Líquido de coloração amarelo-claro, bastante límpido, com média carbonatação.
Espuma branca, abundante, de densidade e tempo de dissipação no copo medianos, deixando uma marca tênue.
Aroma de fermento biológico e de pão fresco, principalmente, e de especiarias (coentro, talvez), lembrando mais uma Weissbier.
Sabor ligeiramente ácido, de fermento, leve coentro, amargor ausente.
Originária do Rio de Janeiro, a Praya é uma das cervejarias que mais rápido cresceram no meio artesanal brasileiro. Ela nasceu de uma receita caseira criada pelo ex-surfista profissional e "base jumper" Marcos Sifu que - junto aos sócios Tunico Almeida, Duda Gaspar e DJ Zeh Pretim - a lançou no mercado em 2016.
Em pouco mais de um ano, a marca já estava presente em oitocentos pontos no Rio de Janeiro e duzentos em São Paulo. A produção era terceirizada. Já em 2018, uma fábrica própria com capacidade para 600 mil litros/mês foi inaugurada em Toledo, no Paraná.
Diferente da absoluta maioria das cervejarias artesanais, a Praya trabalha com um único rótulo. Trata-se de uma Witbier elaborada com malte de cevada, malte de trigo, limão siciliano, aveia, coentro, levedura belga e lúpulo esloveno. 15 IBU.
Líquido amarelo palha sutilmente enevoado. Servido, forma um dedo de espuma branca de média duração.
No nariz, toques distintos de limão siciliano e coentro surgem entre nuances levemente condimentadas.
De corpo baixo e alta carbonatação, ao paladar traz notas equilibradas de limão e coentro junto a suave caráter de trigo maltado. Um amargor brando, mas eficiente, corta o final ligeiramente esterificado e condimentado.
Cor dourada levemente turva com um colarinho fino.
Aroma com notas de gotas de limão, banana e coentro.
Sabor com notas de coentro, trigo, leve casca de limão, tênue chiclete, gengibre e canela. Retrogosto seco com um leve amargor.
Corpo leve em direção e médio com carbonatação apropriada.
Witbier com bastante levedura e notas de coentro, especiarias e cítricas.
Ap.3,5 Ar.3,5 Sab.3,5 Sens.3,5 Cj.3,5
Boa witbier, como de costume para este estilo é muito refrescante, possui coloração característica amarelo limão e espuma branca, bonita e de meia duração. Aroma e sabor que lembram suavemente limão siciliano. Tratasse de uma cerveja gostosa e de excelente drinkabillity. Não sou fã de cervejas witbier mas também sei apreciá-las, vale muito a pena experimentar a Praya.
Hoje dia de experimentar uma Witbier com aroma de coentro e limão siciliano, um certo diferencial que aqui é bem aplicado para dar um bom diferencial. A garrafa lembra coisas do mar, com uma sereia e um tubarão, e como é uma cerveja carioca, nada melhor que lembrar coisas do mar, além do verde e amarelo bem presente como fundo para as figuras. No copo, o dourado levemente translúcido é bem conhecido e chamativo, típico do estilo, também é conhecido por ser parecido de estilos mais comuns. O aroma é um tanto neutro, nada ganha força ou é chamativo, apesar a cerveja mostrar que tem ingredientes diferentes no aroma, tudo parece bem superficial. O sabor é um pouco mais forte que o conhecido da Witbier. O coentro aparece para dar uma sensação diferente e tirar algo mais cítrico o tipo geralmente tem, mostrando um certo diferencial e um sabor mais intenso. Ao mesmo tempo que é algo mais equilibrado, não chegando a incomodar. Em goles mais longos, tudo parece bem equilibrado e puxa um pouco para algo mais neutro e leve, o que pode agradar, mas que também acaba perdendo um pouco qualquer diferencial, sendo só mais uma cerveja com um malte intenso sem muito sabor. No geral, uma cerveja boa, que traz um sabor diferente para a Witbier, de forma a não intensificar demais e trazer algo ruim, mas que não dá muita continuidade no sabor, parecendo um diferencial muito leve e que acaba se perdendo rápido.