Tomar essa cerveja logo após ter degustado o kit single hop é sensacional, pois na composição dela entram as três variedades utilizadas (cascade, citra e amarillo) e você consegue discernir no aroma as características dos 3, muito bacana.
Cor ambar escuro, brilhante. Espuma quase brance de boa formação, cremosa e com persistência.
No aroma notas de lúpulo cítrico, herbal/frescor, madeira e leve "catty", malte caramelo equilibra bem o conjunto.
Na boca tem corpo médio-alto, boa carbonatação e o sabor do malte caramelo é bem presente e interage bem com o amargor. Os lúpulos adicionam muito sabor a cerveja criando um complexo final, com destaque para a madeira fresca. O amargor seca a boca e eleva a drinkability. Retro gosto amargo e acho que o herbal permanece. Acho que essa cerveja demonstrou uma harmonia perfeita e está entre as melhores nacionais que já tomei sem dúvida alguma. Recomendo muito.
Percepções primárias, comparando-a com a Way APA: de cara, um aroma mais intenso, volátil. Espuma igualmente abundante, lacing nas beiradas do pint.
Ótimo amargor, mais intenso que sua irmã APA. Duradouro, presente do aftertaste, mas não agride. Álcool bem inserido, apenas dando uma boa potência. Leve sensação de calor. O malte caramelo aparece como coadjuvante, apenas balanceando o conjunto.
Aroma bastante lupulado, cítrico, lembrando raspas de laranja e limão.
A grande virtude dessa cerveja é a simplicidade, na minha opinião. Corpo um pouco mais denso do que da APA. Carbonatação moderada, alto drinkability, muito fácil de se beber.
Minha Way favorita! Pena que esses 310ml acabam tão rápido...
O Paraná realmente se destaca pelo vanguardismo e qualidade de suas cervejas. Isso é fato. A Way Beer mesmo trazendo boas execuções de estilos pouco populares no mercado mainstream, não tinha uma cerveja extrema no portfolio. A história muda com a criação da Double American Pale Ale, uma versão bombada do carro chefe da cervejaria.
Quando vertida no half-pint apresentou coloração âmbar com reflexos alaranjados e uma boa limpidez, mas com presença de resíduos (devido ao dry-hoppin' provavelmente). Seu creme, de coloração marfim, era bem volumoso e persistente, desenhando rendas nas laterais do copo.
O destaque? Óbvio que eram para os lúpulos, de origem americana e caráter cítrico que remete a maracujá, abacaxi e pêssego. Ainda trazia tons de erva-cidreira e pinho. Para contrastar, os maltes trazendo aromas de biscoito e caramelo.
Abre com a doçura dos maltes no paladar, com perfil mais caramelado e em seguida tons cítricos. Já o final é de caráter herbal e apimentado, com um potente amargor que persiste na boca. Tem corpo médio para alto e uma carbonatação média.
Extrema e lupulada, sim! Mas perfeitamente equilibrada pela doçura dos maltes e surpreendente pelos frescor dos aromas de lúpulo, mesmo em sua versão pasteurizada.
Linda coloração âmbar avermelhada e espuma de perfeita formação e duração, volumosa sujando toda a extensão to pint e persistindo até o final da degustação. O aroma faz a festa para quem ama a explosão dos lúpulos, saltando do recipiente e abrindo caminho para notas cítricas agudas que remetem a maracujá e abacaxi e herbais que trazem resina e grama. Encorpada, carbonatada, até um pouco licorosa, aqui o amargor mostra à que veio grudando na língua e na garganta. Final lupulado e resinoso (como já imaginava) de longa duração, o retrogosto é deliciosamente herbáceo. Uma pequena maravilha da Way!