Arquivo mensal de maio 2008

InBev pode comprar a SABMiller

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Além da oferta de US$ 46 bilhões pela norte-americana Anheuser-Busch, a companhia brasileira tem um plano B na britânica SABMiller, que estaria disposta a fechar acordo por US$ 44 bi.

Meio e Mensagem – 29/05/2008 – 12:20

A cervejaria britânica SABMiller estaria disposta a negociar sua compra pela InBev, num valor próximo de US$ 44,6 bilhões, segundo o Financial Times. O acordo é considerado um “plano B” pela companhia belgo-brasileira, que está considerando fazer uma proposta de US$ 46 bilhões pela Anheuser-Busch, dona da Budweiser.

No caso da SABMiller, o grupo prefere fazer uma oferta de compra para manter seu status de companhia belga, mantendo o acordo de acionistas entre os brasileiros, que administram o negócio, e a aristocrática família belga que fundou a empresa. Os representantes do grupo britânico querem uma “fusão de iguais”, que criaria uma líder de mercado em 35 países. A empresa não pretende se envolver em maiores discussões até concluir a formação da joint venture com a Molson Coors nos Estados Unidos.

Na outra frente, a InBev espera convencer a Anheuser a sentar para uma conversa amigável, mas ainda não fez um convite oficial, de acordo com fontes do Financial Times. A companhia belga continua trabalhando com o JPMorgan e com o Santander para obter uma linhas de financiamento, o que não permitiu ainda uma oferta realmente clara à Anheuser.

Com informações do Financial Times

A vitória política dos Torcedores de Rótulos

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Os leitores mais velhos devem se recordar com nostalgia dos Rolinhos Pan, cuja embalagem está reproduzida aí em cima. Estampados na caixa, que imitava uma cigarreira, dois garotinhos sorridentes fazendo o clássico sinal de “joinha” com o polegar em riste. No conteúdo, barrinhas roliças de chocolate embrulhadas em papel com desenho de cigarros de verdade. Fizeram sucesso até o final dos anos 80. 

Houve gente que disse que se tratava de uma conspiração pavloviana das indústrias de cigarros para arrebatar, já na infância, milhões de consumidores tabagistas, associando o cigarro à imagem de inocência e alegria das crianças. Eu mesmo, de calças curtas, adorava imitar o ato “adulto” de fumar com os Rolinhos Pan, sempre a mim presenteados, veja só, pela minha mãe.

Nos dias de hoje, após o apartheid antitabagista deflagrado pelos norte-americanos, se fossem colocados nas gôndolas dos supermercados, os Rolinhos Pan causariam comoção mundial. Da mesma forma, os antigos anúncios de cigarros na TV, tão elaborados e bacanas, foram banidos do ar e, se veiculados hoje, suscitariam gritaria generalizada.

Nessa esteira, é de se pensar se há, realmente, grande diferença entre o efeito que produzem os anúncios de cigarro e os de cerveja, estes não menos elaborados, com os Zecas Pagodinhos e garotas de biquíni tão típicos do estilo. O cigarro faz mal, disso ninguém mais duvida. O consumo imoderado de cerveja, em grande parte das situações, causa dependência, violência doméstica, homicídios fúteis nos bares da vida, sem falar dos 35 mil mortos no trânsito a cada ano. A propaganda de cerveja foi feita para estimular o consumo e glamurizar quem é um “bom bebedor”. A propaganda de cerveja é, nos dias de hoje, o que os Rolinhos Pan foram no passado.

O que faz com que a retirada de pauta, pelo Congresso, do projeto de lei governamental que restringia a propaganda de cerveja na TV, se torne um absoluto atraso. É bom que se diga que tal se deu em função do lobby das grandes cervejarias, associado à bancada dos parlamentares proprietários de retransmissoras de televisão, que se beneficiam com a enxurrada de dinheiro dos anúncios. Patifaria geral, como sempre.

Doutrinando as mentes mais incautas, o mesmo lobby veiculou em TV e jornais anúncios que diziam que se queria “proibir a publicidade de cerveja”, o que configurava um “ataque à liberdade de expressão”. Pura balela. A uma, porque não se queria proibir nada, mas tão-somente restringir os horários de veiculação dos anúncios. A duas, porque, com a restrição de horários, a informação seria transmitida do mesmo jeito, com teórica exceção às crianças e jovens, os quais, pela lei, lhes é proibido o consumo. Rolinhos Pan neles!

Na mesma ponta da questão estão os Torcedores de Rótulos, dos quais eu já falei neste post. Para a propaganda da cerveja ou do que quer que seja, não basta veicular a informação. Urge que o consumidor se torne um defensor da marca. Para tanto, associa-se a cerveja aos aspectos mais caros do inconsciente popular, como o patriotismo e a verdadeira alegria de viver. Nada mais “joinha”. Nada mais Rolinhos Pan.

À parte a questão da saúde pública, enquanto o lobby das grandes cervejarias vence, os Torcedores de Rótulos, na geral junto com o Zeca Pagodinho, urram de contentamento.

Rolinhos Pan pra todo mundo!

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EM TEMPO:

Lendo o artigo, o amigo orkutiano Saulo Kico me enviou o link da embalagem anterior dos Rolinhos Pan, quando o produto se chamava Cigarrinhos Pan. Sim, “cigarrinhos”, sem rodeios, como demonstra a imagem abaixo. E com o garotinho “fumando” um deles. Posteriormente, a Pan alterou o nome e o rótulo do produto, talvez para amenizar a apologia.

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Arrivederci, Europa!

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Após sofrermos uma tentativa de assassinato por um escorpião sanguinário no nosso apartamento em Veneza e encararmos a desfaçatez francesa em meio à greve geral do país da semana passada — o que fez cancelar nosso vôo de Paris para Barcelona — eu e o Confrade brejeiro Daniel Rolfsen estamos de volta da nossa tour européia sabática, noticiada anteriormente aqui neste Blog.

As novidades cervejeiras, impressões, degustações e demais histórias da viagem serão contadas neste espaço ao longo dos dias vindouros, a conta-gotas, até mesmo para não entupir o leitor com uma avalanche de informações em demasia.

E desembarcamos sob o impacto das duas grandes notícias do mundinho cervejeiro nacional do mês de maio: A venda da Eisenbahn pelo grupo Schincariol (noticiada aqui por BREJAS, que participou da coletiva de imprensa alusiva ao negócio) e a abjeta decisão do Congresso de adiar a restrição à propaganda de cerveja na TV, da qual falarei adiante.

Os Confrades “brasileiros” do BREJAS já fazem planos para a próxima incursão européia…



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