Amarela, meio turva.
Boa formação de uma espuma palha de boa duração.
Equilibrada, com álcool bem sobressalente...
Lúpulo, lúpulo e mais lúpulo ...
Seca, acho que o amargor prejudica um pouco a drinkability...
Gostei mais do aroma do que o sabor, mas como já li por aqui, a gente tem que avaliar a cerveja dentro da proposta dela e não conforme nosso gosto pessoal e, como não entendo sobre, também não posso atrapalhar a nota da mesma, assim acompanho a média. Deve ter algum efeito medicinal, porque tem um gosto forte de carqueja kkkkk!
A Wals Niobium é do estilo India Pale Ale, sub-estilo Imperial/Double IPA, que caracteriza uma versão "turbinada" duma IPA normal, com doses maiores de lúpulo e álcool. Sua origem remonta ao lançamento da Rogue IPA nos idos de 1996, para satisfazer os americanos apaixonados por lúpulo. É ligeiramente mais escura que uma IPA devido ao uso de malte em maiores quantidades pela necessidade de equilibrar a expressiva carga de lúpulo (variedades americanas e inglesas, em regra). Desta combinação resulta um perfil eminentemente amargo, mais alcoólico, mas ainda assim refrescante. Os exemplares costumam passar pelo método dry-hopping, a coloração varia do âmbar ao acobreado, se mostram turvas ou não e com bela formação/retenção de espuma; aroma e sabor se apresentam dominados pelo lúpulo, o corpo não é alto, o final é seco e o retrogosto é lupulado e persistente e a graduação alcoólica pode variar entre os 7,5% e os 10%. No geral é um estilo fácil de beber, sobretudo para os amantes do lúpulo.
É produzida pela brazuca Wals, sediada em Belo Horizonte/MG, cuja história iniciou-se nos idos de 1999. Sua fonte de inspiração na fabricação das cervejas são as tradicionais escolas cervejeiras belga e theca. Do vasto portfólio já degustei algumas: a trilogia Dubbel, Trippel e Quadruppel, a Saison de Caipira, a 42 Farmhouse (também saison), a venerada Petroleum, a Abroba, a Stadt Jever, a Have a Nice Saison etc.
Lote 04 - validade 04/2017. A garrafa é de 375 ml, cor verde escuro, com rolha (artificial). O rótulo se apresenta na cor marrom, é bastante criativo e vem ilustrado com a figura feminina atribuída à deusa grega Níobe que, tendo mortos os 7 filhos e as 7 filhas, foi transformada em rocha pelo compadecido Zeus. Em letras vermelhas figura o nome da breja – ‘Niobium’, e a expressão ‘A Super Liga de Lúpulos’. Trata-se de paródia ao elemento químico ‘Nióbio’ que possui massa atômica de 92,9, número bem próximo do IBU da breja – 93, e que é usado na composição de ligas metálicas. Constam ainda informações relativas aos ingredientes, graduação alcoólica (ABV 9%), copo recomendado (tulipa) etc.
A breja leva na receita lúpulos Polaris (Alemanha), Saaz (República Tcheca), Cascade (EUA) e Galaxy (Austrália).
Vertida na taça o líquido revelou uma coloração acobreada, com nuances avermelhadas, de turbidez mediana e com sedimentos no fundo da garrafa/em suspensão. A espuma se revelou de matiz bege, com razoável formação e boa cremosidade; a persistência do creme foi mediana e foram desenhadas algumas rendas pelas laterais da taça. Por fim, uma camada tampão restou perene sobre o líquido. Perlage (bolhas) perceptível.
O aroma desprende bem e com boa intensidade, tendo revelado notas maltadas com reminiscências de caramelo e tostado, aliado à potente aroma lupulado que remete à floral, herbal, resinoso e frutado cítrico de casca de laranja e maracujá. O álcool é perceptível.
No paladar o líquido traz a mesma riqueza e complexidade presente no aroma. De início nitidamente adocicado ostenta notas de maltes tostado e caramelo. Bem equilibrada, a seguir percebe-se fortes notas florais, herbais, resinosas e frutadas cítricas de maracujá e laranja. O final se apresenta amargo, seco e um pouco adstringente. O retrogosto é agridoce e duradouro. De caráter aveludado apresentou corpo e carbonatação médios. O álcool de ABV 9,0% é potente, mas não agride e proporciona suave e agradável aquecimento. A drinkability é ótima - fácil de beber, sobretudo para os que flertam com cervejas hiper lupuladas.
O conjunto se mostrou um tanto bruto e no caos decorrente de tanto amargor eis que surge uma boa base maltada a conferir gracioso equilíbrio. É mais uma cria brasileira que representou muito bem o estilo, uai.
Cor âmbar escuro, espuma bege clara de pouca formação e de pouquíssima duração. Aroma de malte caramelo, lúpulo herbáceo, madeira. No sabor malte caramelo, madeira, terra, ameixa. Amargor intenso e amadeirado, álcool perceptível, corpo médio, retrogosto amargo e persistente. Não me agradou.