Tupiniquim/Omnipollo Polimango

Revisitada a 27/10/2017.
Lote 0019

Servida no pint nonic apresentou coloração dourada, de leve enevoado, creme branco volumoso de boa duração e que deixou marcas. O aroma traz notas de florais, herbáceas, cítricas e de frutas amarelas como manga, maracujá, limão e lichia. No sabor temos as mesmas notas do nariz e um amargor menos limpo na segunda degustação que na primeira. Tenho que repetir a degustação para tirar a prova. Da primeira vez estava muito melhor, com certeza mais fresca.

Experimentei esta Polimango no Festival de Cervejas Artesanais de Santa Cruz do Sul, comandado pela ACERVA Gaucha. Foi uma bela surpresa, ja que eu estava enjoado de tanto lúpulo naquele dia. Esta Imperial IPA é equilibrada e tem personalidade, não escondendo seus maltes. Também, não assassina o drinkability. Mais que recomendado.

Festival Brasileiro da Cerveja

Exemplar fresco.
Cor âmbar dourada com uma espuma densa de dois dedos com ótima duração e deixando alguns traços.
Delicioso aroma tropical com notas de maracujá, manga, laranjas espremidas, melão cantaloupe maduro, abacaxi, leve caramelo, pão e apenas um toque de especiarias e levedura.
Já me fez espirrar no primeiro gole, uma ótima indicação da força de seu lúpulo. Sabor amargo com notas de toronja, manga, maltes levemente tostados, levedura americana, pinho, laranjas frescas, especiarias e capim-limão.
Retrogosto bem seco com um amargor relativamente aveludado mas de longa duração. 80 IBUs elegantes.
Corpo médio com carbonatação apropriada. Parece mais suave que o esperado, eu olhei a garrafa e eles adicionaram trigo, aveia e polenta. Funcionou muito bem. Álcool de 9,5% abv está muito bem escondido, especialmente considerando deu corpo.
Cerveja excelente, chegou no padrão mundial. Eu espero que eles aprenderam bem com os amigos suecos que claramente carregam um sotaque americano. Ela revelou uma tempestade tropical no nariz (não de intensidade extrema) e na boca uma alma americana e uma namorada com o sul do Brasil. Uma DIPA com um corpo mais esbelto com o benefício de jogar para baixo o nível do seu dulçor e alavancar sua lupulagem.
Ap.3,75 Ar.4 Sab.4,25 Sens.4,5 Cj.4,25

A "Polimango" é um dos diversos rótulos colaborativos que vem sendo produzidos pela cervejaria de Porto Alegre (RS) "Tupiniquim" em parceria com outras cervejarias. No caso da "Polimango", a bola da vez é a cervejaria sediada em Estocolmo, Suécia, "Omnipollo".

A "Omnipollo" é uma cervejaria de conceito "cigano" (que não possui fábrica própria) fundada em 2011 por Henok Fentie e Karl Grandin. Fentie esteve em Porto Alegre no ano passado para executar a brassagem em conjunto com o pessoal da "Tupiniquim". O resultado da colaboração é uma "Imperial IPA" inusitada feita malte de cevada e trigo, aveia em flocos e farinha de polenta. A receita leva ainda lúpulos dos tipos "Columbus", "Centennial" e "Mosaic" com amargor de 80 IBU e 'dry hoping' para acentuar o aroma.

Líquido translúcido amarelo escuro com leve turbidez. Na taça exibe volumosa formação de creme branco consistente e muito persistente, deixando marcas nas bordas.

Aroma predominante de lúpulos cítricos/frutados remetendo a lima/limão, manga e maracujá. Malte ligeiramente caramelizado fica no fundo. Maravilha!

Na boca tem corpo médio de carbonatação intermediária e textura sedosa. Suave doçura de malte com toques de pão branco rapidamente cede lugar ao assertivo amargor do lúpulo que se manifesta em ondas tropicais de limão, 'grapefruit', manga, semente de maracujá e casca de laranja. Bem inserido, o álcool proporciona confortante aquecimento. O final longo e amargo surge marcado por notas cítricas/frutadas de lúpulo, culminando num retrogosto resinoso bastante duradouro. A 'drinkability' é mediana.

Ótima representante do estilo, bem ao modo americano, sem aquele melaço ou caramelo excessivo tão comum nas DIPA's brasileiras. Invista.