Ao degustar esta breja, dificilmente falaríamos que é produto nacional, tamanha a sua complexidade. Coloração marrom-escura, ligeiramente turva, aroma que remete a figos doces, charutos, algo de nozes e castanhas, creme bege ligeiro mas belo ao olhar. seu sabor é algo de mágico, com muita fruta madura, biscoito, sem falar no toque amadeirado do barril de cachaça. Final longo. Sinceramente, excelente.
Cerveja turva com cor acobreada-escura. Formou creme bege, de tamanho pequeno e pouco persistente.
Aromas frutados (frutas pretas e vermelhas), de malte torrado e de caramelo.
Sabor doce e frutado.
Carbontação alta, corpo médio e drinkability alta.
A graduação alcoólica está bem encaixada no conjunto.
Ótima cerveja.
Da primeira vez eu tinha gostado mais da dubbel do que da trippel. Mas dessa vez as coisas se inverteram. Esta cerveja me causou problemas teóricos. Se tomasse como referência a Achel, a Westmalle ou a Leffe, eu poderia metralhar esta cerveja com críticas e dar notas muito baixas para ela. Ela é cítrica demais, as vezes chega a lembrar uma IPA. Mas ao invés de pensar nela como uma Belgian Dubbel, eu tratarei dela como uma Brazilian Dubbel. Assim sendo o frutado cítrico torna-se bem vindo e cultural.
Ela segue os aromas da Wäls, bons mas não geniais. A aparência não me agradou tanto também. O sabor é bom, uma boa cerveja, não me fez recordar as belgians dubbels, mas eu já disse quer desconsiderei isso. A sensação foi legal e o conjunto é bom. Vale a pena.
A Wals Dubbel, como o nome diz, é do estilo belgian dubbel que se caracteriza por utilizar, mas ou menos, o dobro da quantidade habitual de malte na receita. É produzida pela brazuca Wals, sediada em Belo Horizonte/MG, cuja história iniciou-se nos idos de 1999. Sua fonte de inspiração na fabricação das cervejas que figuram em seu portfólio são as tradicionais escolas cervejeiras belga e theca.
A garrafa é de 360 ml, rolhada. Apesar de sóbria, sem muitos adereços, a garrafa tem um aspecto que denota certa nobreza e distinção, talvez pela "gravata" posta no gargalo e pelo formato que lembra os vasilhames de espumantes, estes claramente vinculados às ocasiões especiais.
Vertida na taça revelou uma coloração amarronzada, turva, não translúcida, com espuma bege, densa, consistente, de boa duração e que mantém rendas nas laterais da taça. Perlage frenética - bolhas pequeninas, numerosas e contínuas.
O aroma é muito bom, complexo, tal qual aquele das cervejas belgas, exalando notas de malte caramelo, frutas secas, lúpulo floral, álcool em menor intensidade e sutil baunilha.
No paladar o líquido resinoso se revela adocicado, apresentando um sabor encorpado e pronunciado com notas de maltes torrados, café, ameixa e caramelo. O álcool é bem pronunciado, mas em equilíbrio e a graduação de 7,5% não agride o paladar e abrilhante o conjunto. Final acentuado e longo de torrefação; carbonatação e corpo médios; ótima drinkability.
O conjunto é equilibrado e a degustação é prazerosa. Dá gosto ter no Brasil cervejas deste nível.
De coloração preta (SRM ~35). Espuma bege, de bolhas pequenas, com dificíl formação e sem persistência. Excelente aroma licoroso, rementendo a caramelo e uvas passas. No sabor, início e final doces trazendo muito malte de cevada, caramelo, torrefação e notas de frutas vermelhas, no retrogosto o amargor aparece revelando um tímido lúpulo. Álcool na medida apesar dos 7,5%. Carbonatação baixa. Corpo médio para encorpada.
Uma explêndida Belgian Dubbel, mas que poderia ter uma carbonatação mais alta para o estilo, provavelmente deixando um corpo mais leve. De qualquer forma, vale a pena experimentar.