Confesso que como bebi apenas uma blonde e depois parti pra 8 e a 12, nem lembro bem como foi hehehe deveria ter anotado. Lembro de ter sentido o perfume cítrico bem destacado, e o forte sabor de lúpulo, mas não posso dizer muito mais.
Dos três tipos de cerveja feitos pelos monges trapistas da Abadia de Saint Sixtus, Bélgica, a Westvleteren Blond é a que possui o menor teor alcoólico, constituindo uma bebida mais adequada para o dia-a-dia dos enclausurados. Completamente sem rótulo, a garrafa totalmente 'nua' reflete a falta de preocupação com o "marketing" do produto. Tal qual as outras duas cervejas da linha, ela não é distribuída comercialmente e só pode ser adquirida na própria abadia. No entanto, aparentemente algumas pessoas e pequenos empórios têm conseguido se apropriar de algumas garrafas com o intuíto de revendê-las. O exemplar aqui degustado foi comprado no famoso empório "Bier Temple", localizado em meio os labirintos da "Grote Markt"(Grande Praça) no coração de Bruxelas.
Líquido dourado, ligeiramente pálido e bastante turvo - apesar da maioria dos sedimentos terem permanecido decantados ao fundo da garrafa. O colarinho é branco, farto, cremoso, de bolhas microscópicas (chega a lembrar uma nata), inacreditavelmente duradouro.
O aroma tem caráter frutado, levemente azedo e condimentado, remetendo à laranja podre, abiu, com fundo sutil de picles e frutas em conserva. Esse leve 'fedor' (skunk) não atrapalha e até ajuda a dar mais complexidade.
Leve como uma núvem, o seu baixo/médio corpo se esgueira faceiro por todos os cantos da boca. O dulçor é moderado, sendo significativamente inferior ao amargor que se segue. Ao paladar se desdobram notas de damasco, pimenta e até mesmo casca de goiaba verde com seu característico sabor tânico. Contudo, o lúpulo parece conduzir a experiência a maior parte do tempo, culminando num final quase equilibrado com retrogosto persistente, condimentado e levemente adstringente.
Sem dúvidas, uma cerveja de qualidade inquestionável. Sua forte personalidade, contudo, pode assustar marinheiros de primeira viagem no mundo cervejeiro.
Espuma muito branca de grande formação, que fica uma camada por muito tempo.
Coloração amarelo claro, levemente turva, com alguns sedimentos espalhados.
O melhor é o aroma, levemente cítrico, com notas de cravo.
Sabor de malte, com certo alaranjado.
Cerveja dourada turva, de creme branco, denso e persistente. Linda ! O aroma é de ervas, especiarias diversas e casca de laranja. No sabor, senti algo cítrico, como limão e fermento. O retrogosto é levemente amargo e herbáceo. Apresenta sensações picantes, com pouca efervescência e corpo médio-alto. Ótima breja, me lembrou bastante uma witbier.