Arquivo mensal de abril 2011Page 2 of 4

Visita à Pilsner Urquell (República Tcheca)

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O leitor que acompanha este Blog sabe que, entre o final de março e quase todo abril, estive em mais uma das minhas viagens cervejeiras à Europa. Lá, visitei diversas cervejarias e travei contato com rótulos ainda desconhecidos por estas bandas.

Meu destino principal, conforme falei neste post, foi a República Tcheca, país que percorri da Morávia à Boêmia, em busca da “Pilsen perfeita”. Uma das cervejarias visitadas foi a Pilsner Urquell. Como o nome sugere, “urquell”, em alemão, ou “prazdroj”, em checo, quer dizer “origem”. A Pilsner Urquell é considerada a primeira cerveja do estilo Pilsen a ser fabricada no planeta.

Que história é essa?

Antes de 1840, as cervejas da região tcheca da Boêmia eram como a maioria das demais em toda a Europa, apresentando coloração escura, alta turbidez e qualidade inconsistente. Uma vez que, naquela época, os cristais da região já eram famosos, possibilitando, pela primeira vez, vislumbrar o aspecto visual das cervejas dentro dos copos, o conselho de administração da cidade checa de Plzen (Pilsen, para os íntimos), em 1842, confiou ao mestre cervejeiro bávaro Josef Groll a árdua tarefa de melhorar a breja que até então era produzida por ali.

No mesmo ano, nascia a Plzenský Prazdroj, mais conhecida por seu nome em alemão Pilsner Urquell — já que, espertos, os tchecos logo viram que o nome germânico era bem menos difícil de ser pronunciado do que em seu próprio e quase incompreensível idioma.

Túneis gelados

Observe, no filme, que percorri uma pequena parte do extenso e labiríntico sistema das chamadas cellars, ou galerias subterrâneas da cervejaria centenária. São nada menos que 6 quilômetros de túneis, usados no passado (e até hoje!) para manter a temperatura do ar a cerca de 8 graus Celsius, adequada para a fermentação e maturação das cervejas da família Lager (da qual o estilo Pilsen faz parte).

Observe que o piso das cellars está sempre úmido. Tal se deve ao sistema de refrigeração das galerias que, embora hoje possa parecer arcaico, funciona de fato. Uma grande quantidade de gelo é despejada em uma das galerias com o nível mais alto do solo em relação às demais. O gelo, então, vai derretendo e a água gelada vai escorrendo por todas as galerias situadas um pouco mais abaixo, refrigerando todo o conjunto. Simples e genial.

A visita termina com a degustação da Pilsner Urquell não filtrada e ainda “fresca” (não pasteurizada). Desnecessário discorrer sobre as maravilhas que são aromas e sabores dessa breja…

Amigos, estou de volta! Ao longo dos próximos dias, vou desfiando, por meio de textos e imagens, mais essa viagem cervejeira ao Velho Mundo. Acompanhe!

Após dois anos, a Nova Escola Cervejeira Americana se mostra novamente ao Brasil

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Brejas

Foi na última feira cervejeira Brasil Brau, em 2009, que as lupuladíssimas cervejas artesanais norte-americanas deram pela primeira vez as caras por estas plagas. O frisson foi imediato, e o stand dos gringos durante o evento ficou constantemente cercado por entusiastas ávidos pra sentir o que, na época, se mostrava como uma verdadeira revolução em sabores e aromas.

Dois anos depois da estreia, eles estão de volta. Sob a organização da Tarantino Importadora, aconteceu ontem, 25, evento da Brewers Association (associação de cervejeiros artesanais americanos), com a presença do diretor Bob Paese, o qual trouxe na bagagem dezesseis rótulos inéditos por aqui. O evento deu-se no bar paulistano Empório Alto dos Pinheiros, e reuniu cerca de cem pessoas entre jornalistas, blogueiros, empresários e degustadores.

Mauricio Beltramelli, Bob Paese e Cilene Saorin

Mauricio Beltramelli, Bob Paese e Cilene Saorin

A degustação seguiu um critério lógico definido pela sommelier de cervejas Cilene Saorin. A surpresa, entretanto, foi constatar que, entre as artesanais americanas, a “moda” das brejas hiperlupuladas parece estar dando lugar às cervejas mais ácidas, maturadas em barris de madeira e contendo o fermento brettanomyces nas receitas, fenômeno confirmado pelo próprio Bob Paese em conversa reservada com este escriba.

Eu e o confrade Ricardo Sangion experimentamos todas as amostras — algumas realmente deliciosas, sem deixar de lado a vocação renovadora — e já estamos publicando nossas notas e impressões no Ranking. Enquanto isso, delicie-se com as fotos do evento, que se repetirá hoje, 26, no bar FrangÓ, com algumas poucas substituições de rótulos. As recepções, infelizmente, são somente para convidados.

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Pão e Cerveja: Programa 96 – Samuel Cavalcanti

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Radicado em Curitiba (PR), o pernambucano Samuel Cavalcanti, vem ajudando a colocar a capital paranaense no mapa da cultura cervejeira nacional. Com a sua Bodebrown Cervejaria e Escola, vem produzindo cervejas inventivas, duas delas, as Perigosa (que, antes, se chamavam Venenosa) Imperial IPA e Imperial Milk Stout  já provadas — e aprovadas! — pela Confraria Cervejeira Campineira (veja a matéria). É com ele o papo descontraído capitaneado pela jornalista Fabiana Arreguy, que o leitor ouve clicando na imagem acima.

A coluna Pão & Cerveja vai ao ar todas as sextas-feiras às 11:45 da manhã pela rádio CBN de Belo Horizonte (106,1 FM). Ouça ao vivo o programa ou curta os programas anteriores gravados e disponibilizados aqui no blog pelo BREJAS. Para a experiência ficar completa, acompanhe também o Blog Pão & Cerveja.



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