. Sabor de frutas cristalizadas, especiarias e e lúpulo. Álcool, ao meu ver, muito perceptivo. Não chega a atrapalhar, mais se faz presente em cada gole. Final seco.
A Westmalle Tripel (triplo em holandês), como o nome diz, é do estilo Belgian Tripel (sub-estilo do Belgian Strong Ale), que caracteriza cervejas de alta fermentação, claras ou escuras, equilibradas, saborosas, complexas, alcoólicas e que utilizam na receita algo como 3 vezes a quantidade habitual de malte. Com mais "alimento" as leveduras permanecem em ação por mais tempo e o resultado é uma gama maior de aromas, sabores e álcool, por exemplo, do que numa dubbel e menor do que numa quadruppel, em regra. É produzida pela Abadia Trapista de Westmalle, fundada em 1794 e situada no norte da Bélgica. Diferentemente da Westvleteren, também trapista, a cervejaria Westmalle fabrica suas cervejas com mão-de-obra dos monges e de funcionários alheios à ordem religiosa. Em seu portfólio de cervejas estão a extra e a dubbel, esta eleita uma das "25 imperdíveis do Brejas".
A garrafa é de 330 ml, cor marrom clássico e o rótulo é sóbrio, sem adereços ou ilustrações; no verso as demais informações como ingredientes, graduação alcóolica e temperatura de serviço. Chama a atenção o ressalto no gargalo da garrafa que confere certa elegância e distinção ao produto.
Vertida na taça revelou um líquido de coloração amarelo opaco, com mediana turbidez, espuma branca de exuberante formação e consistência, destacada manutenção, com bolhas grandes e que desenhou rendas nas laterais da taça. Perlage (bolhas) perceptível e maior volume de sedimentos na última taça.
No agradável, complexo e aromático aroma (palmas às belgas!) percebi notas intensas de maltes, pão, biscoito e levedura, notas frutadas, notadamente de cítricos (casca de laranja e tangerina), especiarias (coentro), álcool bem evidente e lúpulo floral.
No paladar é que o líquido revela toda a dimensão de sua complexidade. Percebe-se marcantes notas de malte caramelo, panificação, fermento, açucar mascavo, banana, frutas secas, casca de laranja e coentro... Ufa! Inicialmente adocicado o sabor descortina alguma picância e um sutil lúpulo que confere agradável amargor. Retrogosto alcóolico e amargo, final seco e amadeirado. Aveludada, apresentou carbonatação alta e e corpo médio. O álcool de 9,5% ABV é bem inserido e apesar de evidente não agride o paladar e está em harmonia com o belo e prazeroso conjunto. A drinkability é excepcional e penso ser uma boa ideia envelhecer o próximo exemplar para ver como se dá a evolução da obra.
Referência e talvez precursora no estilo, quem sou eu para não recomendar a Westmalle Trapista?!