Cerveja de aparência âmbar com leve turbidez e boa formação de persistente creme branco.
Aromas e sabores frutados, de pão e de especiarias. O álcool é evidente no sabor, porém, está muito bem inserido.
Carbonatação forte, corpo médio e drinkability alta.
Muito equilibrada. Excelente.
Coloração dourada com boa formação de espuma e boa persistência. Leve turbidez com levíssima presença de partículas. No aroma, notas de panificação, biscoito, baunilha, frutado com presença de abacaxi, laranja e tangerina; talvez presença de canela, mel, nozes, trigo e um leve floral pra terminar o conjunto, aroma bem complexo.
No sabor, corpo sedoso (achei até diferente para uma tripel, com meu pouco conhecimento do estilo), retrogosto frutado e com notas de fermento, há a presença de frutas secas e leve picancia.
apesar dos 9,5% do alcool, não desequilibra e não assusta o conjunto.
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Degustado novamente em 2014 durante o curso de sommelier:
Ap: Coloração amarelo-dourado, turva. Com boa formação, medianamente regular (no meu copo) e de boa estabilidade.
Ar: Condimentado (cravo); ésteres lembrando banana fresca, leve damasco. Algo cítrico, pouco mas tem.
S e C: Corpo médio, bem carbonatada. Acompanha o aroma, cítrico e frutado (levando para frutas amarelas), um leve cravo.
Am: Médio (lúpul e uma leve sensação do álcool)
Af: Alcool aparece bem (incluindo no sabor). Final levemente amargo. Tem uma leve secura.
A Westmalle Tripel é uma belíssima e icônica cerveja, de aparência muito atraente. Sua coloração é dourada, mas bastante clara, até um pouco mais pálida e menos viva do que o esperado. Demonstra pouca turbidez, mas muita efervescência aparente. Os sedimentos (borra de fermento) sobraram somente para o copo final, escurecendo o líquido e tornando-o totalmente turvo e opaco. Forma uma larga e generosa camada de espuma branca, sparkling, macia e com diminutas bolhas, com ótima duração, assentando apenas lentamente e, mesmo assim, mantendo uma espessura bem relevante. Lacing mínimo na taça.
Seu aroma é muito rico e saboroso. Como mantive ela em guarda, ela mostrou alguns traços mais azedos/avinagrados, mas que não atrapalharam o conjunto e que não considero off-flavor, muito pelo contrário. E logo vieram as sensações típicas de uma Belgium Tripel: malte leve, cereal/trigo, pão, biscoito, mel, fenóis delicados, baunilha, canela, pimenta branca, especiarias em geral, traços de vinho branco e muita sensação frutada (damascos, tâmaras, pêssegos, laranjas, tangerina, nectarina). Também muita sensação de fermento. Trata-se de um buquê muito diversificado, muito complexo. Show de bola!
Na boca, ela é ainda mais marcante, com muita harmonia entre sensações tão contundentes. É uma Tripel altamente saborosa, fenólica, condimentada e frutada. Fortíssima sensação vinosa, extremamente elegante. Secura e tons cítricos, balanceados com sensações de picância condimentada, picância alcoólica e uma série de ésteres frutados (laranjas, frutas secas, uvas verdes). Chama a atenção uma presença ainda marcante de baunilha ou de açúcar mascavo. De fato, é uma complexidade elevadíssima, totalmente destacada. Retrogosto pronlongado, alcoólico, cítrico/azedo, com uma secura ainda potente e refrescante, chamando novos goles; muita sensação de acidez, uvas, frutas secas e tons de malte cru, cereal e defumação leve. Cerveja de corpo sedoso e macio, textura quase cremosa. Carbonatação média/alta, com crocância relevante e refrescante. Álcool potente, destacado, mas também de acordo com uma cerveja de caráter tão acima da média. Drinkability muito boa, o que é realmente impressionante diante do teor alcoólico dessa cerveja e da extrema personalidade que ela possui. Ela é potente e complexa, mas muito fácil de beber.
Essa Westmalle Tripel é simplesmente primorosa. Mesmo não sendo pertencente a nenhum de meus estilos preferidos, é uma cerveja que está no meu hall de favoritas. Complexidade anormal, espetacular. Tripel muitíssimo rica em frutados e em condimentos, com um final de gole e um retrogosto memoráveis. Difícil achar defeitos nela. Realmente ela é uma degustação obrigatória para qualquer pessoa que se disponha ou a conhecer cervejas ou a visitar criações trapistas. Rótulo onipresente em minha adega.
Nada mais nada menos que a cerveja que criou o estilo Tripel.
Um dos estilos de cerveja que eu mais gosto, são douradas, frutadas, altas em álcool porém sem exagero.
A Westmalle é tudo isso e algo mais.
Dourada e translúcida, com uma espuma branca alta e de boa duração.
Aroma é frutado e floral, mostra bem a presença do álcool e também um toque de panificação.
Sabor frutado e adocicado, com um final condimentado, levemente picante e amargo. O álcool aparece de forma discreta, dando potência na cerveja sem tirar o destaque dos demais atributos. Não é cítrica nem floral como algumas outras Tripel, ficando mais concentrada no malte - lembrando frutas cristalizadas - e no amargor do lúpulo, que fica bem presente principalmente no final de cada gole e no retrogosto.
Tenha calma na degustação e reserve pelo menos uma garrafinha inteira pra você. O conjunto com certeza é o ponto forte da cerveja, com uma cerveja forte, intensa, doce e amarga, tudo junto e misturado.