Cerveja âmbar alaranjada límpida, de creme branco amarelado, persistente e de densidade média. O aroma resinoso e frutado, apresenta nuances de caramelo, lúpulo, laranja e álcool. O sabor é doce, cítrico e levemente picante, com presença marcante dos lúpulos em primeiro plano, ao lado de um frutado intenso. Tem carbonatação alta e corpo médio, além de um calor proveniente do álcool.
Acobreada, tem um perfume muito bom, conforme o buquê de lúpulos proposto. Espuma cremosa e persistente, contribuindo para manutenção de temperatura e aroma. Parece-me que, quando começou a esquentar, o sabor ficou menos adstringente. Realmente uma cerveja de inverno!
Pioneira dentre as cervejarias artesanais mineiras, foi em 1997 que a "Krug Bier" iniciou as atividades ao fabricar chopes leves, adequados ao paladar popular brasileiro, na capital do estado, Belo Horizonte. Inicialmente o local contava ainda com um bar no mesmo espaço da fabrica onde as pessoas podiam beliscar petiscos e provar cervejas frescas. A grande virada, contudo, se deu mesmo no ano de 2004 com a criação da linha "Áustria", composta por cervejas de variados estilos inspirados em receitas austríacas. O crescimento do negócio logo fez surgir a necessidade de ampliar e modernizar a fábrica que foi transferida para a cidade de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. Já o bar/restaurante se mantém dentro da capital, no bairro de São Pedro.
Lançada em 2013, a "Áustria Imperium IPA" marca o início de uma terceira linha de cervejas - a "Áustria Imperium" - que pretende comercializar estilos mais extremos. O primeiro rótulo e por enquanto, ainda único da nova linha, é uma 'Imperial India Pale Ale' feita à partir do primeiro mosto, o que lhe confere elevado teor alcoólico. Utiliza lúpulos "Magnum", "Cascade", "Polaris" e "Mandarina Bavaria"
Translúcida e acobreada, forma espuma bege de formação e duração medianas.
O aroma promove clara percepção de malte caramelizado, levemente tostado, seguido por traços de lúpulos cítricos e herbáceos. Notas de óleo de casca de laranja e pinheiro insinuam-se de modo um pouco grosseiro, puxando em seu espectro um curioso toque de verniz.
No paladar destaca-se a presença do malte com sutil tosta e intensa caramelização, evidenciando corpo médio e significativo dulçor. Apesar de forte, surpreende pela textura incrivelmente macia e álcool pouco perceptível. Menos amarga do que se poderia esperar, traz novamente ecos de óleo de casca de laranja e pinheiro com sensação discreta de verniz. De amargor retraído, o final maltado/caramelizado enseja ligeiro toque de resina, que se projeta até o retrogosto levemente tostado e abiscoitado.
A impressão geral é de que falta maior assertividade nos atributos que definem o estilo (claramente inspirado na escola americana), tais como o aroma de lúpulo mais vívido, um sabor cítrico/frutado mais limpo e - claro - amargor potente. 'Off-flavours' de óleo e verniz inusitados para a proposta da cerveja não chegam a prejudicar o sabor, porém reforçam a sensação de que o conjunto poderia ser mais bem resolvido. Uma cerveja boa, prazerosa de se tomar, mas que precisa de alguns ajustes.
Boa cerveja. Bela aparência, forma uma espuma entre média e grande, um tanto cremosa, algumas bolhas, bege clara e duradoura. Deixa uma boa renda e "lágrimas" de álcool no copo. Bem clara e borbulhante. Coloração entre laranja intensa e vermelha, brilhante. Aroma agradável, malte médio, meio caramelo, leve toffee, cereais, traços tostados. Lúpulo médio, meio resina, leve floral, pimenta, traços cítricos. Álcool bem leve. Ainda meio frutas cristalizadas, traços de metal. Sabor agradável, de longa duração, doçura inicial bem leve, amargor entre moderado e intenso, álcool bem leve, notas de malte mais leves, notas de lúpulo bem leves com presença maior das notas deixadas pela levedura. Corpo médio, textura cremosa, carbonatação entre vívida e média, final meio amargo, levemente seco.
Destaque para a aparência, a carbonatação e o bom equilíbrio do álcool. Um pouco de espuma permanece até o final.
Cheers!