A Baden Baden surgiu em 1999 na cidade de Campos do Jordão, sendo uma das primeiras micro-cervejarias brasileiras a trabalhar com o conceito “Gourmet”. Em 2007 foi comprada pelo grupo Schincariol, que por sua vez foi adquirido pela japonesa Kirin em 2011.
Recém chegada às prateleiras, a "Baden Baden Wibier" reflete certa tendência do mercado nacional de artesanais em apostar na cerveja de trigo belga como sendo aquela que finalmente conquistará o paladar brasileiro para o mundo das cervejas diferenciadas. E isso faz muito sentido visto que as 'witbiers' são cervejas leves, secas, refrescantes, mas não muito amargas. Boas para serem consumidas no calorão que faz no Brasil, elas têm tudo para conquistar o coração do brasileiro com seu aroma cítrico e sabor delicado. A receita da Baden Baden utiliza trigo, cevada, extrato de coentro e aroma natural de laranja. À princípio o rótulo chega como "edição limitada".
Não filtrada, apresenta líquido moderadamente turvo de coloração amarelo palha. A espuma branca de bolhas finas forma-se vigorosamente, mantendo-se resistente por considerável tempo.
Aroma relativamente apagado em que um sutil toque de doce de laranja mistura-se a leve DMS, trazendo ecos de milho cozido. A julgar por este único quesito, a verdade é que decepcionou.
Na boca exibe corpo médio com destaque para o dulçor dos maltes, evidenciando notas de milho e uma distante lembrança de bagaço de laranja. Sinal de coentro só aparece mesmo na descrição dos ingredientes impressa no rótulo. Pesada demais para o estilo, possui carbonatação mediana e final adocicado, em nada lembrando a leveza e frescor de uma cerveja de referência como a "Hoegaarden". No 'aftertaste' resquícios de 'DMS' e limão suscitam fantasias obscuras, tais como se uma "Kaiser Radler" pudesse encontrar corpo num mingau de maizena.
DECEPCIONANTE - esta é a definição do que poderia ter sido um tiro certeiro da Brasil Kirin e Baden Baden no ainda insípido mercado brasileiro de cervejas de qualidade. Uma verdadeira bola fora. O que resta agora é esperar para ver se futuramente haverá ou não uma correção da receita que em sua atual condição não pode ser chamada de 'witbier'. Também pudera: "extrato de coentro", "aroma natural de laranja"? Não é assim que os belgas tratam suas virtuosas receitas...
Cerveja amarela, turva com espuma de média formação e duração.
Aroma cítrico de laranja, com presença de fermento.
Sabor com laranja, e leve sabor de especiarias. Levemente aguada, e com final com bom sabor de laranja.,
Refrescante e com boa drinkability.
Achei mais leve que outras witbiers, mas mesmo assim agradável de beber.