Uma boa surpresa! Foi minha 1a Red Flanders e não me arrependi, e vou ter que explorar o estilo à fundo.
A Duchesse apresentou uma coloração avermelhada bem escura, porém brilhante - um rubi! Sua formação de espuma foi fraca. Seu aroma caracterizou um leve avinigrado das lambics, porém contrastando com um dulçor de malte e um pouco da madeira do barril de carvalho. Na boca ela surpreendeu bastante por apresentar um corpo baixo, mas trabalhando muito bem essa misturada do azedo com o adocicado, tornando a cerveja bem equilibrada e refrescante no seu final.
Destaque para o rótulo ser bonito 100% em português, mostrando que já esta valendo à pena um envase dedicado ao Brasil!
Sem dúvida alguma, a cerveja mais inusitada que experimentei até agora.
A começar pelo espetacular rótulo, um quadro da baixa Idade Média. Lindo, dá vontade de ficar olhando.
Coloração vinho, com pouca passagem de luz. Creme bege, de pouca consistência. Média carbonatação.
O aroma é azedo, remete totalmente a frutas vermelhas, muito cítrico. Não se sente o malte nem o lúpulo.
No paladar é que as notas de vinho do porto aparecem com toda a força. Ela muda a medida do tempo na sua boca: começa doce, suave; e vai ficar mais forte com o tempo, realmente como um vinho. O retrogosto é beeeem longo, retomando o azedo do aroma.
Não é uma cerveja para todos, nem para ser degustada todo tempo, mas é um exemplo de excelência. Maravilha!
Um clássico das Sour Ale belgas! A Duchesse de Bourgogne é uma Flanders Red Ale de perfil um pouco mais maltado, obviamente tendo características ácidas e aromas de fermentação espontânea, típicos do estilo. Foi criada em homenagem a duquesa, Maria da Borgonha, por isso tem este nome e o rótulo charmoso, com uma pintura retratando a própria.
Apresentou coloração âmbar avermelhado, com uma translucidez razoável. Tem creme bege, claro, com uma formação razoável, assim como a duração, também mediana.
O ponto alto vai para o aroma, de caráter vinificado. }Traz primeiro os tons da maturação em carvalho, como a própria madeira, além de baunilha e noz-moscada. O frutado é intenso e complexo, trazendo frutas vermelhas, como morango, cerejas e framboesa, além de trazer jabuticaba, uvas e licor de marula. Os maltes estão lá para cortar a acidez e o apimentado, lembrando avelã, acompanhado de um toque químico de esmalte.
A presença dos maltes caramelados, é mais evidente do que numa Rodenbach, por exemplo, com uma acidez evidente, mas muito bem balanceada, finalizando o gole num leve amargor e tons apimentados. Tem um corpo relativamente leve, mas com textura macia, que parece se encaixar em cada canto da boca, além de uma carbonatação média para alta.
Creio que seja uma boa opção para introdução a Sour Ales. Apesar da acidez, mostrou um forte perfil de maltes, contribuindo com a doçura que corta, ou melhor, contribui para os aromas advindos da fermentação espontânea e maturação nos tonéis de carvalho.
Coloração avermelhada com formação de espuma bege.
Aroma de vinho branco e vinagre.
Sabor vinho, champagne, cereja, azeda e um final levemente adocicado.
Cerveja escolhida para começar 2012. Que bela breja !
Alta complexidade de aroma e sabores, uma mistura interessantíssima. Degustada em taças em formato de cálice
Tem algo de vinho do porto (é envelhecida em barris de carvalho), mas com uma fermentação que traz um toque de vinagre ou aquele aroma de fundo de um aceto balsâmico. Além disso, traz um frutado de cereja/franboesas que me remeteu muito às Lambic/Gueuze.
Muito boa, embora não seja fácil. Na minha opinião, é pra ser bebida com calma, goles pequenos (até pelo tamanho reduzido da garrafa), relaxando em casa.