Taí uma cerveja da qual nunca havia ouvido falar. Vi uma cliente bebendo no Staminee de Garre uma cerveja que me chamou a atenção por sua aparência belíssima na taça, que me deixou simplesmente deslumbrada. Depois de descobrir, por puro acaso, qual cerveja era aquela, xeretando numa lojinha de cerveja de Brugge, ao chegar no Cambrinus não hesitei, pedi uma duquesa! Coloração lindíssima, de um rubi intenso, translúcida. Média formação de espuma, de média persistência; deixa camada perene. Pena que o encantamento ficou nisso. O aroma já prenunciava que muito provavelmente essa cerveja era uma Flanders Red Ale, cerveja normalmente do tipo 8 ou 80, ou você adora ou detesta. Eu não cheguei a detestar, mas certamente não estou no time dos entusiastas. Aroma bem azedo, vinificado, até avinagrado. O sabor revelou-se adocicado, para minha surpresa, o que contrabalanceia a forte acidez e o avinagrado presentes no paladar. Para quem gosta desse tipo de cerveja, é um prato cheio. Para mim o destaque ficou por conta da coloração e da apresentação da garrafa, cujo rótulo muito bonito de fato lembra um quadro.
A aparência é de uma bela cerveja, mas o gosto é de outra coisa. Azeda e ácida, tal qual um vinho estragado. Realmente uma cerveja única. Tão única que não parece cerveja. De qualquer forma, vale provar, nem que seja para, como eu, não gostar.
Sua produção é diferenciada por levar duas fermentações e ser maturada em barris de carvalho, além de enriquecida com frutas e até chocolate.
Realmente é exôtica. Seu aroma realmente é estranho, parecendo esmalte, cola, seu lá.
Mas o sabor agrada.
Na terra do dourado ela não é uma breja cara. Eu recomendo para degustadores de nível mais avançado e sugiro a harmonização com chocolate, preferencialmente trufas meio amargas.
Coloração avermelhada lembrando um vinho espumante tinto. Boa formação e persistência de espuma. Aroma azedo, de cidra e vinagre. No paladar, cidra, vinagre balsâmico e vinho do porto. Fica evidente que é uma cerveja que recebe muito cuidado na produção, e o resultado é um produto muito bem elaborado. Acho que ela representa muito bem o estilo mas tem muito pouco a ver com o que eu espero de uma cerveja.
A clássica Duchesse de Bourgogne. Especial cerveja belga de bela aparência avermelhada escura e arôma avinalado. Frutada, adocicada ela até que é refinada, porém prevalece o vinho, o doce, o álcool. Não faz muito meu estilo, mas compreendo os adimiradores.