Guanabara Wood Aged

Russian Imperial Stout brasileira com as sensações clássicas que uma boa representante do estilo deve ter, torrefação, muita baunilha, café, frutas escuras,secas e chocolate.
Baixa drinkability,licorosa e com sensação de aquecimento no paladar ao se degustar e retogosto de rapadura.
Cerveja complexa como é comum do estilo....eu gostei, só deveria ter provado no tempo do inverno e não nesta onda de calor!
Adorei!

Temperatura de degustação: Dez graus Celsius.
Cor: Preta com nuances amarronzadas.
Creme: Média formação de creme bege que mantém uma camada persistente, deixando marcas na taça.
Aroma: Leve malte torrado, rapadura, frutas escuras, frutas secas, álcool.
Sabor: Acompanha o aroma, predominantemente adocicado, com um misto de frutas secas/escuras, rapadura, melaço, leve malte torrado e sensação alcoólica presente. Pelo sabor frutado e acompanhado da rapadura, ficou mais com uma pegada de Belgian Dark Strong Ale do que uma RIS propriamente dita.

Cor negra, opaca, com creme bege escuro de boa formação e curta persistência (bolhas pequenas, deixa algumas marcas). Aroma puxando tostado, coco queimado, leve café e álcool. Corpo médio/alto, de textura levemente licorosa. Sabor complexo, malte abundante, com bom dulçor inicial, toffee/caramelo e chocolate meio amargo, além de notas de madeira, coco queimado e um sutil defumado. Baixa carbonatação e leve aquecimento. Final moderadamente adocicado, remetendo a rapadura queimada, coco queimado e baixo amargor. Ótima cerveja, bem complexa e muito saborosa. A receita da Ithaca ganhou muito com essa passagem por barril de Amburana. Nunca é demais lembrar: servi-la apenas fria (>= 12 C°), nunca gelada!
 
Lote: 20A151 23:00
Validade: 24/07/2023

E ainda transformou a Guanabara na cerveja mais premiada da Colorado.
Sério tá me lembrando uma outra cerveja demais. Porém ao esquentar tá mudando um pouco, mas num teste cego...
A amburana tá alastrada, tanto no gosto como no cheiro, muito chocolate ao leite, pinga com canela, baunilha, um leve café expresso, rapadura presente com seu dulçor moderado, tostado, coco queimado, pimenta do reino, um pequeno frutado lembrando ameixas, alcatrão (deu até vontade de fumar um charuto), leve caramelado no fim, limpa e bem seca.
Álcool nem aprece, bem equilibrada, muito gostosa e sedosa na boca.
Pena só o preço dela..

Mais um rótulo da Colorado, de Ribeirão Preto (SP), cervejaria que desde 2015 integra o universo AMBEV.

GUANABARA WOOD AGED

*Unidade envasada em 2014

Feita com rapadura queimada e lúpulos 'Northern Brewer', trata-se da mesma receita da "Ithaca" ('Russian Imperial Stout' da casa), só que envelhecida em barris de amburana e rotulada com um nome diferente para o mercado norte-americano. A razão disso é que uma outra cervejaria já detém os direitos de uso da marca "Ithaca" nos Estados Unidos.

Líquido castanho escuro, quase preto. Na taça, mostra colarinho bege de baixa formação e média duração.

Aroma amadeirado, permeado por notas de chocolate ao leite, caramelo, licor de café, coco queimado e leve cachaça.

Na boca, uma doçura intensa de malte caramelado embala sugestões de bala de café, licor de cacau e chocolate. Nuances complementares de coco, baunilha e amêndoas denotam a influência da madeira e conferem maior profundidade. Certo aquecimento alcoólico se faz sentir, porém bem contextualizado. O final doce e licoroso traz uma pitada de canela. Reminiscências de café e melaço, bem como o sabor do barril, compõem um longo retrogosto. Corpo alto, carbonatação amena e drinkability reduzida.

Ótima variação da consagrada "Ithaca", com uma inserção bem ajustada do perfil da amburana. Tendo a chance de prová-la, não hesite.


********VERSÃO DE 2022***********************

Rótulo da Colorado, de Ribeirão Preto (SP). Cervejaria que, desde 2015, integra o universo AMBEV.

GUANABARA

Primeira Imperial Stout do Brasil, foi inicialmente lançada como "Vintage Rapadura" - isso lá em 2010. Só que este nome acabou sendo embargado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) devido ao uso do termo "Vintage". Com isso, o rótulo passou a ser comercializado como "Ithaca".

Uma vez exportada para os Estados Unidos, descobriu-se que o nome "Ithaca" já pertencia a outra marca de cerveja. Para resolver o problema, as unidades comercializadas no mercado norte-americano passaram a ser chamadas de "Guanabara".

Mas chega de história e vamos à cerveja: trata-se, como já havia dito, de uma Imperial Stout com adição de rapadura queimada e emprego de lúpulo Northern Brewer. 50 IBU.

De coloração castanha escura, forma dois dedos de espuma marrom clara de média duração.

Apesar das informações do rótulo não deixarem explícitas, logo pelo aroma vejo que esta cerveja - sim - passou por algum grau de maturação com madeira de amburana. Notas distintas de canela e coco (que de forma alguma estariam presentes em uma cerveja "pura", deixam isso bem claro. Chocolate ao leite, caramelo e café complementam.

Na boca, uma doçura intensa de malte caramelado embala sugestões de bala de café, licor de chocolate, canela, baunilha e coco. Certo aquecimento alcoólico se faz sentir, porém bem contextualizado. O final segue longo, doce e amadeirado, com o característico sabor da amburana. De corpo médio e carbonatação amena, possui "drinkability" naturalmente reduzida.

Então agora fica claro a diferença (ao menos no mercado brasileiro) entre a Ithaca e a Guanabara: a Guanabara é a Ithaca na Amburana (antigamente ao menos eles indicavam isso no rótulo com o termo "Wood Aged"). Pelo que entrega, em face do preço, acho que ainda vale a pena.