* Primeira avaliação feita em 16/03/2011. Exemplar de 330 ml degustado em Buenos Aires, pelo valor de 28 Pesos, adquirida no Carrefour. Obteve a seguinte nota:
Localizada próxima a cidade de Tilburg, porção holandesa da região de Brabante, a abadia de Onze Lieve Vrouw van Koningshoeven surgiu em 1881 quando monges franceses se instalaram em terras conhecidas como "De Koningshoeven" (ou "fazendas do Rei", em tradução livre) - uma referência ao seu antigo proprietário (o então já falecido Rei William II). Assim, em 1884 começaram a produzir e vender cerveja para sustentar o monastério e financiar obras de caridade.
Pertencentes à Ordem dos Cistercienses Reformados de Estrita Observância, os monges trapistas seguem o princípio fundamental do "ora et labora", ou seja: oração e trabalho. Já a linha de rótulos denominados La Trappe surgiu em 1980 e teve como base receitas e processos utilizados nos anos 50. Atualmente, além de suas próprias cervejas, a De Koningshoeven utiliza sua capacidade ociosa para fabricar, sob contrato, receitas de outras cervejarias.
Líquido translúcido de coloração âmbar escuro. No cálice, forma espessa camada de espuma bege, de bolhas finas, densa, consistente e persistente.
Ao levá-la ao nariz o impacto é imediato. Ela não tem aroma. Tem perfume! Com efeito, intenso frutado explode no olfato em notas de uva passa branca, figo e ameixa em calda. Malte caramelado surge na base acompanhado por inusitado toque de marzipã e agradável fenólico de baunilha.
Na boca tem textura aveludada, corpo denso e carbonatação vívida. Tal como no aroma, notas de calda de ameixa, uva passa e figo deslizam sobre comedido dulçor de caramelo tostado. Sugestões breves de amêndoa e baunilha complementam. Certa sensação alcoólica "perfumada" acalenta sem incomodar. Um amargor leve pontua o final caramelado e frutado, algo condimentado.
Cerveja harmônica e esplendorosa. Simplesmente obrigatória para todo bom apreciador do santo líquido.
Na pressão, apresenta uma coloração âmbar, bem turva. A formação de creme é média. No aroma, notas frutadas e alcoólicas de fundo. O sabor confirma o frutado exibido no aroma e no retrogosto, uma leve presença do álcool. Bela cerveja, que na pressão melhorou um pouco mais sua drinkability.
Degustada no mesmo dia a versão em garrafa e na pressão.
Aroma muito frutado e com aparência de um vermelho bordô, quase que um vinho com um creme bem persistente e bege.
O sabor é incrível, remete a banana passa e outros aspectos frutados, caramelo e leve toque amargo. O álcool é praticamente imperceptível.
A versão chopp para mim parecia muito mais cremosa e aveludada do que a da garrafa que já tinha um toque mais seco na boca, porém sem perder o toque sutil.
Drinkability é muito boa mas não é uma cerveja para se beber mais de uma garrafa por causa do alto teor alcoolico.