Nas palavras do mestre-cervejeiro, esta cerveja é uma versão "mais musculosa" das brown ales inglesas, apresentando torrefação de maltes mais acentuada e presença mais intensa de lúpulo tanto no aroma quanto no amargor, quase chegando a uma porter. Nata taça, mostrou uma bonita cor vermelha-violeta intensa, parecendo até marrom escura, transparente e com creme bege denso, mas sem tanta persistência. Há um jogo entre os lúpulos e os maltes torrados: os primeiros dominam no aroma, enquanto os segundos - clássica inversão - mostram mais sua força no sabor. Os lúpulos trazem bastante complexidade, com notas condimentadas acentuadas, lembrando ervas finas, acompanhadas de notas cítricas secundárias remetendo a grapefruit, além de toques terrosos, de menta e de flor de laranjeira, bem sutis. Apesar de empregar variedades americanas de lúpulo (Willamette, Cascade e Fuggles americano), o perfil aromático do lúpulo remete mais à escola inglesa com seus condimentados típicos - eu arriscaria dizer que por conta do Fuggles -, o que lhe dá um perfil mais sóbrio e contido. Os maltes trazem também boa complexidade: no aroma, revelam notas de chocolate, castanhas, leve toque de café e até paçoca, com uma certa maciez acentuada pelo leve amanteigado do diacetil. No sabor, a torrefação mostra-se mais intensa, com notas mais expressivas de café e madeira queimada, trazendo o chocolate amargo como coadjuvante. O sabor, aliás, não chega a alcançar a mesma maciez nos maltes do que o aroma, mostrando um perfil mais seco e torrado. No paladar, o amargor combinado do lúpulo e da torrefação domina o conjunto, com uma doçura mediana após engolir que depois se dissipa e dá lugar de novo ao amargor e a um retrogosto torrado com café e madeira queimada. A acidez mostrou-se um pouco destacada demais na boca, para meu paladar. A carbonatação é suave, o álcool é pouco perceptível e o corpo é mediano, trazendo uma textura levemente cremosa e acetinada, julgo que por conta do diacetil da receita. O resultado é uma brown ale mais intensamente lupulada, amarga e torrada, austera, bastante complexa; mas que, por conta da acentuada torrefação e de alguma acidez, acabou perdendo um pouco da riqueza de seus maltes. Cabe uma nota em relação à harmonização realizada pelo mestre-cervejeiro no jantar que comandou, com um cheesecake com calda de frutas vermelhas à parte. A cremosidade do queijo cortou a acidez da cerveja e ressaltou os seus maltes, criando um excelente efeito: recomendo o par!
Os primeiros dois brands da Brookly (Lager e IPA) foram excepcionais. Essa Brown Ale fica um pouco atrás.
Coloração marrom escuro (toque avermelhados) com um creme denso e bonito, de média/baixa persistência e que forma laços nas paredes do copo.
O aroma de nozes, malte achocolatado e caramelo.
O sabor se contrapõe ao aroma. É mais amargo e menos doce, especialmente no início. Maltes tostados, lúpulos cítricos e notas de café tudo suavemente inserido.
Carbonatação baixa em um corpo medianamente denso.
Final com café e retrogosto seco, tostado quase fumaça.
Drinkability média especialmente para o meu paladar pouco afeito às notas defumadas
Seria perfeita se fosse mais densa e com mais profundidade de sabor. O alcool está bem inserido, mas não deixa de ser uma cerveja potente.
Cerveja de cor castanho-avermelhada de translucidez media. Espuma bege de media formacao e duracao. Aroma de malte torrado, lupulo citrico e caramelo. Sabor segue o aroma com notas doces e amargas. Final seco, tostado e amargo. Mais uma prova de que nem tudo que fermenta nos Estados Unidos e extremamente lupulado.
Brown brown!!! Ambar escuro, creme avermelhado, muito malte no aroma, conformado nos sabor essencialmente tostado com café. O lúpulo, entretanto, mais comportado do que eu gostaria.