Arquivo mensal de agosto 2008Page 4 of 4

Monsteiner Stein-Bock

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A volta do trampo hoje foi celebrada com uma geladíssima Monsteiner ! Breja que o confrade Mau ja provou uma vez que passou por Davos… creio que foi a Wäterguoge. A de hoje foi a Stein-Bock, cerveja com o rótulo bio-inspecta  e  fabricada pela Brauerei BierVision Monstein AG, a mais alta cervejaria da Europa, instalada nas montanhas de Davos, cantão de Graubünden, nos alpes do leste da Suiça. A breja é deliciosa, tem bela aparência instantânea, sua espuma não é tão resistente, seu volume alc 6,5 % , mas é refrescante, lupulada sem excesso. Talvez deixa a desejar pra quem curte mais arôma ou paladar, mas é uma breja honesta e sem excessos !

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 Minhas notas: 5 (aroma), 3 (aparência), 5 (sabor), 2 (paladar), 15 (geral). Média: 3.0

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Pivovar Eggenberg: A cervejaria dos reis da Boêmia

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A minúscula cidade de Ceský Krumlov,  a cerca de 180Km de Praga, na República Tcheca, é uma daquelas jóias medievais pouco conhecidas pelos viajantes. O cristalino rio Vltava capricha no visual, enredando a cidadezinha em cinco caprichosas curvas. Para o pedestre — e não há outra maneira de se conhecer Ceský Krumlov se não for a pé — o efeito é hipnótico. A cada dez minutos de caminhada sempre haverá uma ponte a ser atravessada. O rio, claro, é o mesmo. Emoldurada pelo maravilhoso castelo Krumlovský Zámek, do século XIII, a cidade é, desde 1922, considerada pela Unesco como Patrimônio Histórico da Humanidade.

A história da cerveja em Ceský Krumlov é tão antiga quanto a própria vila, que até 1555 era dividida em duas, Latrán e Krumlov, que guerreavam entre si pelo privilégio real para fabricar cervejas de trigo. Em 1347, o duque Peter I, da Casa de Rozmberk, adjudicou o direito de abrir a primeira fábrica de cerveja. Mas a verdadeira fundação do que é hoje a Pivovar Eggenberg veio com um descendente seu, Vilém de Rozmberk, o qual mandou construir uma tubulação que buscava água pura das montanhas diretamente para a cervejaria. Diz-se que, a partir de então, metade dos fabulosos rendimentos da família Rozmberk passou a ser proveniente da cerveja.

Mas toda família nobre que se preze tem uma ovelha-negra que, no final, põe tudo a perder. No caso dos Rozmberk foi um certo Petr Vok que, atolado em dívidas,  transferiu em 1611 o solar onde estava instalada a fábrica às mãos do imperador Rudolf, dos Habsburgos. Em 1622, o descendente de Rudolf, Ferdinand II, deu o solar e a fábrica para a família Eggenberg como retribuição pela Casa haver auxiliado o Império com despesas de guerra. A velha pivovar (cervejaria), então, troca seu nome para o da família nobre que agora passava a controlá-la.

Para satisfazer a procura crescente pela cerveja, os Eggenberg decidiram reconstruir, em 1630, o solar de Anna Rozmberk, bem como o adjacente arsenal de Petr Vok, onde até hoje se encontra a cervejaria (veja as fotos abaixo). Em 1719, com a falência da família Eggenberg, o negócio foi transferido para a Casa dos Scwartzemberg, os quais operaram com competência a fábrica sem alterar seu nome. Veio a II Guerra Mundial e, com a ocupação soviética da então Tchecoslováquia, a família foi expropriada de sua amada cervejaria, que foi simplesmente transferida para o Sindicato dos Cervejeiros de Ceské Budejovice, cidade próxima dali. Em 1991, afinal, a companhia americana Dionex Inc. comprou a fábrica e vem controlando-a até hoje.

Este Confrade do BREJAS esteve em Ceský Krumlov e visitou a fábrica da Eggenberg, onde são produzidos alguns elixires no estilo Bohemian Pilsner (BJCP). Destaque para as ótimas Krumlovský Vánocní Lezák, Petr Vok e a deliciosa Tmavi Lezák 11º, essa no estilo Schwarzbier. Abaixo, curta algumas fotos dessa visita:

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Entrada da fábrica

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Antigo solar dos Rozmberk e arsenal de Petr Vok, onde hoje funciona o restaurante da cervejaria.

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Este embevecido escriba do BREJAS, prestes a descobrir alguns dos sabores centenários da Pivovar Eggenberg.

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Descubra mais sobre Ceský Krumlov e Praga, na República Tcheca, na nossa seção Viagem e Cerveja, alocada na aba “O Guia“, no lado esquerdo desta página.

Cervejas Pilsen Tchecas

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Os Confrades do BREJAS fizeram nesta semana uma degustação de três rótulos no estilo Bohemian Pilsener (BJCP) importados da República Tcheca, os quais estão sendo vendidos por aqui em bons supermercados, empórios e lojas de cerveja on-line. Vamos às impressões e avaliações.

A primeira breja a descer foi a Czechvar, nome “americano” da lendária Budweiser Budvar, produzida desde 1895 na cidade boêmia de Ceské Budejovice (devido a uma interminável contenda judicial com a Budweiser norte-americana, a cervejaria não pode usar seu nome original nas Américas). Virtualmente um ícone no mundo cervejeiro, essa tcheca ostenta coloração dourada translúcida, com ótima formação e duração do creme. No aroma e no sabor, agradável floral de lúpulo e ótimo balanceamento entre este e o malte, também claramente perceptível. A carbonatação é média e o final é levemente amargo e lupulado, com uma drinkability excelente. Uma Pilsen de responsa, que obteve a nota 3,12 no Ranking BREJAS.

Mas a verdadeira surpresa da noite foi a Starobrno, breja da região da Morávia. Documentos recentemente encontrados dão conta que a cerveja já era produzida há séculos na cidade de Brno por monges cistercienses e agostinianos. Hoje a cervejaria está sob o controle da gigante holandesa Heineken, mas mantém muito das suas tradições de produção. A coloração é dourado-âmbar, e o alvíssimo creme é consistente e persistente. Nos deliciosos aroma e sabor, a breja explode em malte e lúpulo perfumado. O paladar é bastante balanceado e refrescante. O final é longo e lupulado, convidando aos novos goles. Uma excelente tcheca, muito bem inserida no estilo proposto, a qual, no Ranking BREJAS, alcançou a nota 3,28.

Em seguida à surpresa, uma pequena decepção. O nome 1795 faz referência ao ano de fundação da cervejaria Budejovický Mestansky Pivovar, da mesma cidade de Ceské Budejovice, na Boêmia. A coloração é dourada e o creme branco é consistente, mas se desvanece rapidamente. No aroma e no sabor, a presença marcante de lúpulos e maltes das brejas anteriores aqui não se repete na mesma intensidade. O final é longo, mas com amargor um tanto excessivo. Uma cerveja dentro do estilo proposto mas que, comparada às outras tchecas, carece de personalidade, obtendo a nota 2,50 no Ranking BREJAS.

Feitas as avaliações brejeiras, as quais servem para orientar o leitor nas suas compras, escolha a sua tcheca e erga um brinde à moda do país: Na Zdrávi!



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